Um navio e um submarino de guerra russos dispararam quatro mísseis de cruzeiro do mar Mediterrâneo contra alvos do Estado Islâmico perto da cidade síria de Palmira, informou o Ministério de Defesa da Rússia nesta quarta-feira.
O ataque, que agências de notícia russas disseram ser o primeiro do tipo desde novembro, foi conduzido pela fragata "Almirante Essen" e pelo submarino "Krasnodar", e teve como alvo militantes e equipamentos em uma área a leste de Palmira.
O Ministério de Defesa disse que as forças e os equipamentos atingidos tinham sido anteriormente utilizados pelo Estado Islâmico em Raqqa.
"Todos os alvos foram destruídos", disse em comunicado.
A Rússia avisou os Estados Unidos, Turquia e Israel antes de lançar os mísseis, segundo o ministério.
Turquia denuncia 'perigo' de EUA armarem curdos sírios¹
O ministro turco das Relações Exteriores chamou nesta quarta-feira de "extremamente perigoso" o fato de os Estados Unidos entregarem armas aos curdos sírios, que o governo de Ancara considera "terroristas".
O Pentágono anunciou nesta terça-feira ter iniciado a entrega de armas às Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), principal integrante das Forças Democráticas Sírias (FDS), uma aliança curdo-árabe que luta contra os extremistas do Estado Islâmico (EI) na Síria.
Os Estados Unidos consideram as FDS as únicas forças locais capazes de combater os extremistas, particularmente para recuperar Raqa, a capital do auto-proclamado califado do EI.
Mas a Turquia considera as YPG como uma extensão do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), um grupo separatista curdo considerado 'terrorista' pelo governo e seus aliados ocidentais, e teme que suas armas sejam usadas em solo turco.
"Se o que se busca é o regresso à estabilidade na Síria, deve voltar atrás nesse erro", afirmou Cavusoglu. "Insistimos sobre o risco e o perigo que representa apoiar as YPG para o futuro da Síria", insistiu o ministro turco.
A Turquia teme a criação de uma zona controlada pelos curdos no norte da Síria, na fronteira com área Turquia.
¹com AFP