Fundação Ezute destaca necessidade de envolver verificador independente e a sociedade em projetos de alta tecnologia

O presidente da Fundação Ezute, Eduardo Marson, participou na manhã desta segunda-feira, 30, do IV Simpósio de Ciência, Tecnologia e Inovação promovido pela Marinha do Brasil em São Paulo.

Em sua apresentação, Marson argumentou que a hélice da inovação, formada por academia, governo e empresa pode incluir uma quarta pá, considerando-se que a sociedade civil também está exercendo um papel importante nos projetos de inovação, apoiando-os inclusive financeiramente.

O presidente lembrou de alguns projetos que tiveram participação da sociedade por meio de crowfunding para o seu desenvolvimento e viabilização. O executivo da Ezute também destacou os processos de inovação em outros países e o papel de instituições que atuam como verificadores independentes (honest broker), agindo como eixo que faz girar a hélice da inovação.

“Temos como exemplo o modelo de inovação americano e a atuação da Mitre Corporation, que nasceu no MIT e depois passou a ser uma entidade privada sem fins lucrativos, parceira do governo no desenvolvimento de programas de defesa. Hoje, a organização atua em diversas áreas, tendo sido inclusive a criadora do GPS.

Aqui no Brasil, para que possamos deixar esse conceito mais palpável, cito como exemplo a própria Fundação Ezute, que atua em projetos de defesa, mas extrapola esse conhecimento para o segmento civil, já que a função de organizações com essas características é atender as demandas da sociedade”, disse Marson em sua palestra.

As demandas sociais, bem como a necessidade de inovar e evoluir, foram novamente citadas como condições para projetos tecnológicos e pesquisas originadas da parceria academia, governo e empresa na palestra do Prof. Dr. Nival Nunes de Almeida, da Escola de Guerra Naval.

O Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab, também esteve no primeiro dia do evento e elogiou a iniciativa da Marinha do Brasil, prestando apoio à evolução da inovação e pesquisa no mercado de defesa.

O Simpósio acontece até esta terça-feira, 31, no Centro de Convenções Rebouças (SP), com uma série de painéis dedicados a debater parcerias aplicadas à infraestrutura, projetos nucleares e desenvolvimento do futuro. No mesmo espaço, há uma exposição de instituições da Marinha e organizações que atuam em projetos de defesa.

Fundação Ezute

Organização privada e sem fins lucrativos, tem como missão contribuir para a transformação das organizações brasileiras, especialmente as públicas, melhorando sua efetividade.

Apoia todo o ciclo de vida de programas e projetos, principalmente os voltados às áreas de defesa, saúde, educação, meio ambiente, segurança pública, mobilidade urbana e parcerias público-privadas (PPPs).

Sua atuação acontece por meio da aplicação da metodologia de Systems Engineering; da Gestão de Projetos Complexos; da Absorção, Gerenciamento e Transferência do Conhecimento Adquirido; de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação; e de Ensino e Capacitação. Tais competências fizeram com que a Fundação Ezute participasse de diversos projetos de alta complexidade e grande expressão nacional, entre eles: o Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM), da FAB; o Sistema de Monitoramento da Amazônia Azul (SisGAAz), o Programa de Míssil Antinavio (MAN-SUP) e o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), da Marinha; e o Sistema Integrado de Gestão da Saúde (SIGA-SAÚDE) e o de Bilhete Único, ambos do Município de São Paulo.

Compartilhar:

Leia também

Inscreva-se na nossa newsletter