A EZUTE desempenha o papel de organização brasileira responsável pela absorção e manutenção de tecnologia e conhecimento relacionados ao Sistema de Combate que opera sensores, gera consciência situacional e controla os armamentos e contramedidas dos submarinos convencionais e de propulsão nuclear que integram o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB).
O programa é resultado de um acordo firmado entre o Brasil e a França e tem como premissas básicas transferência de tecnologia, nacionalização de equipamentos e sistemas e capacitação de pessoal.
A transferência de tecnologia e de conhecimento para a Ezute prevê execução progressiva do trabalho, juntamente com a Marinha, para que o Brasil obtenha autonomia em engenharia e integração de sistemas, bem como no software do Sistema de Gerenciamento de Combate (Combat Management System – CMS), permitindo autonomia nacional na manutenção e evolução em longo prazo.
Numa primeira fase, nove engenheiros da EZUTE foram transferidos para a França a partir de 2011 com a responsabilidade de participar dos trabalhos de especificação e projeto sistêmico do Sistema de Combate dos submarinos de propulsão diesel-elétrica da classe S-40 Riachuelo.
De forma complementar, parte desta equipe foi diretamente envolvida na produção de módulos do software Sistema de Gerenciamento de Combate, módulos estes que permitirão a comunicação tática dos submarinos, como o Riachuelo, com outros meios operativos da Esquadra.
Após retornar em 2015, parte da equipe EZUTE envolvida no PROSUB passou a integrar, através de contrato com a Amazul Tecnologias de Defesa S.A., o Centro de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil, Organização Militar responsável pelo projeto do primeiro submarino da classe SN-10 Álvaro Alberto de propulsão nuclear.
Outra parte da equipe Ezute vem apoiando a Marinha do Brasil em atividades iniciais para o comissionamento dos submarinos de propulsão diesel-elétrica, em contrato que prevê integração e configuração inicial dos sistemas eletrônicos do Sistema de Combate em plataforma de validação em terra (Baseline Validation Platform – BVP) e, posteriormente, na preparação e realização de testes de aceitação no porto e no mar para cada um dos submarinos.