Comentário Gelio Fregapani – Entreguismo e um cenário imaginado

Assuntos: Entreguismo e um cenário imaginado

 

Entreguismo – Mudanças no sistema?

Até este momento acentua-se um clima de decepção. Quase  todos os brasileiros acham que nada o País poderá esperar do atual governo, que continuará a haver corruptos no primeiro escalão, que  a segurança pública prosseguirá em marcha para o caos, que o desemprego continuará a ameaçar a estabilidade.

Do ponto de vista dos nacionalistas poderia ainda haver esperança? Aparentemente não. A redução para  50% na exigência de conteúdo local para as licitações da Petrobras já fora um golpe mortal na indústria, que aliado  as entregas de concessões públicas às empresas estrangeiras , a venda de terras a estrangeiros, a entrega do pré-sal às operadoras estrangeiras,  a renuncia da  capacidade nuclear sem contrapartida, a autorizarão  de importação de alimentos, a venda de ativos da Petrobras  e a construção das plataformas marítimas no exterior, fazem qualquer brasileiro, patriota, julgar que se trate de  tramoias e fraudes cujos objetivos oscilem entre ganhar comissões e traição pura e simples a moda de FHC .

Derrubado o desgoverno incompetente e corrupto do PT, somaram-se às antigas mazelas a traiçoeira desnacionalização. Estamos impotentes vendo o desmonte do nosso País.  A melhor parte da juventude de nossa terra ,nosso maior tesouro, a está abandonando. É difícil não desesperar quando ouvimos o orgulho de um cidadão ao contar que seu irmão “ conseguiu ir para o Canadá levando a mulher e que o filho deles já é canadense.

Então, o que fazer?Trocar o governo? Todos na linha sucessória são ainda piores, esperar as eleições e escolher um candidato íntegro e nacionalista? – Bem, se então ainda tivermos um Pais inteiro e coeso, isto seria possível, mas……

Subitamente uma surpresa:Serra, que seguindo a traidora senda do FHC prometera o petróleo às multinacionais, que cooperara com os EUA na destruição das nossas empresas privadas, que queria entregar a base de Alcântara, deixou o  cargo de Chanceler por estar com dores na coluna .Dores na coluna? Isto só teria credibilidade se o Todo Poderoso quisesse mostrar sua preferência pelo nosso País, saiu, talvez, numa fase de mudança de atitude do Governo.

Ao mesmo tempo soubemos que projetos militares como o avião KC-390 e o blindado Guarani receberam o financiamento que precisavam, rompendo o ciclo de estrangulamento das Forças Armada e o melhor de tudo, os juros que sufocavam a economia em favor dos especuladores internacionais, estão baixando significativamente estimulando a produção.

Por um instante sonhamos que haveria uma nova orientação nacionalista do Governo e criamos nova esperança. Será que novos ventos estariam soprando?Quem sabe, mas será apenas uma manobra dos indignos políticos que temos? É o que receamos, com a escolha do novo Chanceler…um ex-terrorista que foi motorista do terrorista Carlos Marighela, mas antes de julgá-lo pelo triste passado que tem, devemos primeiro ver quais posicionamentos e atitudes que tomará. Sabemos, contudo, que boa expectativa com essa gente costuma ser decepcionante no final.

Você sabia?  

Que a entrega compulsória das armas das pessoas de bem merece destaque na lista das leis absurdas e maléficas do nosso país. Foi a principal responsável pelo aumento da criminalidade, tanto em quantidade quanto da desfaçatez com que os bandidos passaram a agir, pela confiança que não haverá reação.

Simultaneamente a lei do desarmamento civil foi desencadeada intensa publicidade para convencer a nunca reagir, para preservar o bem supremo (a vida, não a honra). Para quem se interessa pelo uso de técnicas de Comunicação na guerra (chamada de “Guerra Psicológica) logo farejaria o dedo de outra nação com interesse em acostumar uma população a não reagir, mas a sempre ceder quando ameaçada. Afinal, a vida é o “bem supremo”; a honra não interessa.

Considerações sobre Estratégia

Todos os que se interessam por Estratégia conhecem-lhe os princípios teóricos básicos, que são:

1 – Marcação dos objetivos a atingir, ou a conservar se ameaçados

2 – Identificações das ameaças para esses objetivos

3- Análise de como o nossos procedimentos, atitudes e meios usados conseguiriam confrontar essas ameaças.

4 – Fazer as adaptações necessárias nos meios e principalmente nos procedimentos de forma a assegurar o bom resultado

Sabemos que não há vento favorável a quem não sabe aonde quer ir e que o nosso País está a deriva, mas imaginemos, como exercício intelectual, um cenário onde um Governo forte e sem compromissos com partidos, marcasse como objetivo principal a criação de uma economia pujante, com pleno emprego, (A ESG –  Escola Superior de Guerra, chamaria isto de Política Governamental).

Facilmente, a equipe ministerial identificaria as ameaças ao objetivo visado. Entre estas estariam certamente: A deficiência em infraestrutura; Os juros altos, que consomem o orçamento, encarecem a produção e prejudicam os empreendimentos; A evasão de divisas causada pela remessa de lucro das multinacionais e do déficit em relação ao turismo externo; A importação de bens que possam ser produzidos localmente; A corrupção endêmica que tomou conta do Governo e da Sociedade ; O excesso de despesas da máquina administrativa especialmente no Legislativo; A excessiva restrição ambiental e indigenista e etc.

Naturalmente a equipe ministerial reconheceria imediatamente que a maioria dos procedimentos e os meios utilizados são inadequados ou insuficientes para fazer face as respectivas ameaças e passaria a estudar as modificações e adaptações a fazer, que tenderiam a ser do tipo Investimentos  em infraestrutura: ferrovias, rodovias, hidrovias, portos, energia e saneamento: como e quanto baixar os juros: como modificar as leis relativas as multinacionais aproximando das formas chinesas: apoio à industria local através   de   fixação de tarifas alfandegárias elevadas e seletivas, para proteger a indústria local além da concessão de subsídios para favorecer o crescimento do setorao “estilo Trump”: tendo rigor contra corrupções e punindo pessoas culpadas sem prejudicar os empreendimentos: diminuir o número de senadores, deputados e de ministérios: parar de financiar as ONGs e por um freio na Funai. Poderia também pensar em autorizar o garimpo e comprar o ouro obtido. Só isto resolveria a metade do problema do desemprego e da necessidade de divisas.

É claro que este exercício de imaginação é apenas um sonho de verão que jamais seria operacionalizado na atual administração do nosso País, mas quem sabe num próximo governo.

Que Deus nos inspire ao escolher os próximos governantes.

Gelio Fregapani

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