Trump promete que aliados dos EUA pagarão mais por defesa caso seja eleito

Ao revelar os planos de uma política externa na qual colocaria os Estados Unidos sempre em primeiro lugar, o pré-candidato presidencial republicano Donald Trump prometeu nesta quarta-feira que, se eleito presidente, faria os aliados dos EUA na Europa e na Ásia assumirem uma parcela maior do encargo financeiro por sua defesa, ou os deixaria por sua própria conta para se protegerem.

Em um discurso de peso, Trump fez uma crítica ácida da política externa do atual mandatário norte-americano, Barack Obama, dizendo que o democrata deixou a China se aproveitar de seu país e não foi capaz de derrotar os militantes do Estado Islâmico.

O magnata se comprometeu a "sacudir a ferrugem da política externa dos Estados Unidos" e disse que irá procurar relações melhores com a China e a Rússia.

O bilionário de Nova York se pronunciou um dia depois das vitórias nas primárias partidárias em cinco Estados do nordeste dos EUA que o deixaram mais perto de conquistar a indicação de seu partido para a eleição geral de 8 de novembro.

Trump, que também criticou as políticas do último presidente republicano, George W. Bush, afirmou que usaria a força da América comedidamente, fortalecendo os militares norte-americanos para acompanhar o ritmo dos programas militares chinês e russo e só empregando as Forças Armadas quando absolutamente necessário.

"Não hesitarei em mobilizar a força militar quando não houver alternativa. Mas se a América lutar, deve lutar para vencer. Eu jamais enviarei o que temos de melhor para o campo de batalha a menos que seja necessário – e só o farei se tivermos um plano para a vitória", argumentou.

Trump, um empresário do setor imobiliário, também disse que usaria o poder econômico de sua nação para persuadir a China a conter o programa nuclear da Coreia do Norte.

O ex-apresentador de reality show afirmou que convocaria cúpulas separadas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e dos aliados asiáticos dos EUA para debater um "reequilíbrio" do comprometimento financeiro de Washington com sua defesa.

Trump jamais ocupou um cargo eletivo e angariou apoio – especialmente entre os eleitores brancos de classe média – com um estilo desbocado e promessas populistas resumidas no slogan "para tornar a América grande novamente".

Essa mensagem foi ecoada por seu discurso de política externa, embora ele tenha posto de lado a retórica de campanha rancorosa na palestra desta quarta-feira, realizada em um hotel no centro de Washington.

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