ORDEM DO DIA Nº 2/2012
96º Aniversário da Aviação Naval
Hoje perfila nesta cerimônia o resultado de 96 anos de história de coragem, audácia, abnegação e experiências de homens e mulheres que construíram um grande patrimônio, a
nossa Aviação Naval.
Alcançamos marcas admiráveis em nosso longo caminho de tal forma que somos, hoje, uma das poucas Marinhas do mundo a operar uma aviação de alta performance à bordo de Navio
Aeródromo e a realizar pouso com helicópteros em plataformas de pouso com dimensões reduzidas, como é o caso de nossas Corvetas da Classe “Inhaúma”.
Entretanto, nada disso seria possível se em 1911, sob a tutela da Marinha do Brasil, o Capitão-Tenente Jorge Henrique Moller não recebesse na França o seu “brevet” de Aviador. Tal fato, sem dúvida, ensejou o nascimento da Aviação Naval, ocorrido em 23 de agosto de 1916, quando o Presidente Wenceslau Braz assinou o Decreto que criou a Escola de Aviação Naval, primeira escola militar de aviação do país.
Na atualidade, operando de bordo ou de terra, atuamos na imensidão da Amazônia Azul, no mundo verde da Amazônia, no Pantanal, nos Pampas, no gelado Continente Branco e em qualquer outro cenário onde a nossa atuação se faça necessária, diuturnamente. Mas a história não nos permite parar, é necessário avançar a passos fortes e decididos rumo ao futuro. A Marinha, acompanhando o desenvolvimento tecnológico, recebe novos meios como os UH-15 “Super Cougar” e os MH-16 “Sea Hawk”.
Operá-los de forma plena é o desafio que requer dedicação integral, perseverança e firmeza de propósito de todos.
Ao comemorarmos hoje, com orgulho e júbilo, os 96 anos da Aviação Naval, temos que, por dever de justiça, lembrar e enaltecer a todos aqueles Aviadores Navais que perderam as suas vidas no pleno exercício de suas profissões. Também temos que reverenciar e agradecer aos nossos “Velhas Águias”, pelo legado que deixaram e por terem contribuído, sobremaneira, de forma dedicada e profissional para o engrandecimento da nossa Aviação Naval.
Parabéns “marinheiros-aviadores”. Como diz um ditado que se encontra estampado em uma das anteparas do Esquadrão HS-1:
“O Marinheiro quando aprende a voar não deixa de ser
Marinheiro, pois o céu para ele nada mais é que o teto do Mar”.
VICTOR CARDOSO GOMES
Contra-Almirante
Comandante