O Brasil está empenhado em aumentar seu poderio naval para proteger as milionárias reservas de petróleo e gás localizadas em águas ultra profundas, disse em 11 de junho a presidente Dilma Rousseff, durante uma cerimônia militar.
“Os investimentos que vêm sendo efetuados em novos navios-patrulha propiciarão o aumento da presença do Estado em águas jurisdicionais, onde se situa a maior parte de nossas reservas de petróleo e gás”, declarou a governante.
Dilma Rousseff reivindicou, como uma “exigência estratégica”, a modernização da Marinha de Guerra, em um discurso por ocasião do aniversário de 147 anos da batalha naval de Riachuelo, que deu ao Brasil a vitória na guerra contra o Paraguai.
“Sabemos que nosso papel na preservação da paz depende da capacidade de dissuasão do Brasil. A atuação de nossas Forças Armadas (…) requer equipamentos de qualidade, prontos para serem utilizados, e pessoal adequadamente preparado”, acrescentou.
Assim sendo, destacou um acordo assinado há anos com a França para a aquisição de quatro submarinos Scorpene diesel-elétricos e a construção do primeiro submarino nuclear.
Além disto, o Brasil anunciou em maio a compra de quatro lanchas fluviais da Colômbia, através do programa de proteção de suas reservas de petróleo, da bacia do Rio Amazonas e dos 7.491 quilômetros de costa.
O Brasil, que conta com a maior Marinha de Guerra da América latina, aplica cerca de 1,5 por cento do PIB no orçamento da defesa.