Marinha russa faz manobras no Oceano Pacífico

A Frota do Pacífico da Rússia está efetuando treinamentos, envolvendo mais de 50 navios de guerra como submarinos, lanchas e navios de apoio e mais de 20 aeronaves, entre aviões e helicópteros. O aumento da atividade militar russa no Extremo Oriente apenas sublinha a importância dessa região em que todos os protagonistas estão aumentando o seu poderio, segundo o analista político Ylia Kramnik, da Voz da Rússia

Um dos objetivos destes treinamentos é preparar a defesa da Rússia para um eventual ataque militar japonês que jamais se conformou com a soberania da Federação Russa sobre quatro ilhas do Arquipélago das Curilas. Estas foram absorvidas pela então União Soviética com a capitulação do Japão na II Guerra Mundial. Como sucessora legítima soviética, a Rússia herdou a soberania destas quatro ilhas.

Por ser uma zona economicamente rica, a área próxima às Curilas é muito visada pelos pescadores que, legal ou ilegalmente, capturam o pescado da região. Por isso, a Rússia também decidiu proteger esta área contra a ação de pescadores não autorizados. De acordo com o governo russo, a captura ilegal de pescado no Extremo Leste da Rússia rende uma fortuna estimada entre US$ 600 milhões e US$ 700 milhões.

A aviação militar russa exerce um papel fundamental nesta vigilância tanto no que diz respeito à segurança de fronteiras quanto na identificação de embarcações que exploram a pesca na região de forma ilegal e predatória.

Ainda de acordo com o analista Ylia Kramnik, a atual situação vivida no Extremo Oriente ou no Extremo Leste, como alguns preferem chamar, faz lembrar em parte a que existia nos anos 1920 e 1930, quando vizinhos da então União Soviética aproveitavam-se de sua pequena vigilância sobre a região para explorar a pesca, ainda que a atividade não fosse autorizada.

Com o fortalecimento da defesa russa, a situação no Extremo Oriente evoluiu e os prejuízos que, no início do milênio, chegaram aos US$ 2 bilhões, foram reduzidos. Mas em muitos setores do governo russo, predomina a percepção de que ainda há muito a fazer para preservar a soberania país e combater com maior vigor a pesca ilegal em toda esta região.

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