Forças Armadas restauram a ordem e a segurança na região metropolitana de Natal (RN)

Adriana Fortes

No início da tarde desta segunda-feira (1º), na 7ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Natal, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, apresentou um balanço dos três primeiros dias da Operação de Garantia da Lei da Ordem no estado. Denominada de Potiguar III, a ação teve início às 20h30 da última sexta-feira (29), na região metropolitana de Natal (RN).

Pelo menos 720 militares já estavam na capital no primeiro dia das operações e até o final do sábado (30), a operação já contava com cerca de 2,8 mil homens.

O ministro destacou que enquanto na sexta-feira (29), foram contabilizados 18 mortes, o número caiu para 11 no sábado (30), dois no dia 31 e apenas um na primeira madrugada de janeiro: “ali na virada, quando você tem as 18 mortes, é neste instante, às 20h30 da noite, que as nossas unidades militares engajaram na operação Potiguar III.

Aquele número de 18 mortes, que inclusive motivaram manchetes, ‘Forcas armadas estão nas ruas e crimes crescem’, não correspondem à realidade, pois tivemos tropas nas ruas apenas durante 3h30 naquele dia. Sim, os números são altos e evidentemente preocupantes.

Se os senhores têm uma redução muito expressiva, ou seja, no dia 30 ele já cai quase à metade. No dia 31, eles caem a 2. E da virada para cá, uma morte” (veja tabela).

A segurança proporcionada pela presença das Forcas Armadas pode ser comprovada pelas milhares de pessoas que foram às ruas celebrar a passagem de ano. “Nós prometemos trazer tranquilidade, trouxemos. Nós prometemos restaurar a ordem, ela está restaurada. Nós prometemos garantir as vidas dos potiguares, elas foram asseguradas”, disse o ministro.

Jungmann ressaltou, porém, que o apoio das Forças Armadas à segurança pública do estado é uma situação extraordinária e que não pode perdurar: “As Forças Armadas não podem ficar permanentemente, nem aqui, nem em nenhum outro estado. Primeiro, porque a Constituição não permite. Existe um prazo para que nós possamos permanecer em função de situações extraordinárias.

Em segundo lugar, o custo é muito elevado. Nós sabemos que existem outros custos, mas esta [segurança pública] é uma atribuição do estado do Rio Grande do Norte e compete ao estado restaurar de forma permanente e de acordo com suas atribuições constitucionais a segurança devida aos potiguares” explicou ele.

Durante a coletiva, o ministro da defesa anunciou que o Governo Federal, liberou 225 milhões para o Rio Grande do Norte, gerando uma folga de caixa para que salários atrasados possam ser quitados. Ele destacou ainda a decisão do desembargador Cláudio Santos, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), que determina que os comandantes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e o delegado-geral da Polícia Civil do estado prendam os policiais responsáveis por incitar, defender ou provocar a paralisação iniciada no último dia 19.

Por fim, Jungmann comunicou que, durante a noite, vários policiais se uniram aos militares das Forças Armadas para garantir a segurança da população. “A estes policiais eu quero fazer um agradecimento, que creio deve ser feito por toda a população potiguar.

Eles colocaram seu compromisso e juramento acima de suas carências e dificuldades”, elogiou o ministro. Segundo dados apresentados pelo tenente coronel Igor Lessa Pasinato, chefe do Estado Maior das Operações Guararapes (a Potiguar III), cerca de 380 ações, como patrulhamentos e rondas foram realizadas ao longo do período. Entre 90 e 100 viaturas com militares estavam nas ruas durante a noite de virada de ano, conforme o comandante.

Fotos: Vitorino Junior/PhotoPress

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