KC-390 possui mercado potencial de US$ 60 bilhões, prevê Embraer

Xandu Alves

O 'mercado potencial' para o cargueiro KC-390 da Embraer gira em torno de US$ 60 bilhões para a próxima década. Segundo estimativa da fabricante, a aeronave de transporte multimissão disputaria um mercado de 700 aeronaves, que pode ser ainda maior.

Cada KC-390 custa cerca de US$ 85 milhões. Atualmente, voam no mundo 2.700 aviões da categoria do KC-390. A idade média desta frota é de 31,5 anos, o que sugere uma substituição nos próximos anos.

O principal concorrente do KC-390 é o C-130 Hércules, da americana Lockheed Martin, que hoje domina o mercado. A FAB (Força Aérea Brasileira) comprará 28 KC-390 para trocar a frota de C-130.

O contrato é de R$ 7,2 bilhões. Considerado melhor do que o rival (C-130 é dos anos 1950), o KC-390 tem tudo para "dominar" o cenário internacional.

Segundo a Embraer, o KC-390 é definido como um avião de "transporte tático desenvolvido para estabelecer novos padrões em sua categoria, apresentando o menor custo do ciclo de vida do mercado".

A aeronave é capaz de "executar diversas missões, como transporte de carga, lançamento de tropas ou de paraquedistas, reabastecimento aéreo, busca e salvamento, evacuação aeromédica e combate a incêndios, além de apoio a missões humanitárias".

O KC-390 pode transportar até 26 toneladas de carga a uma velocidade máxima de 870 km/h, além de operar em ambientes hostis, em pistas danificadas.

Já a frota de C-130 está no fim da vida útil, com idade média em operação de 34 anos e capacidade de carga de aproximadamente 20 toneladas. "O KC-390 se tornará a espinha dorsal da aviação de transporte da FAB. Com capacidade para cumprir uma ampla gama de missões, o KC-390 representará um salto na capacidade operacional", declarou Jackson Schneider, presidente e CEO da Embraer Defesa e Segurança.

Companhia e Boeing vão criar uma joint venture para a comercialização do avião A Embraer irá criar uma segunda joint venture com a Boeing para incluir o KC-390.

Segundo as companhias, a nova empresa servirá para "promoção e desenvolvimento de novos mercados e aplicações para produtos e serviços de defesa". Nesse contexto, o jato militar multimissão terá papel especial.

A Embraer diz que a aeronave será central na nova empresa "a partir de oportunidades identificadas em conjunto". A nova joint venture teria participação majoritária da Embraer.

Uma das propostas seria abrir uma segunda linha de montagem do novo cargueiro nos Estados Unidos, com peças enviadas do Brasil. Hoje, o KC-390 é montado em Gavião Peixoto (SP). O avião teria maior penetração no mercado americano.

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