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SAAB – Transcrição Teleconferência Assinatura Contrato Gripen NG

Transcrição da teleconferência com Lennart Sindhal,
Head da Divisão de Aeronáutica da SAAB
,
em 27 de Outubro de 2014
Texto em inglês Link

 

Transcrição Direitos DefesaNet
Steven Glazer

 
Bom dia ou tarde ou noite, seja lá onde estiver nesta data histórica para o Brasil, Suécia, e para clientes delançamento de exportação e maior contrato de exportação na história de SAAB.

Mais do que isso, é o inicio de um relacionamento duradouro entre SAAB, Brasil, empresas brasileiras e a Força Aérea Brasileira e a da Suécia. Nós criamos então uma relação duradoura entre o Brasil e a SAAB. Junto à indústria brasileira como parceiros, iremos expandir ainda mais oportunidades para o sucesso de exportação do Gripen, e para anunciar que o Brasil junta-se à Suécia no lançamento do primeiro pedido de exportação como o primeiro cliente do Gripen NG (New Generation).
 
O contrato com o Brasil valida o Gripen como o sistema de combate mais eficaz e moderno no mercado, que por sua vez solidifica a posição do SAAB como produtor líder mundial de aeronaves de combate e fortalece a nossa base para futuro crescimento da empresa. Incluso no contrato está um programa de Transferência de Tecnologia (ToT) para o qual o Brasil e a indústria brasileira serão beneficiados pela nova capacidade de projetar, desenvolver, produzir e exportar aeronaves de combate para o mercado mundial. 
 
Claro, isto também seria para o benefício da SAAB, através da boa cooperação que temos, e nós iremos juntos exportar com a indústria brasileira. Se você olhar para o contrato anunciado hoje (Nota DefesaNet Assinado dia 24  e anunciado 27OUT14), verá que é um contrato entre a SAAB e o Comando da Aeronáutica do Brasil (COMAER), com o qual assinamos um contrato para 36 aeronaves de combate Gripen NG, das quais 28 serão na versão monoposto, e oito na versão biposto.

O Gripen NG, como alguns de vocês já devem saber, é uma aeronave de combate top de linha que será operacionalmente relevante ao menos pelos 30 anos à frente.  É uma nave de múltiplas funções (multi role)  e eu gostaria de ressaltar sua tecnologia de guerra ultramoderna e as capacidades dessa plataforma.

O Gripen NG, como os nossos Gripens C/D atuais, operacionais com forças aéreas ao redor do mundo, é reconhecido pela disponibilidade e acessibilidade que permitirá à Força Aérea Brasileira operar com forte capacidade e uma alta disponibilidade. A versão Gripen NG possui muitas similaridades ao Gripen JAS 39E, atualmente em desenvolvimento e a produção contratada para a Força Aérea Sueca, porém, adotando em alguns casos, capacidades para as necessidades especificas do Brasil.

Como vocês já observaram, o valor contratual está em $39,3 bilhões de coroas suecas (U$ 5,4 Bilhões de dólares), e o trabalho será iniciado agora para iniciar a entrega em 2019 e há um prazo de entrega aqui. Isto marca a conclusão com sucesso do processo iniciado, em 18 de Dezembro de 2013, quando  a Força Aérea Brasileira selecionou o Gripen NG como a solução  preferencial para o Programa F-X2. A ambição da Força Aérea Brasileira era de firmar o contrato ainda em 2014 e nós estamos ambos felizes, tanto nós da SAAB e sei também que a Força Aérea Brasileira com a qual fechamos o contrato de boa fé e antes do tempo previsto, o que eu considero um bom sinal para o futuro.

Com isto, assinamos também um contrato para cooperação brasileira no projeto incluindo o que é chamado de Transferência de Tecnologia (ToT), para a indústria brasileira. Este é um processo o qual continuará ao longo dos próximos 10 anos, o que incluirá o treinamento de engenheiros brasileiros enquanto desenvolvemos em conjunto a versão da aeronave biposto.

A meu ver, acredito que estejamos estabelecendo uma parceria duradoura com o Brasil e sua indústria. Eles farão parte do processo do desenvolvimento do Gripen NG e entrando em novos mercados potenciais. Juntos, as indústrias Brasileiras e a SAAB, e entre as Forças Aéreas, seremos muito fortes juntos, e construiremos uma parceria duradoura que poderá ter um grande sucesso no mercado global.

O foco agora, obviamente, é começar a trabalhar, no desenvolvimento para o Brasil, e eu gostaria de dizer que vimos agora na mídia, alguns relatos de que outros países estão mostrando interesse no Gripen. Neste ponto, hoje, não irei comentar em relação aos países específicos, o nosso foco tem sido de fazer negócios com o Brasil e estamos felizes em ter feito isso, e não temos mais informação referente aos países citados.

Porém, o que posso dizer é que nós iremos, juntamente com a indústria brasileira, com o governo sueco, com as forças aéreas suecas e brasileiras, olhar para novos mercados.

Há uma expressão chamada de Transferência de Tecnologia (ToT), que talvez vocês já viram e eu quero, também, mencionar isso. O que é isso exatamente? Bem, primeiramente tenho que dizer que a SAAB é uma empresa fortemente orientada à exportação. Exportação assegura empregos na Suécia, tanto quanto em todos os outros países nos quais operamos. Isso também irá nos permitir manter um grande foco em pesquisa e desenvolvimento para capacidades e produtos futuros.

Este pedido é muitíssimo importante neste sentido. E eu diria que esperamos cooperação com indústrias de outras nações. Nós temos um excelente histórico para fazer isso pelos nossos outros contratos de exportações.  E então usaremos também esse conhecimento no Brasil.

Essa transferência de tecnologia irá certamente gerar conhecimento das outras empresas, o que significa que poderemos nos associar a estas empresas e nos tornarmos mais fortes no mercado global. Haverá um grande número de empresas brasileiras como parte do nosso time e serão fornecedores de diferentes serviços e produtos. A EMBRAER, certamente, será o principal parceiro neste programa, mas podemos também ver a AKAER, que tem sido um parceiro há alguns anos como um provedor de serviços de projeto o que tem se provado muito útil para fortalecer a corporação.

Juntos entre Brasil e a indústria brasileira, construiremos e, finalmente, montaremos estas 36 aeronaves, algumas serão montadas na Suécia por equipes brasileiras e suecas, algumas delas, aproximadamente 15, serão montadas no Brasil por equipes brasileiras, mas nós veremos também outras indústrias produzindo componentes de sistema e componentes de estrutura aérea para agregar na linha de montagem. No futuro, teremos por volta de 150 engenheiros e técnico brasileiros vindo à Suécia para participar, trabalhar e aprender como produzir aeronaves de combate supersônicas.

E nós veremos também técnicos brasileiros  trabalhando na Suécia para treinar na construção do Gripen. Quando anunciamos a nossa cooperação com a indústria brasileira, é uma cooperação com uma indústria aeronáutica muito competente, que possui um bom conhecimento em vários setores, desde estruturas aéreas ate aeronaves completas, componentes de sistemas, aviônicos, etc. Isto significa que agora juntos, SAAB e a indústria Aeronáutica do Brasil,  formaremos uma excelente equipe, o que me diz que tem uma base muito boa para ser um projeto bem-sucedido e, além disso, formará a base para cooperação futura.

Finalmente, a Suécia e o Brasil têm uma cooperação industrial bem-sucedida e de longa data, e claro, que mais iremos ganhar no processo pela frente. Então após 10 meses de trabalho árduo, chegamos a uma situação agora onde podemos começar a olhar à frente te e começarmos a construir um caça para o Brasil e uma boa cooperação industrial.

Ok, então com essa introdução, Teremos oportunidade para algumas perguntas.
 
Pergunta (Não foi possível identificar muitos nomes portanto não estão citados): Gostaria de saber por qual razão o preço final passou para US$ 5,4 Bilhões  e não US$ 4,5 Bilhões como foi anunciado anteriormente? E eu também gostaria de fazer outra pergunta, quantos aviões serão montados na Suécia e quantos serão montados no Brasil?

Lennart Sindhal (SAAB): Primeiro, referente ao  contrato, isto é confidencial entre a SAAB e a Força Aérea Brasileira, e não podemos dar detalhes sobre isso. O que eu posso dizer é que tem sido muito claro pela Força Aérea Brasileira, que baseamos o contrato na proposta original, que foi formalmente acrescentada por anexos, como fizemos.

Com respeito à produção, é importante notar que trabalharemos de uma maneira muito eficiente – é assim que fazemos na SAAB, e é assim que a indústria brasileira funciona, então nós não duplicaremos a produção. Brasileiros e suecos e de outros países serão agregados à linha de produção tanto na Suécia, quanto no Brasil, para treinar a equipe brasileira, faremos alguns trabalhos em equipe na Suécia e em paralelo construiremos a linha de montagem final no Brasil.

No momento, é planejado que 15 aeronaves sejam realmente montadas na linha de montagem final no Brasil, porém, a indústria brasileira também fornecerá serviços e partes através daqueles que estarão na Suécia durante seu período de treinamento.

Pergunta – Você poderia esclarecer se houve alguma tentativa de leasing de aeronaves pela Força Aérea Brasileira para formar o primeiro esquadrão e ajudar na transição antes de receber os Gripens de produção? E também, você pode dizer alguma coisa sobre o anuncio pelo governo brasileiro semana passada sobre a venda de 24 naves para a Argentina?

Lennart Sindhal (SAAB): A respeito da exportação além do Brasil, não podemos comentar estes assuntos referentes à Argentina. Não temos informação disso. Em relação ao leasing, como eu vejo, há uma discussão continua entre as Forças Aéreas do Brasil e da Suécia. O governo da Suécia está envolvido para assegurar o fornecimento de aeronaves Gripen, na forma de leasing. (Ver Matéria DefesaNet Link)
 
Pergunta: Sim, eu queria saber quanto aos aviônicos da aeronave brasileira, fora o radar AESA Raven, haverá diferenças substanciais nos outros aviônicos?

Lennart Sindhal (SAAB): Haverá adaptações para as necessidades brasileiras e que poderiam tipicamente incluir coisas tais como comunicação e Sistemas de Guerra Eletrônica, entes podem ser requisitos específicos da Força Aérea Brasileira para adapta-la às suas necessidades operacionais. Porém, basicamente, é a mesma aeronave inclusive os aviônicos, como você mencionou o radar por exemplo. Mas claro, quando entramos em detalhes podemos ver algumas mudanças.

Pergunta: A perspectiva anterior da SAAB de poder vender cerca de 400 Gripens nos próximos 20 anos. A SAAB vê alguma mudança nessa meta? Alteram os número e expectativas após este contrato?

Lennart Sindhal (SAAB): Eu diria isso: A nossa perspectiva ainda é válida.

Pergunta: Enquanto estas aeronaves estão sendo produzidas será possível o Brasil usar outros supersônicos como o Gripen C. Há algum acordo para utilizarem estes aviões enquanto os outros estão sendo produzidos?

Lennart Sindhal (SAAB):Você está se referindo ao futuro contrato de leassing (Ver matéria DefesaNet Horas Voadas). Sim, quando assinamos isto que eu chamaria de contrato principal, no Programa F-X2, Continua uma negociação entre os governos do Brasil e da Suécia para um acordo de Leasing de aeronaves para a Força Aérea Brasileira com capacidade operacional  até a entrega das primeiras aeronaves. E irá também, de certa forma, treinar a Força Aérea Brasileira em operar e manter o sistema Gripen, o que significa que serão mais rápidos em colocar o Gripen NGs em operação uma vez que tenham sido entregues.

Fernanda: Então não há nada nesse contrato para parar a discussão entre ambos os governos, correto?

Lennart Sindhal (SAAB):Isso. Correto.

Pergunta: Como será o desenvolvimento da aeronave biplace. Parece um grande salto para a indústria aeroespacial brasileira. Quais tipos de habilidades eles terão de ter para desenvolver projetar e quando será introduzido.

Lennart Sindhal(SAAB): Sim, a aeronave biplace faz parte deste contrato. Oito das aeronaves são biplaces. E esse desenvolvimento é algo que faremos junto com indústria brasileira, junto com a EMBRAER, e outros parceiros no Brasil. Isto é parte do programa de transferência de tecnologia neste contrato.

Pergunta: Isso ocorrerá num futuro mais distante, por volta de 2020, ou irá avançar rapidamente?

Lennart Sindhal (SAAB): Iniciaremos o desenvolvimento do biplace agora. Porém, a entrega terá inicio com os monoplace e os biplace virão ao decorrer destes cinco anos do planejamento de entrega. E utilizaremos bastante das habilidades existentes no Brasil, como eu já havia mencionado, é uma base industrial muito competente e muitas empresas ao redor da Embraer, mas é claro que ainda precisam aprimorar suas habilidades participando neste projeto. Mas eu gostaria de deixar claro que é responsabilidade da SAAB entregar a aeronave, a SAAB é responsável pela qualidade e pela aeronavegabilidade, e claro, sempre nos manteremos juntos à indústria brasileira, nos assegurando de que sempre teremos a mesma alta qualidade dos nossos produtos.

Pergunta: E já foi decidido onde estas aeronaves serão construídas e montadas no Brasil?

Lennart Sindhal (SAAB): Ainda tem de ser decidido com a Embraer e outros fornecedores que farão parte da linha de montagem, tanto na Suécia como no Brasil.

Mod: A próxima pergunta é da Vianney Jr., da DefesaNet

Vianney Jr (DefesaNet): Eu gostaria de saber quanto à propriedade intelectual envolvida no Gripen E e o Gripen F, e  gostaria de saber, o Brasil está tomando um grande passo, de aeronaves de segunda geração para procurar saber como construir aeronaves de quinta geração. É possível que este contratoo possa ajudar engenheiros brasileiros a chegarem ao nível de aeronaves de quinta geração?

Lennart Sindhal (SAAB): Eu acho que se olharmos para a indústria aeronáutica brasileira em geral e a EMBRAER em especial, eu acho que podemos notar que o Brasil tem um grande histórico de avanços. Um crescimento muito bem controlado e bem sucedido de suas bases de marketing e industrial, e inclusive o setor comercial, onde a EMBRAER tem sido muito bem sucedida, mas também no setor militar. Talvez você saiba sobre o programa AMX foi um passo para avançar a sua capacidade em projetos aeronáuticos em geral e militar, especialmente, neste caso, e eu acho que este negócio é outro passo neste processo muito bem planejado e realizado para o desenvolvimento de suas capacidades industriais.

E como você disse, eu acho que isto é uma maneira de o Brasil e a indústria brasileira serem um participante desta aeronave de nova geração quando elas chegarem no futuro. Creio que também é interessante ver o Brasil entrando nessa arena e esta é uma das coisas em que me refiro à cooperação com a indústria brasileira.

Vianney Jr (DefesaNet): Tudo bem. Apenas elabore um pouco mais em relação à propriedade tecnológica envolvida na transferência de tecnologia.

Lennart Sindhal (SAAB):Propriedade intelectual é uma parte bastante complicada do contrato. Eu não gostaria de elaborar em detalhes aqui. Isto é uma coisa comercialmente sensível, entre nós mesmos, o nosso cliente e a força aérea brasileira.

Vianney: Ok, obrigado.

Pergiunta: A Força Aérea Sueca permanece interessada na versão biplace? E em segundo lugar, todas as aeronaves brasileiras serão aeronaves novas? E você pode nos informar um pouco mais sobre o plano de produção para estes novos Gripens e em que medida o modelo “C” tem sua fuselagem reutilizada?

Lennart Sindhal (SAAB): Eu não diria isso, bem, deixe-me colocar da seguinte maneira: o contrato que temos com o governo Sueco para a Força Aérea Sueca especifica uma aeronave de monoplace, o Gripen JAS 39E. Se e quando a Força Aérea Sueca for encomendar a versão biplace, ainda será avaliado. Todas as aeronaves brasileiras serão novas na linha de montagem. E eu não entendi muito bem a sua terceira pergunta referente ao plano de produção.

Pergunta: Bem, estou com duvida sobre as aeronaves suecas serem novas, e não partes reutilizadas do Gripen versão “C”.

Lennart Sindhal (SAAB):  A aeronave sueca será nova na linha de montagem na Suécia, porém, o projeto e a produção serão feitos usando sistemas já existentes. Então é de extrema importância reutilizar o sistema de controle de voo na versão “E” (monoplace), o que é uma das partes mais difíceis e arriscadas e também haverá a reutilização de um grande número de subsistemas, onde a fuselagem em si, o que é uma das partes mais baratas da nave, será montada nova. Descobrimos que é muito econômico  construir novas estruturas do que modificar uma velha.

Pergunta: Apenas para esclarecer, as 15 aeronaves  serão construídas na Suécia, isso é apenas um plano inicial? Já no Brasil, estas serão as únicas aeronave a serem construídas no Brasil? Poderia esclarecer se isso é apenas um plano inicial ou pode alterar? Ou este é o número total de aeronaves a serem produzidas?

Lennart Sindhal (SAAB): Sim. Apenas para esclarecer: Se começarmos usando o termo “montagem final” Há um plano para 15 aeronaves terem a montagem final no Brasil. O fornecimento da indústria brasileira incluirá outras destas 36 aeronaves no Brasil, porém, como indiquei mais cedo, montagem final será feita com a equipe brasileira junto à equipe sueca, na Suécia, então haverá mãos brasileiras construindo mais de 15 destas aeronaves.

Pergunta: Nestas 15 aeronaves, isso inclui todas as biplace?

Lennart Sindhal (SAAB): Sim, inclui.

Pergunta: Em relação aos planos industriais na Suécia. A SAAB pretende contratar mais pessoas ao longo deste contrato? E a SAAB pode nos dar uma noção dos diferentes marcos para a construção e para a montagem final destas aeronaves, digo os primeiros pedidos para “rolling items” e talvez uma ideia da indústria ao seu redor.

Lennart Sindhal (SAAB): O aumento na demanda gerada pelo GripenNG já é visível. Estamos a meio caminho andado no programa de desenvolvimento e nos aproximando da próxima aeronave de teste. Quando falo em aeronave de teste, gostaria de ressaltar também que fazemos o teste de voo e a validação deste sistema de forma diferente da que costumávamos fazer.

Nós usamos muitos sistemas baseados em terra e simuladores para acelerar os testes. Em relação aos principais marcos, cerca de um ano atrás quando inauguramos o simulador total de sistemas, o que inclui todos os sistemas inclusive sistemas auxiliares da própria aeronave, o próximo passo no programa serão os sistemas táticos o que incluirá o hardware, os simuladores, e o radar, e então nós fazemos os testes de voo.

Com a assinatura do contrato e todos os passos que o envolvem, planejaremos agora a aeronave biplace a qual construiremos juntamente com a indústria brasileira. Já, durante o desenvolvimento da aeronave monoplace, trabalhamos dessa maneira.

Nós temos a empresa AKAER como parceira há mais de três anos agora então já estamos bem acostumados a trabalhar através do Atlântico no programa de desenvolvimento e isso tem sido um grande sucesso. Agora incluiremos outras indústrias brasileiras, incluindo obviamente, Embraer neste plano de desenvolvimento. E então começaremos as entregas para o Brasil primeiramente a aeronave monoplace, e mais tarde neste plano de desenvolvimento de cinco anos, começaremos a entregar a aeronave biplace.

Pergunta: Quando estará pronta a primeira aeronave na linhal de montagem no Brasil? E a data de entrega para a primeira aeronave montada na Suécia?

Lennart Sindhal (SAAB): O que posso te informar hoje é que iniciaremos a entrega em 2019 e continuaremos até 2024

Pergunta: Você poderia me dizer o valor dos offsets relacionados a este contrato?

Lennart Sindhal (SAAB): Em relação ao offset (contrapartidas comerciais), ou seja lá qual termo você prefira usar, o desejo deixado claramente evidente desde o inicio, que é focado no Gripen e o desenvolvimento da indústria aeronáutica brasileira e a forma de fazer isso é por meio de desenvolver a aeronave de biplace juntos.  Também em envolver a indústria brasileira como fornecedores para a linha de montagem no Brasil e na Suécia. Teremos o mesmo grupo de fornecedores, sejam eles suecos, brasileiros, britânicos, ou que país seja. Como eu disse anteriormente, não duplicaremos a linha de fornecimento. Isso não é de interesse de nenhum dos parceiros aqui.
 
Pergunta: Isto é um contrato com preço fixo ou é há mais o custo com o desenvolvimento da versão biplace?
 
Lennart Sindhal (SAAB): Este é um contrato com valor fixo. Obviamente, ainda um trabalho que faremos juntamente, com os parceiros para chegarmos a um custo acessível sem duplicação de esforços, mas é um contrato de valor fixo.
 
Lennart Sindhal (SAAB): Agradeço a todos pelas suas perguntas, Iremos agora começar o programa em conjunto com o Brasil e como eu mencionei. Estamos muito contentes e orgulhosos por termos sido escolhidos para este programa brasileiro e enxergamos isso  como uma parceria entre a Suécia e o Brasil, nossas Forças Aéreas e a SAAB, e a indústria brasileira. Com isso, agradeço a todos mais uma vez e boa tarde!

Comentário DefesaNet

O analista e Editor de DefesaNet Vianney Jr comentou pontos da Teleconferência do VP Lennart Sindahl

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