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O Editor
Com base em informações da Reuters
Os Cidadãos suíços foram às urnas hoje (18MAIO14), em um referendo que incluia dois assuntos polêmicos e um com implicação às negociações do Brasil e a Suécia para a finalçização da compra do Caça Gripen NG.:
1 –Introdução de um novo nível para o Salário Mínimo Nacional, e,
2 – Financiamento de aquisição do Caça SAAB Gripen E.
Salário Mínimo – Os Cidadãos suíços rejeitaram, em uma votação no domingo, uma proposta de introduzir o maior salário mínimo do mundo, de 25 dólares por hora, trazendo alívio para os empresários preocupados que a medida prejudicaria o mercado de trabalho suíço.
Cerca de 67% dos eleitores do país rico rejeitaram a proposta de salário mínimo feita pelo sindicato suíço SGB e apoiada pelos partidos socialista e verde, segundo mostraram os resultados finais da votação.
"Se a iniciativa tivesse sido aceita, sem dúvida, teria levado a cortes de empregos, especialmente em regiões remotas e estruturalmente mais fracas", disse o ministro da Economia suíço Johann Schneider-Ammann em entrevista coletiva, sobre o salário mínimo.
A votação de domingo é a última de uma série de iniciativas que estão sendo apresentadas aos eleitores, para tentar resolver a crescente diferença de renda no país geralmente igualitário.
Economicamente, a liberal Suíça não tem no momento um salário mínimo vigente em todo o país. O salário é determinado por contratos de trabalho individuais ou de acordos coletivos, alguns dos quais também determinam salários mínimos da indústria.
Caças Gripen– Os suíços também votaram no domingo contra um polêmico acordo para gastar 3,5 bilhões de dólares comprando 22 caças Gripen E, do grupo sueco SAAB, que exigiria cortes de gastos em outros setores, como na educação.
A proposta foi derrotada por 53.4% contra 46,6% da liberação de 3,1 bihões defrancos Suíços (U$ 3,5 Bilhões).
Pesquisas antes do referendo indicavam que os eleitores votariam contra os planos do governo, que previa a substituição de veteranos 54 F-5 Tiger, da Força Aérea da Suíça.
Os críticos argumentavam que a Suíça não necessitava de novos caças e que o custo final seria maior do que o governo estabelecera inicialmente.
O Governo Federal Suíço, tinha argumentado nos últimos meses da importância dos caças para a Segurança do país..
"Esta decisão criará um vazio na Defesa do país," alertou o Ministro da Defesa da Suíça Ueli Maurer, o maior incentivador do acordo.
Em conversa com jornalistas afirmou que seria necessário uma análise aprofundada, ele declarou : "Não temos um Plano B."
"Quando você faz negócios com a Suíça, você sabe exatamente o que está sendo negociado," declarou o porta-voz da SAAB Peter Larsson, à Agência de Notícias TT.
O governo informou que cerca de 55% do eleitorado habilitado para o Referendo votaram.
Comentários
Votos populares já renderam surpresas antes, mais recentemente, em fevereiro, quando os suíços, inesperadamente venceram por uma pequena maioria uma votação para conter a imigração da União Europeia, ignorando alertas do mercado que tal medida prejudicaria a economia.
A raiva cresceu em relação aos salários dos executivos na Suíça que incharam enquanto os salários dos trabalhadores de baixa renda estão defasados.
Os defensores do salário mínimo proposto, que corresponde a um salário mensal de quatro mil francos, dizem que isso ajudaria a minimizar as desigualdades salariais e garantir, que uma pessoa que trabalhe em tempo integral, possa viver decentemente.
Os eleitores apoiaram de forma esmagadora, um referendo, no ano passado, para dar aos acionistas, voz nas decisões sobre os salários dos executivos, mas recusaram uma proposta para estabelecer como teto dos salários dos executivos 12 vezes o menor salário da empresa.
