Gen Pinto Silva – Tomada do Poder pelo PT Independentemente do Resultado das Eleições

TOMADA DO PODER PELO PT INDEPENDENTEMENTE DO RESULTADO DAS ELEIÇÕES.

Carlos Alberto Pinto Silva[1]

A realidade vivida na atual conjuntura brasileira indica que estão acontecendo atividades de guerra híbrida no Brasil, visando a conquista do Poder, portanto, já não se trata de uma teoria, mas, sim de uma afirmação.[2]

O Partido dos Trabalhadores (PT), desenvolveu uma estratégia política para as eleições de 2018, mirando a conquista do poder pela via pacífica (1ªFase)[3], sem abdicar das atividades de Guerra Híbrida com a forma violenta para a tomada do poder. O que é comprovado  pela declaração de José Dirceu em entrevista ao jornal espanhol El Pais de que “é uma questão de tempo” para os petistas retornarem ao poder, independentemente do resultado das eleições; pela declaração da deputada Benedita da Silva: …“semderramamento de sangue não há redenção, com a luta e vamos à luta com qualquer que sejam as armas”[4]; e também pela lamentação de Jaques Wagner: que o PT não fez uma revolução como em Cuba pois o Brasil é uma democracia, esse é o nosso problema[5].

O recurso aos Organismos Internacionais e o pedido de apoio a países ideologicamente alinhados é uma importante ação na 1ª e 2ª fases da atividade híbrida para a tomada do Poder.

Chamando, mais uma vez, a atenção que:as atividades guerra híbrida[6], usadas para desestabilizar o governo na luta pelo Poder, operam nas sombras em tempos de eleições e é usada para desestruturar campanhas de adversários políticos, enquanto possui a capacidade de empurrar a violência para o final da campanha ou da derrota eleitoral, visando, se possível, obter o poder pela via do voto.

O resultado é a possibilidade das forças do socialismo marxista de escalar o modelo de guerra híbrida[7], caso não obtenham sucesso pela via pacífica, usando, primordialmente, a nova forma violenta para tomada do poder, tentando manter um rumo de luta para o futuro.[8]

Portanto, caso, a “Via Pacífica” venha a desmoronar, poderá, ainda, ser complementada com a guerra híbrida em seu modo soft (forma não violenta: protestos, manifestações sindicais, uso dos movimentos sociais etc) para a tomada do Poder, ou em seu modo hard (forma violenta para a tomada do Poder). Tudo indica já ter sido escolhido o segundo estilo, devido abuso do emprego da violência nas manifestações e protestos de 24 de maio de 2017 e as reações da militância a prisão de Lula.[9] 

Um dos fatores mais relevantes que contribui para incentivar, atrair e agregar a população aos atos preparatórios e de violência nas atividades de Guerra Híbrida é o uso das mídias sociais como meio de comunicação e propagação de informações. A definição de guerra híbrida de Frank Hoffman inclui exatamente “Operações psicológicas que utilizam as mídias sociais para influenciar a percepção popular e a opinião internacional”.[10]

A Guerra Psicológica Midiática é realizada por especialistas em guerra psicológica infiltrados na sociedade civil. Esses experts se aproveitam do fato midiático, obtido por intermédio do emprego planejado da propaganda e da ação psicológica, para direcionar a conduta das pessoas.

A liberdade de imprensa, um direito fundamental na democracia, não deve ser maculada pela falta de compromisso com a verdade na notícia e com a possibilidade de perpetrar excessos na divulgação, por leviandade ou propósito que não pode ser declarado[11], e pela irresponsabilidade de parte da mídia divulgando fato relevante da vida nacional distorcido, com um viés ideológico e muitas vezes defendendo interesses de grupos políticos e econômicos, desinforma a população, na medida em que não oferece uma precisa apreciação da verdade dos fatos[12], para que a sociedade leia, assista, ouça e tire suas próprias conclusões dos acontecimentos.

A natureza do emprego de atividades de Guerra Híbrida para a tomada do Poder de forma violenta, cria condições para que as ações possam  passar despercebidas, numa primeira fase, na busca de seus objetivos, e provavelmente adquirir uma posição política vantajosa antes que o governo e a sociedade possam perceber a situação e reagir para  se contrapor a essa ação; por esta razão os planejadores do movimento violento o mantem sigiloso o máximo de tempo possível e procuram apresentar suas ações como uma forma não violenta e legal para a disputa pelo Poder, aproveitando toda a proteção das leis que a democracia lhe oferece.

O que acontece, na atualidade, no Brasil, não é um problema de governo, oposição, parlamento ou judiciário, é um problema da SOCIEDADE que no atual estágio sente falta de lideranças para orientá-la e guiá-la.

O momento exige que todos sejam “RELEVANTES: isto é,ser capaz de criar, comunicar e difundir ideias e valores. Valores são vínculos que despertam nas pessoas um senso de orgulho de ser brasileiro, de pertencer a um grupo, de filosofia de vida, de padrão de caminhos a seguir.

A percepção da influência de uma extensa “classe média não engajada “é capital para chegar ao sucesso, de forma que esses não engajados se tornem, mais cedo ou mais tarde, soldados da luta política na defesa da democracia.

             

A hora é agora: “Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova” [13]

          


[1]Carlos Alberto Pinto Silva / General de Exército da reserva / Ex-comandante do Comando Militar do Oeste, do Comando Militar do Sul, do Comando de Operações Terrestres, Membro da Academia de Defesa e do CEBRES.

 

[3] Fase preparatória.

[5] https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/4813/jaques-wagner-em-inacreditavel-reuniao-do-pt-lamenta-se-por-nao-terem-reeditado-cuba-veja-o-video

[6] Moderna forma de luta violenta para a tomada do poder.

[7] Atividades.

[10]  HUNTER, E., PERNIK, P: The Challenges of Hybrid Warfare. ICDS Analysis. 2014.

[11] Sobrevivência econômica da empresa, interesses políticos de grupos, e interesses ideológicos visando à conquista da mente da população.

 

[13] Gandhi

Nota DefesaNet

Acompanhe as Coberturas Especiais aqui indicadas com vários textos esclarecedores do Gen Pinto Silva. Em especial sobre Guerra Híbrida Brasil.

Compartilhar:

Leia também

Inscreva-se na nossa newsletter