Redes sociais só perdem para Forças Armadas e Igreja na confiança do brasileiro

As redes sociais estão em ascensão na confiança do brasileiro. De 2016 para 2017, elas cresceram 61% nesse item, em pesquisa realizada pela FGV-SP.

As mídias saltaram do 10º lugar no ranking para o terceiro, com 37% de confiança, perdendo apenas para as Forças Armadas (56%) e para a Igreja Católica (53%). Em 2016, somente 23% das pessoas diziam confiar em sites como Facebook e Twitter.

Com exceção das redes sociais e da Polícia, que teve um aumento de confiança de 4%, todas as outras instituições analisadas registraram perda de credibilidade de 2016 para 2017. As maiores quedas foram para os Sindicatos (-29%), Ministério Público (-22%), Poder Judiciário (-17%), Grandes Empresas (-15%), Emissoras de TV (-9%), Igreja Católica (-7%), Forças Armadas (-5%) e Imprensa escrita (-5%).

Os partidos políticos continuaram com índice de 7% na confiança do brasileiro, mas perderam o último lugar esse ano para o Governo Federal, que caiu de 11% em 2016 para 6% em 2017. O Supremo Tribunal Federal (STF) foi incluído em 2017 na avaliação, obtendo 24% no índice de confiança.

Para o estudo da FGV, retratar a confiança em uma instituição significa identificar se o cidadão acredita que essa instituição cumpre a sua função a contento. As quedas na confiança das principais instituições do país são atribuídas à insatisfação da população com a corrupção e à falta de respostas desses órgãos para suas demandas.

Justiça em baixa

Além de cair no ranking, de 29% para 24%, entre 2016 e 2017, a pesquisa mostrou que o Poder Judiciário é considerado lento (81%), caro (81%) e difícil de utilizar (73%). Além disso, 78% dos entrevistados consideraram a Justiça nada ou pouco honesta, 73% nada ou pouco incompetente e 66% nada ou pouco independente em relação aos outros poderes do Estado.

Do total, 63% dos entrevistados disseram conhecer “um pouco” as leis brasileiras e 10% admitiram que não costumam seguir leis. Para 38% dos entrevistados, os deputados e senadores são os que mais desrespeitam as leis. Por outro lado, 75% acreditam que a lei deve ser respeitada, mesmo quando discordam dela.

Os dados para a pesquisa foram coletados entre maio e junho de 2017, nono ano de realização do ICJBrasil. Foram entrevistadas 1.650 pessoas do Distrito Federal e sete estados, Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Fonte: Gazeta do Povo (PR) via NOTIMP/FAB

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