“GUERRA HÍBRIDA” EMPREGO pela RÚSSIA
LITTLE GREEN MEN / POLITE PEOPLE (1)
Parte I
Na prática toda ameaça pode ser híbrida, à medida que não está limitada a uma simples configuração e dimensão de guerra. Porém, quando qualquer emprego de força ou ameaça que seja é definida como híbrida, o termo perde seu valor e causa confusão ao invés de explicar a “realidade” da guerra moderna.
Dr. Damien van Puyvelde
University of Texas, El Paso.
A velocidade da evolução desse pensamento (“Guerra Híbrida”) é tal, que alguns estudiosos estão abandonando o termo. As alternativas incluem o retorno ao uso de ‘guerra assimétrica’ e, um passo adiante, ao novo ‘guerra ambígua’, ambos particularizando aspectos da guerra corrente e futura. Enquanto o primeiro enfatiza o embate entre dois ou mais adversários com capacidades marcadamente diferentes, levando a (s) parte (s) mais fraca (s) a tentar definir a natureza do confronto de modo a minimizar o ‘gap’ das potencialidades existente entre eles, o último desvia a atenção para o ‘isso é ou não é guerra? ’, característica da guerra não declarada (V. nota 5). Sob qualquer ângulo que se considere o termo ‘guerra híbrida’ – o novo ou o velho – o que alterou profundamente nos recentes anos é o papel desempenhado pela moderna tecnologia da informação. Ela, agora, serve como uma força multiplicadora numa escala sem procedentes, e com o emprego efetivo do espaço da informação possibilita compensar, muito mais hoje em dia do que antes, as deficiências na arena física.
Flemming Splidsboel Hansen,
Analista Senior do DIIS (Danish Institute for International Studies).
Frederico Aranha
Pesquisador Independente.
Advertência: tradução livre.
SPETSNAZ – Forças Especiais Russas (Little Green Men) confraternizando em Simferopol, Criméia (2014).
APRESENTAÇÃO – Este breve ensaio pretende atualizar os diversos conceitos e possíveis eventos da denominada pelo Ocidente “Guerra Híbrida” empregada pela Rússia. É inspirado direta e indiretamente em inúmeras fontes contemporâneas, Frank G. Hoffman – divulgador da expressão – William J. Nemeth (considerado o criador do termo), John Boyd, William S. Lind, Martin van Creveld, Mary Kaldor, Timothy L. Thomas, Thomas X. Hammes, Mark Galeoti, David Kilcullen, Janis Berzins, Sir Hew F. A. Strachan, Philip A. Petersen, Kristin Ven Bruusgaard, os chineses QiaoLing e Wang Kiangsui, os russos Vasily Reznichenko, S.G. Chekinov, S.A. Bogdanov, Makhmut Gareev, entre outros. Ademais, nas análises de centros de estudos em West Point, na NATO, da RAND Corporation, Academia de Ciências Militares da Rússia, do Canadian Army Warfare Centre, da King’s College e inúmeras outras Universidades. Em razão da quantidade de material pesquisado e anotado, deixa-se de fazer referência às fontes, salvo quando desejável ou obrigatória.
Introdução
Por ocasião da ocupação da Criméia, um blogueiro ucraniano adolescente assim descreveu os invasores e sua atuação:
Esses militares russos não parecem soldados russos. Isto é, eles definitivamente são russos e definitivamente militares, mas eles pertencem a uma classe de gente completamente nova e diferente. Eles parecem inteligentes, têm boa aparência e bom comportamento. Eles não molestam as mulheres. Eles não arrancam vegetais dos campos. Eles não vagam à toa pela cidade. Eles não falam nada supérfluo. E não há insígnias nos seus uniformes. Entretanto, por alguma razão, Putin afirma que não são do Exército Russo. Quando ouço isso, eu me sinto ofendido – por que esses homens parecem tão bons e por que o último cretino na terra sabe, é claro, que se trata do Exército Russo. Ao mesmo tempo, se o Exército Russo é o que parece ser, eu até posso me juntar a ele.
Mais de três anos passados desde a anexação da Criméia pela Rússia, a pergunta é se o Ocidente já desenvolveu uma estratégia para se opor à “Guerra de Nova Geração” ou “Guerra Híbrida”, a doutrina que Moscou empregou na Ucrânia. Baseado em roteiro sugerido pelo Major Tony Balasevicius, Canadian Army (2), os pontos importantes a examinar são os seguintes: 1º – a filosofia fundamental dessa doutrina, reinvestigando as abordagens ocidental, chinesa e russa à teoria da guerra híbrida; e 2º – o elemento chave da abordagem russa é a inovadora integração e coordenação das forças militares com as ferramentas políticas do Estado.
Em fevereiro de 2014, protestos antigovernamentais na Ucrânia derrubaram o governo chefiado por Viktor Yanukovych, fortemente apoiado pelo Governo russo. A seguir, separatistas pró-Rússia começaram a sujeitar e controlar setores da infraestrutura da Crimeia, enquanto ocupavam sistematicamente territórios no leste da Ucrânia. Mais tarde, se soube que a maioria dos supostos separatistas eram na verdade pessoal altamente treinado e equipado das Forças Especiais russas, sem insígnias, os assim chamados “Pequenos Gentis-Homens de Verde”. A precisão com que essas operações foram realizadas chocaram muitos analistas ocidentais, não só pela velocidade com que os fatos se sucederam, bem como pela eficiência imprimida pelos russos para coordenar e executar as numerosas e diversificadas operações que tiveram de cumprir.
Surpreendentemente, a anexação da Criméia e a subsequente batalha no leste ucraniano no seu nascedouro não contaram com as forças militares convencionais russas, que tradicionalmente lideram tais operações. Limitaram-se ao apoio. Até mesmo as qualificadas Forças Especiais russas (Spetsnaz), que organizaram a resistência e participaram dos tumultos, capturaram e controlaram pontos chave da infraestrutura e estabeleceram checkpoints por toda a península, não foram o elemento mais decisivo nesse conflito. Foi ele o intenso e bem coordenado emprego de ações de inteligência, guerra psicológica, intimidação, corrupção e propaganda de alta intensidade na mídia convencional e na internet que minou e, eventualmente, colapsou a resistência ucraniana, congelando ao mesmo tempo possível reação em força dos membros da NATO – os analistas russos Cheknikov e Bondanov afirmaram mais tarde que a Ucrânia sofrera um “nocaute eletrônico”. Para aferir o impacto e profundidade desse dito “Nocaute”, foi realizada pesquisa de opinião logo após à anexação (https://www.bbg.gov/wp-content/media/2014/06/Ukraine-slide-deck.pdf Acesso em 02/2015), revelando que a esmagadora maioria da população da Criméia se declarou russa.
O resultado foi uma clara e absoluta vitória alcançada mediante o que muitos (e os próprios russos) denominam “Guerra de Nova Geração”. Ao adota-la como doutrina, os russos abraçaram o hibridismo como ferramenta estratégica. No processo, eles desviaram o foco do conflito do nível operacional da campanha militar convencional para o campo estratégico. Assim agindo, redefiniram o conceito de guerra e estabeleceram a importância do planejamento e coordenação da estratégia no plano nacional, ou seja, materializando a projeção do poder nacional.
Surgimento da Expressão “Guerra Híbrida”
Em janeiro de 2002, o então Major USMC W. J. Nemeth apresentou na Naval Prost Graduate School, Monterrey, Califórnia, tese para obtenção de PHD em Master of Arts in National Security Affairs, intitulada Future War and Chechnya: a case for hibryd warfare (https://calhoun.nps.edu/handle/10945/5865Acesso em 08/2011). Na introdução cita Lawrence H. Keely (War before Civilization, 1999) – A guerra vitoriosa não é fruto de sistemas de armas superiores, é resultado da organização social. Prossegue –é crença comum que as forças militares dos modernos Estados ocidentais são reflexo dessas sociedades organizadas. (…).
Essa crença tem raízes no passado. É difícil entender que as sociedades da era do feudalismo tenham criado um tipo específico de arte da guerra e organização de forças. Por outro lado, é fácil compreender como a Revolução Francesa com a ‘levée en masse’ projetou a Guerra Dinástica à guerra total do século XX.
Após profunda e brilhante análise da sociedade chechena, sua estrutura social e política, religião, organização de luta ou militar, relações com nações vizinhas e história milenar, Nemeth conclui, em síntese, que se trata de uma sociedade híbrida – conjugando religião radical, organização tribal, estrutura militar simples, eficiente capacidade de luta e apta a empregar armas e equipamento de última geração, de tecnologia state of art – e como tal destinada, por força da sua cultura, a lutar somente uma “guerra híbrida”. Lembra Martin van Kreveld (The Transfomation of War, 1991): (…) de fato, há sólidas razões militares por que forças regulares são ineficientes para lutar no que está se tornando rapidamente a forma de guerra dominante da nossa era. Talvez, a razão mais importante seja a necessidade de reexaminar a tecnologia da qual essas forças dependem.
Frank Hoffman e o Conceito Ocidental de Guerra Híbrida.
A visão ocidental da Guerra Híbrida tem sido fortemente influenciada peloCoronel USMC (R) Dr. Frank Hoffman, pesquisador e professor do Marine Corps Warfighting Laboratory e daNational Defense University. Em 2005, escreveu em coautoria com o Tenente General (USMC) James Mattis (atual Secretário de Defesa do EEUU) o ensaio baseado em experiências de comando Future Warfare: The Rise of Hybrid Warfares(http://milnewstbay.pbworks.com/f/MattisFourBlockWarUSNINov2005.pdf).
Trata-se, no fundo, de uma rápida análise do artigo The Strategic Corporal: Leadership in the Three Block War publicado no Marines Magazine, 1999, de autoria do General (R) Charlles C. Krulak, então Comandante do US Marine Corps, no qual avalia o exercício ficcional Operation Absolute Agility(http://www.au.af.mil/au/awc/awcgate/usmc/strategic_corporal.htm).
Numa monografia de 2007, intitulada Conflict in the 21st Century: The rise of Hybrid Wars (http://www.potomacinstitute.org/publications/reports/1267-conflict-in-the-21st-century-the-rise-of-hybrid-warsAcesso em 04/2011) Hoffman estabelece os princípios chaves que vão delinear a percepção ocidental da Guerra Híbrida. Nesse trabalho, define guerra híbrida como sendo (…) um leque de diferentes modos de guerra, incluindo a convencional, formações e táticas irregulares, atos terroristas, violência e coerção indiscriminadas, e desordem criminal. Caracteriza essa forma de guerra como ação que borra as linhas divisórias entre diferentes tipos de conflito, entre os combatentes e entre as tecnologias que são empregadas, e entre paz e guerra. Ele vê o mundo adentrando um período em que múltiplos tipos de emprego de forças serão usados simultaneamente por adversários flexíveis e sofisticados. Hoffman acredita queo futuro não sinaliza uma suíte de distintos desafios, com métodos diferentes e alternativos, mas a convergência para um modelo multimodal ou Guerra Híbrida.
Enfatiza que as unidades operando com tal conformação, poderiam ser híbridas, tanto na formação como no modus operandi. Exemplificando, sugere que futuros conflitos poderiam incluir organizações híbridas como o Hezbolah (3), empregando um amplo conjunto de habilidades. Adicionalmente, prevê a possibilidade de os Estados transformarem suas unidades convencionais em formações irregulares, adotando ao mesmo tempo novas táticas, tal como os Fedayeen (4) iraquianos em 2003. Uma das mais pertinentes observações de Hoffman se refere a como as “Guerras Híbridas” poderiam suceder em termos da interação entre elementos regulares e irregulares. Lembra que, historicamente, muitas guerras viram elementos regulares e irregulares lutando; todavia, esses elementos operavam tradicionalmente em diferentes teatrose/ou em diferentes formações; especula que no futuro talvez não será o caso. De fato, afirma que poderá não ser incomum elementos irregulares tornarem-se operacionalmente decisivos, ao invés de serem relegados à função tradicional deplayer secundário.
As ideias de Hoffman contemplando o uso simultâneo de múltiplas formas de guerra, o emprego da guerra híbrida ao nível de Estado, as estruturas políticas funcionando hierarquicamente em células descentralizadas, e o surgimento do elemento irregular como “decisivo” ou, no mínimo, um parceiro “igual” ao regular no conflito, aparecem claramente na doutrina russa da “Guerra de Nova Geração”. Todavia, essas ideias assentadas no plano tático e operacional sozinhas não explicam completamente a eficiência ou sucesso das recentes operações russas. Para melhor entender os feitos russos com seu modelo de guerra híbrida, Balacevicius (cit), propõe que é importante entender como essas atividades são coordenadas no plano estratégico como parte de uma doutrina muito bem desenvolvida, focada em lograr sucesso com exclusivo objetivo político. Sugere que para melhor apreciar esse aspecto das operações russas, pode ser positivo examinar a visão chinesa da questão.
(1) A presença dessa força anônima nas ruas da Criméia tornou-se tão espetaculosa, que logo foi chamada de um jargão em russo – vezhlevye zelenye chelovechki –, little green men (pequenos homens de verde). A tradução para o inglês cometeu um equívoco – chelovechki não é exatamente little men (homens pequenos),mas criaturas miúdas parecidas com homens que, no entanto, não são humanas. O correspondente do TASS, Vladimir Zinin explica o termo – os notórios ‘green men’ surgidos na Criméia – são como soldadinhos de chumbo com os quais as crianças brincam, sem um nome, sem rosto. Seu passado e seu futuro é uma caixa de papelão, que pode ser aberta quando é hora de começar uma nova brincadeira (Gazeta.ru – 22/07/2015). Quando as Forças Especiais russas começaram a aparecer nas ruas de Sebastopol, Alexander Anickin, blogueiro ucraniano, conta que alguns habitantes adotaram automaticamente uma alteração semântica, de ‘zelonyye chelovechki’ – homem verde – para ‘zelonyye lyudishki’ – pequeno homem verde – um americanismo apropriado pela sua associação com histórias fantásticas de alienígenas e discos voadores. Num sentido irônico, significa duplamente algo em que não se pode acreditar e uma notícia falsa (hhtp://european-book-review.blogspot.com/2014/03/little-green-men.html).Uma habitante local, Ilia Varlamov postou– a intuição nos diz se algo parece como um soldado russo que usa equipamento militar russo e nos esclarece que é soldado russo, então é provavelmente um soldado russo. Mas, a propaganda russa nos garante que é ‘força de defesa local’. Os locais chamam eles, sarcasticamente, de vezhlivye lyudi – homens gentis, ou simplesmente ‘pequenos homens de verde’. Anexou uma foto cuja legenda diz– nós saímos de Simferopol pela manhã. Os ‘little green men’ estão nas ruas (http://varlamov.ru/1017991.html). Fonte: (https://anthropoliteia.net/2014/03/31/little-green-men-russia-ukraine-and-post-soviet-sovereignty/Acesso 12/2016).
Em abril de 2015, o Almirante (R) Igor Kasatonov, ex-comandante da Frota Russa do Mar Negro, declarou à Agência RIA Novosti que os ‘pequenos homens de verde’ eram, na verdade, membros das Forças Especiais Russas (SPETSNAZ). De acordo com ele, o deslocamento dessa tropa para a Criméia foi realizado primeiro por helicópteros com pequenas unidades de assalto para tomar pistas de pouso e depois por aviões Ilyushin II-76 com 500 homens (https://sputniknews.com/russia/201503131019448901/).
Posteriormente, o Presidente Putin confirmou, indiretamente, a presença de pessoal russo na Criméia, inclusive com tarefas de caráter militar, segundo ele, mas que isso não representava a presença do Exército Russo regular na Ucrânia (https://www.theguardian.com/world/live/2015/dec/17/vladimir-putins-annual-press-conference-live)
(2) V. http://worldcat.org/identities/lccn-nb2011029093/Acesso 12/2016.
(3) Força paramilitar formada majoritariamente por adeptos do ramo xiita do Islã, financiada e armada sobretudo pelo Irã. Sua base é no Líbano, onde participa do processo político. Na Guerra do Líbano de 2006, seus militantes, adotando práticas da guerra assimétrica associadas a equipamentos de alta tecnologia, tais como umanetwork de comunicação eficiente, foguetes de médio alcance e mísseis anticarro russos de última geração, infligiram perdas significativas aos israelenses. Hoje, atua fortemente no Iraque e na Síria.
(4) Força paramilitar cujos membros com sólida formação militar eram oriundos do Exército Iraquiano. Operava independentemente ou em conjunto com as forças iraquianas regulares, praticando táticas assimétricas associadas ao emprego de equipamento convencional. Seus militantes, na maioria, pertenciam ao ramo sunita do Islã. Agia sob comando direto do Presidente Sadam Hussein e foram duríssimos oponentes das forças da coalizão, especialmente no combate urbano.
(5) http://vpk-news.ru/sites/default/files/pdf/VPK_08_476.pdf(Acesso em 07/2014). Para mais informações, ver tambémhttps://inmoscowsshadows.wordpress.com/2014/07/06/the-gerasimov-doctrine-and-russian-non-linear-war/(Acesso em 08/2014);http://www.defesanet.com.br/doutrina/noticia/18978/GUERRA-HIBRIDA-–-Breve-Ensaio-/(Diversos); http://blog.berzins.eu/gerasimov-syria/(Acesso em 12/2016) ehttps://jamestown.org/program/gerasimov-revamps-russian-military-hard-power-based-syria-lessons/(Acesso em 02/2017).
(6) O idealizador e Presidente da novel Academia é o General de Exército Makhmunt Gareev reputado cientista militar e historiador, último Vice Chefe de Estado-Maior da União Soviética. Autor prestigiado de inúmeras obras sobre estratégia, questões militares em geral e história militar. Dentre elas se destaca If War Comes Tomorrow?: The Contours of Future Armed Conflict (Soviet, Russian Military Theory and Practice, 1998 (Disponível na Amazon/Kindle).
(7) Esses eventos caracterizaram-se por operações cinéticas e acinéticas, com prevalência destas últimas. As operações cinéticas indicam a movimentação de elementos físicos e as forças e energia associadas a eles, ao passo que operações não-cinéticas se relacionam com a ação para influenciar determinada audiência, mediante mídia impressa ou eletrônica, operações cibernéticas, guerra eletrônica … etc. Estrategistas e teoristas de defesa e da segurança vêm discutindo há décadas o surgimento de “guerras novas”, juntamente com outras nomenclaturas associadas, sendo que a essência dessas discussões assemelha-se à evolução apontada por Gerasimov. Está muito claro que guerras do passado, por exemplo, entre as forças “azul” e “vermelha”, num campo de batalha definido, são exatamente isto – guerras do passado.
(8) De acordo com o AFDD 2-5 (US Air Force Doctrine Document), “Operações de Influência” são aquelas focadas em intervir nas percepções e condutas de líderes, grupos ou populações inteiras. São empregadas habilidades para acometer ações, operações de proteção, ordens de comando e, ao mesmo tempo, lançar informações precisas para obter efeitos por todo o plano cognitivo. Esses efeitos podem resultar em ações contaminadas ou em alterações no ciclo de decisões do adversário. As competências militares das “operações de influência” são as operações psicológicas (PYSOP), ações diversionárias (MILDEC), operações de segurança (OPSEC), operações de contra inteligência (CI), operações de affaires civis (PA) e operações de contrapropaganda. (…) Essas atividades das “operações de influência” permitem ao Comando preparar e delinear o campo de batalha, transmitindo informações e indicativos selecionados para os ouvintes-alvo e configurando as percepções dos tomadores de decisão, colhendo informações amigáveis, defendendo contra sabotagem, protegendo contra a espionagem, reunindo informes e comunicando informação selecionada sobre atividades militares para a audiência global.
(9) http://www.sldinfo.com/wp-content/uploads/2014/05/New-Generation-Warfare.pdf