Em socorro de Janot 1: Setor da PF tenta dar uma forcinha para a o desacreditado procurador-geral

Reinaldo Azevedo
Rede TV


Ah, agora apareceu o “PowerPoint” do PMDB, elaborado, desta feita, pela Polícia Federal. Aquele, feito por Deltan Dallagnol, tinha Lula no centro de todas as tramoias do mundo, vocês se lembram. O objetivo era só oferecer a denúncia envolvendo o tríplex de Guarujá, mas se aproveitou para fazer uma “leitura política” da coisa.

“Como, Reinaldo Azevedo? Você está dizendo que Lula não era o chefe, como disse Deltan?” Eu nem estou entrando nesse mérito. O que afirmo, e é universalmente reconhecido pelos decentes, é que o PowerPoint nada tinha a ver com a história.

Agora, as flechas do desacreditado Rodrigo Janot ganharam também um esquema, desses destinados a ficar circulando pelas redes sociais. No centro, então, do que seria o esquema de ladroagem do PMDB, estaria o presidente Michel Temer, que teria recebido benefícios irregulares do esquema de R$ 31,5 milhões.

O esquema das flechas é de tal sorte complicado que,  à guisa de ironia, digo: se montar um esquema de corrupção fosse tão difícil, os corruptos iriam buscar algo mais simples para fazer.

É espantoso que se possa achar que um esquema de desvio de recursos de R$ 31,5 milhões, que teria nada menos do que o então vice-presidente no centro, incluísse outras 13 pessoas, duas empreiteiras (OAS e Odebrecht), uma estatal (CEF) e um órgão da administração (Secretaria de Aviação Civil).

E mais incrível ainda se torna quando nos lembramos que Geddel Vieira Lima, que seria uma das flechas a apontar para Temer, ainda não conseguiu explicações para uma bolada de R$ 51 milhões, um pouco mais do que os R$ 31,5 milhões pelos quais Temer responderia, no centro do grande esquema.

Sabem o que temos aí? Está em curso a operação “Salva-Janot”.

Mas não creio que vá prosperar.

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