Brasil deve puxar crescimento da América Latina em 2018

O Banco Mundial estima que o crescimento da América Latina dobre neste ano em relação a 2017, passando de 0,9% para 2%. O principal motivo da alta, segundo a instituição, é a recuperação do Brasil, que tem previsão de crescer 2% em 2018, após registrar dois anos seguidos de contração, em 2015 e 2016, e alta estimada em 1% em 2017.

Em 2019, a expansão deve ser de 2,3%. Além disso, o Banco Mundial projetou que o crescimento mais forte na América Latina ocorra no Panamá, onde deve alcançar 5,6%, de acordo com o relatório semestral Perspectivas Econômicas Globais, divulgado nesta terça-feira (09/01).

Segundo as previsões, a Argentina registrará uma expansão do PIB de 3%, e o México de 2,1%, índices superiores a 2017. Por outro lado, mergulhada numa crise econômica e política, a economia da Venezuela deve contrair 4,2% em 2018.

O Banco Mundial também elevou as previsões de crescimento da economia global para 3,1% em 2018, graças à alta nos investimentos e no comércio. Será a primeira vez desde a crise financeira de 2008, que a economia mundial chegará perto ou alcançará plena capacidade. No último relatório, de junho, a alta global havia sido estimada em 2,8%.

O crescimento econômico global deve alcançar a marca de 3% também em 2017, 0,3 ponto percentual acima da estimativa anterior. Após os 3,1% em 2018, em 2019, espera-se que o crescimento fique em 3%, e em 2020, em 2,9%.

Economias emergentes x desenvolvidas

A maior parte do crescimento será impulsionada pelas economias emergentes, em particular por países exportadores de commodities, com taxas de crescimento para o grupo como um todo estipuladas em cerca de 4,5% em 2018 e uma média de 4,7% para 2019 e 2020, segundo o Banco Mundial.

O Banco Mundial elevou sua previsão para a China em 2017 em três décimos, para 6,8%, e estimou uma expansão de 6,4% do Produto Interno Bruto (PIB) chinês em 2018.

Em contrapartida, o crescimento nas economias desenvolvidas deverá passar de 2,3% em 2017 para 2,2%, em 2018, enquanto os bancos centrais eliminam gradualmente os níveis de investimentos pós-crise.

O crescimento na zona do euro foi atualizado, com um aumento de 0,7 ponto percentual em 2017 (2,4%) e 0,6 ponto percentual em 2018 (2,1%). As projeções mostram um crescimento levemente menor nos EUA – 2,3%, em 2017, e 2,2%, em 2018.

O relatório da principal instituição de desenvolvimento global destacou que os governos devem olhar além das políticas monetárias e fiscais, promovendo reformas que incentivem a produtividade. Entre as sugestões feitas pela instituição estão mudanças com objetivo de melhorar a educação, a saúde de qualidade e a infraestrutura nos países em desenvolvimento.

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