Seul adverte Pyongyang sobre apropriação de bens em zona conjunta

A Coreia do Sul advertiu nesta segunda-feira que não aceitará uma apropriação unilateral por parte de Pyongyang dos bens sul-coreanos no complexo turístico conjunto do Monte Kumgang (Coreia do Norte), informou a agência local Yonhap.

Segundo fontes do Ministério de Unificação sul-coreano citadas pela Yonhap, "o Norte deve imediatamente deter atos que infrinjam os direitos de propriedade" dos investidores sul-coreanos no projeto turístico, próximo à fronteira entre as duas Coreias.

O comentário de Seul aconteceu antes que na quarta-feira se cumpra o prazo para que ambas as partes discutam o destino dos ativos sul-coreanos no complexo turístico do Monte Kumgang, avaliados em 300 bilhões de wons (200 milhões de euros).

As visitas de sul-coreanos a este centro turístico começaram em 1998, como passo inicial rumo à reconciliação entre ambos os países, mas foram suspensas em 2008, quando um turista foi abatido pelos disparos de um guarda norte-coreano ao entrar, sem perceber, em uma área restrita.

O governo sul-coreano e empresas como a Hyundai investiram dezenas de milhões de dólares neste complexo da costa leste norte-coreana para levantar hotéis, restaurantes e campos de golfe que agora Pyongyang ameaçou tomar como próprios.

A Coreia do Norte pressionou Seul, aparentemente, para que sejam retomadas as viagens ao Monte Kumgang, uma fonte de divisas estrangeira muito importante para o regime de Kim Jong-il.

Pyongyang assegura que fez todo o possível para esclarecer as circunstâncias do tiroteio e para melhorar a segurança, embora Seul sustente que as medidas não são suficientes e que ainda esperam uma desculpa formal pela morte de sua cidadã.

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