Os insistentes apelos de cancelar o atual contrato russo-francês têm sido formulados pelos EUA e alguns países da Europa. Antes, Hollande repetia que o nível das sanções aplicadas permitia fornecer pelo menos um de dois navios modernos de classe Mistral. O envio do segundo navio dependerá por completo, conforme disse em julho o líder francês, da posição russa em face do conflito na Ucrânia.
Se o contrato for rescindido, a parte francesa terá de pagar uma enorme multa no valor superior a um bilhão de euros.
Novas medidas endurecem acesso ao mercado de capitais*
O deputado ecologista Daniel Cohn-Bendit já havia defendido, no mês de março, o boicote ao Mundial para protestar contra a atitude do presidente russo Vladimir Putin na crise ucraniana.
A pedido dos chefes de Estado e do Governo, a Comissão Europeia deverá apresentar nesta quarta-feira aos países do bloco propostas para reforçar as sanções contra a Rússian acusada de enviar tropas para combater diretamente ao lado dos separatistas pró-russos no leste da Ucrânia.
A União Europeia decidiu reduzir o acesso da Rússia aos mercados de capitais europeus, impôs um embargo na venda de armas, aos bens de uso militar e civil e um limite das vendas de tecnologias "sensíveis" e de equipamento para o setor petrolífero. As próximas medidas devem tornar ainda mais difíceis o acesso da Rússia aos mercados financeiros europeus e endurecer as condições de venda de tecnologia de utilização militar.
*Com RFI
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Leitura imperdível. Há seis meses o analista Roberto Lopes já mencionava a possibilidae de não ser completado o acordo das Mistral.