A organização ambiental Greenpeace pediu nesta sexta-feira ao presidente francês François Hollande que intervenha na liberação dos 30 militantes indiciados por pirataria na Rússia. Os ativistas, entre eles a brasileira Ana Paula Maciel 32 anos, invadiram uma plataforma da Gazprom no Ártico.
Em um comunicado, o diretor executivo do Greenpeace, Jean-François Jullliard, pediu que o presidente ajudasse os ativistas presos em Mourmansk, entre eles o francês Francesco Pisanu, e que afirmasse, publicamente, que protestos sem violência não podem ser considerados como atos de pirataria.
"Trata-se do mais grave desrespeito a nossas atividades pacíficas desde que os serviços secretos franceses provocaram o naufrágio do Rainbow Warrior na Nova Zelândia, em 1985", declarou Julliard.
O Artic Sunrise, que transportava 28 militantes do Greenpeace, além de um cinegrafista e um fotógrafo freelance, foi rebocado no dia 19 de setembro no mar de Barents pela guarda-costeira russa.
O Greenpeace alega que o ato é ilegal, porque a embarcação navegava em águas internacionais.
Os militantes podem pegar 15 anos de prisão por "pirataria organizada." Até agora, apenas a Holanda pediu publicamente que eles sejam liberados.
O Greenpeace está preparando para amanhã uma grande manifestação em cerca de 15 cidades no país e em 45 países no mundo. Até agora, a organização e já enviou mais de um milhão de mensanges para embaixadas da Rússia no mundo.