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França não desistirá de vender o Rafale, diz Hollande

Em entrevista coletiva após o encerramento da Cúpula da União Europeia em Bruxelas, o presidente francês François Hollande voltou a defender o Rafale. O avião de combate perdeu a licitação no Brasil para o Gripen, da sueca Saab, escolhida para renovar os 36 caças da frota da FAB (Força Aérea Brasileira). Para Hollande, o Rafale continua sendo o "melhor avião."

O presidente francês disse que continuará defendendo o Rafale "sempre que tiver a oportunidade."

"É verdade que o Rafale é um bom avião. E isso supõe que eu o defenda sempre que puder, e que a empresa Dassault tente oferecer as melhores condições para que ele possa ser comprado", disse nesta sexta-feira em Bruxelas. "Mas nossos papéis são diferentes", ressaltou.

Nesta quinta-feira, o presidente francês declarou que já aguardava o fracasso das negociações do Rafale com o Brasil, mas ainda tinha esperanças de vender o avião de combate no exterior.

Nesta sexta-feira, os Emirados Árabes Unidos anunciaram que não concluirão a compra dos aviões da Eurofighter, concorrente direto do caça francês. O governo do país pretende renovar sua frota de 60 Mirages 2000-9. Uma boa notícia para a França, que volta à disputa.

"Não é porque os Emirados Árabes descartaram essa opção que o Rafale foi escolhido, ainda há outras propostas", comentou, prudente. A Índia, que poderia comprar 126 caças, também ainda está na mira do governo francês, mas não há previsão para a conclusão do contrato.

Brasil e França têm parceria importante na defesa, diz ministro

Apesar do fracasso das negociações com o Brasil, o ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian, lembrou que os dois países possuem uma parceria importante no setor da Defesa, incluindo a construção de uma base naval e de quatro submarinos nucleares em Itaguai. O valor total da negociação é estimado em 6 bihões de euros.

O ministro da Defesa ainda declarou que o Brasil não era um "alvo prioritário" para a venda do Rafale.

Para a imprensa francesa, o fracasso da venda do caça tem um motivo claro : o governo brasileiro preferiu a opção mais barata –os 36 caças Gripen totalizam um investimento de cerca de 4,5 bilhões de dólares, enquanto o pacote inicial pelos aviões franceses chegou a US$ 8 bilhões. 

Outro motivo é que o Brasil privilegia a defesa suas fronteiras marítimas, consideradas mais importantes do que as áreas na equação geopolítica mundial.

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