Governador denuncia presença de grupos armados em estado vizinho ao Brasil

O governador do estado venezuelano de Amazonas, Liborio Guarulla, denunciou nesta quinta-feira no Parlamento a presença de grupos armados nesta província vizinha a Brasil e Colômbia, onde cresce a mineração ilegal.

"Nossos principais problemas são a presença de paramilitares, garimpeiros e a prorrogação do estado de exceção", disse o governador à Comissão de Defesa, que deve viajar à zona para comprovar a situação.

Guarulla garante que "existem mais de 3 mil garimpeiros destruindo os solos, e tudo é controlado por máfias e a guerrilha".

No município de Ature, os grupos ilegais "já começaram a matar indígenas", destacou o governador.

Amazonas faz fronteira com Roraima e Amazonas no Brasil, e com os departamentos colombianos de Vichada e Guainía, zona de ação da guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

Parlamento venezuelano suspende sessão por desordens do público

O parlamento venezuelano, controlado pela oposição, suspendeu nesta quinta-feira a primeira discussão de uma lei para restituir empresas e terras desapropriadas pelo governo chavista – rejeitada pelo executivo – devido a desordens do público durante a intervenção dos legisladores.

O presidente da Assembleia Nacional, o opositor Henry Ramos Allup, cancelou a sessão depois da negativa de um grupo de chavistas de abandonar o recinto.

O chefe do legislativo chegou a afirmar, após a sessão, que "aqui tinha gente armada hoje, aqui tinha militantes à paisana", versão que não foi confirmada por nenhuma outa fonte.

Ramos Allup também lamentou que "aqui está a guarda nacional que não faz nada para preservar a segurança do recinto".

Durante a acidentada sessão, estava previsto discutir o projeto de "Lei de Ativação e Fortalecimento da Produção Nacional", apresentado pela oposição para o fomento da indústria local que, segundo afirma, foi destruída pela política econômica do chavismo.

Com a intervenção de Julio Borges, líder da bancada opositora, que abriu o debate, foram entoados cânticos, gritos e vaias de parte do público que apoiava o chavismo, e rebatidos pelos seguidores da oposição.

Os chavistas que, segundo Borges, eram comandados pelo deputado governista Francisco Torrealba, se negaram a se retirar, enquanto cantavam o Hino Nacional da Venezuela e gritavam palavras de ordem contra a "burguesia" e a oposição: "a pátria não se vende, a pátria se defende".

Após vários minutos de espera, Ramos Allup anunciou a suspensão da sessão e a convocou para a terça-feira.

O projeto de lei gera forte polêmica no país. Borges afirmou que a iniciativa "vai colocar mais de seis mil empresas que foram expropriadas para produzir".

O presidente Nicolás Maduro acusa a oposição de querer implantar um modelo neoliberal que entregará as ricas reservas de petróleo ao capital estrangeiro.

Compartilhar:

Leia também

Inscreva-se na nossa newsletter