Comentário Gelio Fregapani – A influência dos símbolos

Assunto:  A influência dos símbolos

Hans Rudel, um ás da Luftwaffe, publicou em seu livro “Piloto de Stuka” quando seguiu para o front oriental: Eu estava voando orgulhosamente para o Leste, levando pintadas nas asas do meu avião a mesma cruz que meus ancestrais, os Cavaleiros Teutônicos, levavam em seus escudos a quase mil anos, quando cumpriam a mesma missão que tenho – a de conter os eslavos que se derramavam sobre a Europa.

O leitor atento terá percebido o efeito dos símbolos na mente daquele jovem que se tornaria um dos grandes heróis de seu país e certamente lamentará não termos algo assim para estimular os nossos soldados, mas como será mostrado, já tivemos, foram destruídos pela República.

Para quem não percebe, parece inconcebível que alguém procure impedir o canto do Hino Nacional nas escolas de sua Pátria. Já quem percebe sente o alcance dos inimigos na luta pelos corações e mentes, tentando evitar a identificação dos jovens com sua Pátria através da letra do seu Hino, que repetida muitas vezes se entranharia no inconsciente. Esse inimigo, possivelmente versado em Guerra Psicológica, tudo faria para impor um hino comunista como “A Internacional” ou se não for possível ao menos uma canção pornográfica que vá quebrando os valores.

O mecanismo para a conquista dos corações e mentes

A Guerra Psicológica em princípio se origina do confronto entre filosofias divergentes e reativas. Assim poderíamos citar a existência de uma, uma filosofia cristã, uma islâmica, comunista, nazista, capitalista e outras tantas, as quais ao passar do pensamento abstrato para normas de ação criam uma doutrina, a qual nem sempre é escrita.

Quando uma frase consegue evocar ou mesmo sintetizar a doutrina temos uma das principais armas da Guerra Psicológica: o “Slogan” e se um sinal gráfico conseguir trazer esse slogan à mente, ele será o símbolo de toda a doutrina. Assim a filosofia cristã corresponde uma doutrina cristã cujo slogan pode ser o “salva tua alma” e o símbolo a Cruz, que a um simples olhar lembrará o sacrifício de Cristo com tudo que isto significa. Analogamente para o slogan comunista de “proletários do mundo, uni-vos”; os alemães, corretamente nacionalistas, usaram o “Deutschland uber Alles” e para lembrá-lo, a cruz negra dos Cavaleiros Teutônicos, com as pontas quebradas significando movimento para a direita, ou seja, para o bem. Identicamente nacionalistas, os ingleses lembraram sua filosofia no slogan “Rule, Britannia! Britannia, rule the waves!” e como símbolo um leão significando sua dominação sobre o mundo. Aliás o uso simbólico de animais poderosos como leões, águias e onças é muito significativo, apenas não se consegue rabiscá-lo facilmente num muro ou pintá-lo num veículo, mas o mais importante de um símbolo é seu significado.

Aproveitaríamos para perguntar qual o significado para o leitor do brasão de armas da República, que substituiu a cruz da Ordem de Cristo do Brasil original?

Outros símbolos ainda mais poderosos são a Bandeira e o Hino, mas os símbolos só têm efeito se difundidos.  Por isto, os internacionalistas da esquerda e da direita tentam impedir o uso da bandeira e o canto do hino.

Um pouco de História. Imaginemos o Brasil Imperial, sob Dom Pedro II.

Éramos uma das nações mais respeitadas da terra e nossa Marinha uma das mais poderosas o que nos permitiu ousar dar um ultimato aos EUA quando esse violou a nossa neutralidade atacando uma belonave confederada em nossas águas. O progresso se observava em todos os setores; fabricávamos navios oceânicos modernos, estendíamos estradas de ferro. Éramos pioneiros no uso do telégrafo.

Como cuidávamos dos corações e mentes? – Bem, a psicologia ainda não era ciência, mas além da presença do respeitado Imperador ainda havia o nome de Terra de Santa Cruz no imaginário popular; o slogan era “in hoc signo vinces” , cujo significado os vigários explicavam em cada sermão e na bandeira e no símbolo tinha a rubra cruz da ordem de Cristo, com a qual derrotamos os holandeses. O mesmo símbolo conduziu os bandeirantes na expansão do território, enfim, foi ele que nos apontou o caminho do dever desde as caravelas de Cabral.

Então, o que sobrava para o inimigo? Só podia ser similar ao diabo, ou estar a seu serviço.

Infelizmente os positivistas, tal como os comunistas de hoje em sua aversão a Estados Nacionais acabaram com tudo que puderam; tentaram trocar o hino por outro que nem falava em Pátria e foram impedidos por Deodoro. Benjamin Constant tentou ainda mudar a Bandeira para o modelo norte-americano, também impedido por Deodoro, mas insistiu em retirar a cruz substituindo-a pelo slogan positivista – o “ordem e progresso”. Estragaram tanto a unidade nacional que ainda não conseguimos consertar tudo, exatamente o mesmo que os comunistas tentaram fazer ao se opor ao canto do Hino Nacional nas escolas.

Um pouco de tristeza

Desde quando me dei por gente, ainda na época da II Guerra, me acostumei a ver estampado em nossos carros de combate um emblema do Cruzeiro do Sul, envolvido por um círculo composto por quatro arcos. Mesmo sem que alguém explicasse dava para entender que o Cruzeiro do Sul representava a terra do Brasil e os quatro arcos que o circundavam, as trincheiras para sua defesa. Depois foi trocado pelo atual símbolo do Exército – uma elipse azul contendo o cruzeiro cercada de amarelo e verde e por espadas cintilantes como um resplendor de ostensório. Meu desgosto pelo símbolo em vigor, não só e por achá-lo complicado demais e de difícil entendimento, mas porque na heráldica a forma elíptica nunca representa força, mas apenas mansidão. Por isto é a mais usada nos brasões dos Bispos e Papas.

Espero que em alguma hora o nosso CCOMSEx preste atenção nessa anomalia.

O confronto moral sempre precede ao confronto físico e frequentemente demonstra quem será o vencedor, antes mesmo do combate. Que Deus nos conserve sempre atentos.

Gelio Fregapani

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