O terror sindical contra o trabalhador

Equipe DefesaNet

 

Sindicatos parando o centro de São Paulo e Rio de Janeiro, lojistas sob ameaça de terem seus estabelecimentos saqueados caso abram seus comércios, empresas de ônibus e trens suburbanos parados a força também foram reféns da ‘revolução bolivariana‘ que não tem adesão popular. E contou apenas com as centrais sindicais e a ação de marginas do crime organizado. O que vigorou até o momento em várias cidades do país foi à truculência com ameaças e agressões.

A participação popular praticamente inexistiu. Nas redes sociais muitas pessoas criticam a ação truculenta dos sindicatos, inclusive de escolas particulares em São Paulo que decidiram suspender as aulas. Cerca de 200 delas anteciparam o feriado prolongado, para a revolta geral dos pais e, inclusive, de alunos.

No polo aeroespacial de São José dos Campos a Embraer foi novamente alvo preferência do Sindicato dos Metalúrgicos, que ameaçou agredir funcionários que tentassem ingressar na fábrica. A situação fez que a direção da Embraer desse folga coletiva para seus empregados. Não satisfeito, os sindicalistas beiraram o ridículo. Impediram que as crianças do Colégio da Embraer Juarez Wanderley entrassem na escola e tivessem aulas. Além de ameaçarem professores e os estudantes de agressão.

A Prefeitura de São José dos Campos informou que a Justiça determinou que os motoristas e cobradores do transporte coletivo mantenham 50% dos serviços funcionando nesta sexta-feira (28) na cidade. A liminar foi concedida às Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de São Paulo, para assegurar a continuidade da prestação dos serviços de transporte público durante a greve nacional. Caso o sindicato da categoria não cumpra a determinação judicial, eles terão que pagar uma multa de R$ 100 mil.

Mesmo com essa determinação, os ônibus foram impedidos de circularem na cidade sob ameaça de serem incendiados.  Um grupo ligado ao PT seguiu do centro até a frente da prefeitura para gritar palavras de ordem e impedir que funcionários entrassem no prédio. Várias fábricas como a General Motors, Johnson&Johnson, MWL, Revap (Petrobras) e Volkswagen como as fábricas fornecedoras da Embraer situadas no distrito industrial das Chácaras Reunidas.

Os comerciantes como no Rio de Janeiro e São Paulo e outras grandes cidades do interior acabaram ficando sem atividade tal o nível de ameaça com promessas de violências. Foram denunciados para a Polícia Militar a existência de homens armados que passaram a fazer rondas nos lugares. Há fortes suspeitas que sejam ligados ao crime organizado, tanto Comando Vermelho como o Primeiro Comando da Capital, que tem atuado junto com diversos sindicatos e grupos políticos nestas manifestações.

Na Via Dutra, a estrada mais importante do país, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, ocorreu paralisações pontuais. A Polícia Rodoviária Federal acabou por impedir alguns bloqueios de acontecerem com queima de pneus. Um caminhão do sindicato dos metalúrgicos foi apreendido com 50 pneus e 4 galões de combustível na região de Pindamonhangaba.

Um outro caminhão do sindicato dos metalúrgicos, ligado ao partido de extrema esquerda PSTU, lotado de pneus novos foi apreendido pela polícia no dia 27. Também havia combustíveis e os documentos do veículo estavam irregulares.

A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) mobilizou seus mais de 750 sindicatos filiados em todo o Brasil para as paralisações desta sexta-feira, 28. Segundo a entidade “trabalhadores das mais variadas categorias cruzarão os braços e se reunirão em atos em defesa dos direitos trabalhistas, contra os ataques à Previdência e contra os retrocessos”. Vale lembrar que a obrigatoriedade do imposto sindical deverá desaparecer nas reformas trabalhistas.

Por causa do feriado de 1º de maio, as concessionárias do Grupo CCR – em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Mato Grosso do Sul – prepararam operação especial para o feriado do Dia do Trabalho em suas rodovias, por onde devem passar mais de 3,2 milhões de veículos no período entre esta sexta-feira, dia 28, e 1º de maio. O atendimento, incluindo agentes, médicos, enfermeiros e equipes de emergência, será reforçado nas oito concessionárias de rodovias da CCR. Haverá revezamento entre as equipes ao longo do feriado para garantir o atendimento 24 horas ao usuário.

A previsão do número de veículos leva em consideração o fluxo estimado nas rodovias administradas por CCR AutoBAn, CCR NovaDutra, CCR SPVias, CCR ViaOeste, CCR RodoAnel, CCR RodoNorte, CCR ViaLagos e CCR MSVia. O número de pessoas que aproveitaram a greve para ampliar o feriado prolongado começou já no meio da manhã desta sexta-feira (28ABR2017).

 

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