Search
Close this search box.

SAGITARIO ganha nova versão e gerencia voos em três grandes centros de controle do Brasil

Em 2011, a FAB (Força Aérea Brasileira) registrou  uma média de 7.395 voos diários no País, contra 6.432 no ano anterior, isto sem contar os voos visuais. Este ano a expectativa, é que o movimento cresça até 7%. A Atech é a empresa responsável pelo desenvolvimento e modernização de todo sistema para o gerenciamento do espaço aéreo brasileiro

O SAGITARIO (Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatórios de Interesse Operacional), desenvolvido pela empresa integradora brasileira Atech, do grupo Embraer, em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB), ganha nova versão e começa a ser utilizado no Cindacta I (Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), de Brasília.

O novo sistema  já vem sendo utilizado também no controle do espaço aéreo dos Cindacta II  e III, de Curitiba e Recife, e marca a evolução do controle padronizado durante a primeira década do século 21, conhecido como Sistema de Tratamento e Visualização de Dados (STVD). Esta nova solução mostra avanços na comunicação, navegação e vigilância para o comando e o controle do tráfego aéreo nacional.

Em Brasília, onde o sistema começou ser utilizado no início desse ano, a versão instalada, a 1.5, apresenta uma significativa evolução na parte de tratamento de dados de vigilância,  na previsão de conflito de plano de voo e na modernização da supervisão do sistema.

O sistema levou cerca de dois anos para ser desenvolvido e confere maior segurança e autonomia operacional, assegurando o comando e o controle para a tomada de decisões. Isto é possível porque a tecnologia do SAGITARIO foi desenvolvida com a participação dos profissionais que atuam na linha de frente do controle de tráfego aéreo, os controladores, e seguindo as melhores práticas e recomendações existentes no mercado internacional, dentre eles os sistemas especificados pela Eurocontrol (Organização Européia para a Segurança da Navegação Aérea).
 
Para o presidente da Atech, Tarcísio Takashi Muta, o SAGITARIO é uma nova solução, funcional e tecnologicamente mais avançada, semelhante à existente nos melhores centros de controle da Europa. “O domínio  completo do seu desenvolvimento possibilita a sua evolução e adaptação para acompanhar as tendências mundiais e atender prontamente às necessidades operacionais para a gestão do tráfego aéreo. Nesse sentido, podemos destacar a implantação da Navegação Baseada em Performance (PBN), na qual o domínio tecnológico está permitindo ao Brasil responder prontamente ao crescimento de tráfego aéreo e às novas recomendações da aviação civil”, ressalta.
  
A Atech é responsável pelo desenvolvimento e modernização de todo sistema para o gerenciamento do espaço aéreo brasileiro –  empresa integradora de sistemas e provedora de soluções de comando e controle, detém  experiência comprovada para conceber, especificar, desenvolver e entregar soluções de sistemas tecnológicos complexos, em diversas áreas de aplicações, em especial no setor de defesa e segurança.
 
EVOLUÇÃO CONTÍNUA
 
Entre as características da interface do SAGITARIO, destacamos: agilidade nas ações rotineiras dos controladores, identificando e informando situações de conflitos ou riscos, flexibilizando a configuração de parâmetros operacionais aplicáveis para cada centro de controle. O novo sistema também está preparado para tratar dados provenientes de diversos sensores de vigilância, estando assim pronto para operar com os novos conceitos de navegação baseada em performance, em fase de implantação no  Brasil, alinhando o serviço brasileiro de controle de voos com a realidade que, em breve, estará disseminada em razão da demanda crescente no setor aéreo.

Com o novo sistema, o uso do teclado fica praticamente descartado, sendo opcional. Ele também possibilita a implementação de qualquer funcionalidade em curto espaço de tempo; o custo é outra vantagem, pois é relativamente menor, o que permite maior capacidade de gerenciamento para o País.

Depois dos Cindacta de Brasília,  Curitiba e Recife,  o SAGITARIO deverá entrar  em operação no centro de controle de aproximação (APP) São Paulo. Em seguida, está programada a sua entrada em operação no ACC Amazônico e APP Rio de Janeiro.

Para o consultor e especialista em questões de tráfego aéreo, Eno Siewerdt, o SAGITARIO representa uma grande conquista. Ele ressalta que não é fácil acompanhar essa evolução contínua no segmento. “Mas é fundamental para o desenvolvimento do país manter a autonomia tecnológica nesse setor até sob a ótica do custo/benefício”, explica. Segundo ele, os pacotes importados ainda chegam com preços altos por conta da manutenção e suporte – e “não podemos voltar a ser dependentes”. A ideia básica, para Siewerdt, é que “não convém mais comprar caixas pretas: precisamos investir em tecnologias nossas e garantir a evolução do sistema nacional, garantindo assim, a autonomia do Brasil neste segmento”.

Compartilhar:

Leia também
Últimas Notícias

Inscreva-se na nossa newsletter