Esquadrão Pelicano celebra 60 anos com homenagens a militares

Tenente Camila Barbieri / Tenente João Elias

O  2°/10° Grupo de Aviação (2°/10° GAV), conhecido como Esquadrão Pelicano, celebrou 60 anos de criação numa cerimônia militar realizada nessa segunda-feira (04/12), na Ala 5, em Campo Grande (MS). A solenidade foi presidida pelo Tenente-Brigadeiro do Ar William de Oliveira Barros, Ministro do Superior Tribunal Militar.

“Eu queria me congratular neste dia, com esta Ala 5, e dizer a todos os mais jovens e aos mais antigos que aqui estão para que preservem este espírito de operacionalidade, profissionalismo e tradição. Parabéns aos Pelicanos de hoje, de ontem e de sempre”, disse o oficial-general, em suas palavras.

Durante a cerimônia foram homenageados militares com os títulos de Homem-SAR, Destaque Operacional, Pelicano Honorário e Graduado e Praça Padrão.

"O Esquadrão nasceu com nome e caráter fortes para cumprir uma missão nobre, levando esperança nas suas asas e a certeza de que o impossível seria feito por uma vida.

Acenderam, assim, a chama de algo que não se consegue definir, mas nos impulsiona e faz acreditar: é o Espírito SAR. Esse espírito é o que faz do nosso esquadrão diferente e viver a essência da frase “Por uma vida, a ordem é lutar”", ressaltou o Comandante do Esquadrão, Tenente-Coronel Aviador Jorge Marcelo da Silva Martins.

A cerimônia foi finalizada com o desfile militar, que contou com a incorporação de ex-integrantes do 2°/10° GAV à tropa.

Histórico

O 2°/10° GAV é o Esquadrão da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pelas missões de Busca e Salvamento e, desde que foi criado, no dia seis de dezembro de 1957, tem realizado inúmeras missões desse tipo. Recentemente, uma aeronave SC-105 mais moderna chegou à unidade a fim de ampliar sua capacidade operacional.

Com o lema “Para que outros possam viver”, o Esquadrão Pelicano (2º/10º GAV), sediado na Ala 5, em Campo Grande (MS), completa 60 anos com o sentimento de dever cumprido. Criado em 6 de dezembro de 1957, o Esquadrão operava inicialmente na Base Aérea de São Paulo, sendo transferido em 1972 para a cidade de Florianópolis (SC).

Em 20 de outubro de 1980, foi transferido para a Base Aérea de Campo Grande (MS). Um dos mais antigos Esquadrões da FAB voltados para a missão de busca e salvamento no Brasil e que já realizou inúmeras missões feitas por militares comprometidos com o dever de salvar vidas.

Mantendo-se em alerta durante 24 horas por dia, sete dias da semana, 365 dias no ano, para decolar em poucos minutos, o Esquadrão está equipado para atender qualquer situação de emergência, seja na terra ou no mar.

Por força de tratados internacionais, o Brasil é responsável por essas missões em uma área de mais de 22 milhões de km², quase três vezes a extensão continental do País (de 8,5 milhões de km²).

O Ministro do Superior Tribunal Militar, Tenente-Brigadeiro William de Oliveira Barros, que já foi Comandante do Esquadrão Pelicano entre 1981 e 1982, descreve o Esquadrão como uma grande equipe que não pode falhar. “Seis horas no mar ou na selva é muito tempo para quem precisa de ajuda. Os militares que compõem a equipe do Pelicano são profissionais com conhecimento e altruísmo e estão aptos a cumprirem a missão do Esquadrão que é salvar vidas”, conta o oficial-general.

Ao longo de sua história, o Esquadrão Pelicano tem atuado em diversas missões de resgate, como as buscas ao VARIG 254, em 1989, ao GOL 1907, em 2006 e ao AIR FRANCE 447, em 2009.

Paralelamente, atua no atendimento às populações atingidas por desastres naturais, como aconteceu no terremoto no Peru em 1972, enchentes na Bolívia em 2007 e, dentro do território nacional, nas enchentes da Região Serrana do Rio de Janeiro, em Santa Catarina e no Estado do Acre.

A nova aeronave

Este ano o Esquadrão recebeu a nova aeronave SC-105 Amazonas, equipada com os mais modernos recursos para busca e salvamento. O avião representa um novo passo à ati vidade do Esquadrão, permiti ndo que novas tecnologias aumentem a operacionalidade da unidade.

Dentre as novas funcionalidades, duas se destacam por aposentar o antigo procedimento de busca visual: o radar com abertura sintética e o imageamento por infravermelho.

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