Modernização da FAB é destaque em formatura da Academia da Força Aérea

A Força Aérea Brasileira (FAB) conta, atualmente, com melhores equipamentos e condições para o exercício de sua missão de defesa do espaço aéreo brasileiro. A afirmação foi feita nesta sexta-feira pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, durante cerimônia de formatura dos mais novos aspirantes a oficial da Academia da Força Aérea (AFA).

Segundo o ministro, ao longo dos últimos anos, avanços como o aumento de vagas do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), melhorias no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e, mais recentemente, a apresentação do avião cargueiro KC-390, foram fundamentais na melhoria dessas condições de trabalho.

“O KC-390 é um orgulho para todos nós, uma vez que ele representa um avanço enorme da tecnologia brasileira, além de ser um importante exemplo de cooperação internacional”, disse.

A concretização da aquisição dos caças suecos Gripen NG também foi lembrada pelo ministro como forma de valorização do trabalho da FAB. “Trata-se de um equipamento indispensável na defesa do nosso espaço aéreo”, destacou Amorim. “Todos esses avanços representam melhores condições ao exercício dessa profissão, sobretudo, na defesa da pátria”, afirmou.

Nesta sexta-feira, após quatros anos de estudos na AFA, 194 homens e mulheres foram declarados aviadores, intendentes e infantes. A turma, denominada Cerberus, é composta por 119 aviadores, 47 intendentes e 26 infantes. Entre os formandos, quatro aspirantes são mulheres aviadoras e outras 23 são da Arma de Intendência. Ainda integram a turma, dois cadetes aviadores do Peru, indicados por seu país para realizar o curso como parte de um acordo de cooperação.

Em mensagem lida no evento, a presidenta da República, Dilma Rousseff, parabenizou os formandos e familiares. “A escolha de servir à pátria como oficial da Aeronáutica denota vontade e vocação. A vitória de cada um e de cada uma de vocês resulta de grande esforço nesses anos de formação e, também, da determinação para o exercício desta nobre profissão.”

Além do ministro Amorim e do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, diversas autoridades civis e militares estavam presentes no evento, entre elas, o secretário-geral do Ministério da Defesa, Ari Matos Cardoso; o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi; o comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto; o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri; e o comandante da AFA, brigadeiro Carlos Eduardo da Costa Almeida.

A condução do estandarte da AFA, honraria concedida ao cadete que obteve o primeiro lugar na classificação geral do curso de formação de oficiais aviadores, ao final do terceiro ano, foi outro momento glorioso. O aspirante a oficial aviador Guilherme Kreutz passou o estandarte ao cadete aviador Gabriel Boscolo dos Santos Alves da Silva, primeiro colocado do terceiro esquadrão.

O estandarte tem origem militar entre os povos antigos. Ele simbolizava o poder e servia para localizar os comandantes nos campos de batalha. O estandarte da AFA possui os símbolos que representam as Armas da Marinha e do Exército que formaram as origens da aviação militar brasileira. Na flâmula está expressa em latim a frase (traduzida): “Coragem jovem! É assim que se alcança os céus”.

Durante a solenidade, os jovens reafirmam ainda o compromisso de cumprir os deveres de Oficial da Força Aérea Brasileira e à inteira dedicação ao serviço e defesa da pátria.

Após o desfile militar dos aspirantes ao som do Hino dos Aviadores, os formandos jogaram os quepes para o alto e a solenidade foi encerrada. A AFA, órgão de ensino superior do Comando da Aeronáutica, já formou 6.639 oficiais aviadores, 2.116 intendentes e 453 oficiais de Infantaria, além de 176 oficiais de nações amigas como Angola, Bolívia, Cabo Verde, Colômbia, Equador, Uruguai, entre outras.

AFA e o Futuro

Após ser declarado aspirante a oficial, o jovem passa por um estágio de aproximadamente 28 semanas e, tendo concluída essa etapa com sucesso, são promovidos a oficiais.

Depois de quatro anos de curso de formação na Academia da Força Aérea, eles se formam em dois cursos de nível superior, tornando-se bacharéis em Administração, com ênfase em Administração Pública, e bacharéis em uma das especialidades: Ciências Aeronáuticas, com habilitação em Aviação Militar; Ciências da Logística, com habilitação em Intendência da Aeronáutica; ou Ciências Militares, com habilitação em Infantaria da Aeronáutica.

 

Ritos e Emoções

A cerimônia militar, presidida pelo ministro Amorim, é marcada por diversos ritos simbólicos que costumam emocionar o público presente. A entrega dos espadins, que simboliza o fim da condição como cadete, e o seguinte recebimento da espada de oficial das mãos de seus amigos e familiares, coroam a vitória dos jovens que se dedicaram a uma exigente rotina do curso. Com a devolução dos espadins, rompem-se os laços que até hoje ligavam os futuros oficiais à condição de cadetes do ar.

Os aviadores são preparados à pilotagem militar, sendo fomentado o desenvolvimento do espírito combativo. Os intendentes são designados ao desempenho de funções para gerir as atividades financeiras e logísticas das organizações militares da FAB.

Os infantes são formados para gerir as atividades desenvolvidas nas unidades de Infantaria, incluindo as tarefas de operações especiais, emprego de tropa, autodefesa das organizações da Força Aérea e defesa antiaérea.

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