Coordenador Geral de Defesa de Área realiza exercício de segurança

Testar na prática como estão o planejamento e os mecanismos de atuação dos cerca de 20 mil militares das Forças Armadas que atuarão no Rio de Janeiro na segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

Esse é o objetivo do exercício que vem sendo realizado pelo Coordenador Geral de Defesa de Área (CGDA), desde o último dia 16, e que avalia se quesitos como tempo de deslocamento e outros aspectos operacionais estão de acordo com o planejado. Criado por meio da portaria nº 232, o Coordenador Geral organiza e orienta as atividades na área de Defesa para as Olimpíadas.

A cargo do CGDA, ficarão os quatro Comandos de Defesa Setoriais (CDS): Barra, Copacabana, Deodoro e Maracanã. No período de duas semanas, diversas atividades no âmbito do ensaio geral do CGDA estão sendo realizadas para verificar a distribuição das tropas nesses quatro pontos de competições olímpicas e os mecanismos de resposta dos militares nas mais adversas situações.

Estão sendo testados, prioritariamente, três pontos: tempo de deslocamento das forças de contingência, coordenação para proteção de estruturas estratégicas e coordenação para escolta feita por batedores.

Na semana passada, o CGDA coordenou a simulação de uma situação de emergência, na qual, a partir de um pedido de apoio feito pelos órgãos de segurança pública, militares da força de contingência precisariam se deslocar da região de Deodoro para o CDS Maracanã.

Para testar esse planejamento de forma eficaz, foram feitos deslocamentos por terra, no qual foi possível avaliar o entrosamento dos batedores e as possíveis rotas de translado, além do deslocamento aéreo feito por duas aeronaves do Exército, Cougar e Pantera.

De acordo com o coronel Mario Medina, porta-voz do CGDA, a atividade foi fundamental para aprimorar a atuação dos militares. “Foi altamente produtivo porque pudemos testar todas as nossas capacidades, além da integração dos planejamentos e com a oportunidade de adestrar nossas tropas num cenário bem realista”, disse.

Outros deslocamentos, terrestres e aéreos, foram realizados, também simulando situações de emergência, para que todos os cerca de dois mil militares pudessem participar. Foram priorizadas as regiões que mais terão deslocamentos de autoridades e atletas durante os Jogos, como Centro, Barra da Tijuca, Campo dos Afonsos, Gávea, Engenho de Dentro, Sambódromo, Sumaré e aeroporto do Galeão. “Fizemos vários reconhecimentos e avaliamos a questão do tempo aferido, das condições climáticas do dia, levantando, inclusive, rotas alternativas para todas as localidades de competição, aeroportos, hotéis e vilas olímpicas”, explicou Medina.

Treinamento para Proteção de Estruturas Estratégicas
Nesta semana, os militares testam na prática como está o planejamento para a proteção de estruturas estratégicas, locais como estações de água e de luz, cuja falta de funcionamento poderia prejudicar a realização das competições olímpicas.

Com base num mapeamento feito pela Artilharia Divisionária da 1ª Divisão de Exército (DE), militares realizam o reconhecimento dessas áreas, em articulação com as equipes de segurança privada que já cuidam rotineiramente dessas instalações.

Nesse contexto, helicópteros da Aviação do Exército realizarão o percurso até a Estação de Tratamento de Água do Guandu, uma das localidades que contarão com a proteção dos militares durante os Jogos.

Estrutura do CGDA
Subordinado ao Estado Maior-Conjunto (EMCFA) do Ministério da Defesa, o CGDA é composto por militares da Marinha, do Exército, da Força Aérea, além de representantes da Secretaria de Grandes Eventos do Ministério da Justiça, do Comitê Rio 2016, do Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro, da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro e da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), entre outros agentes de segurança.

Sediado no mesmo local onde funciona o Comando Militar do Leste (CML), no Palácio Duque de Caxias, é no CGDA que militares especializados em diversas áreas acompanharão as ações de defesa e segurança previstas para a Olimpíada Rio 2016 em tempo real, por meio de tecnologias da informação de última geração.

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