Jungmann acompanha o início da operação Potiguar 2

Roberto Cordeiro

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, acompanhou nesta sexta-feira (20), em Natal, o início da Operação Potiguar 2. Cerca de 1,8 mil militares das Forças Armadas atuarão, até o dia 30 de janeiro, na Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na região metropolitana da capital do Rio Grande do Norte, conforme solicitação do governador à Presidência. "As Forças Armadas não vão substituir as polícias estaduais. A participação dos militares irá liberar as polícias militar e civil para atuarem em outras áreas. Não vamos permitir que o crime venha a imperar", disse Jungmann.

O ministro recebeu um briefing do comandante da 7ª Brigada de Infantaria Motorizada e chefe de operações da GLO, general Jayme Octávio de Alexandre Queiroz. O comandante ressaltou a interação entre as polícias do estado e os militares das Forças, nas patrulhas a pé, em ações de proteção de estruturas estratégicas, terminais e corredores rodoviários e patrulhamento marítimo.

Acompanhado ainda do chefe do Estado-Maior do Exército, general Fernando Azevedo e Silva, o ministro deixou claro que quando autorizada a entrada em presídios, os militares não terão contato com os presos durante as varreduras. Jungmann também reforçou que a tropa não entrará em presídios onde há conflitos, como no caso de Alcaçuz. Após a explanação, o coronel Adriano de Andrade Pontes informou que no próximo domingo haverá nas ruas da Grande Natal 1.846 militares. Em seguida, o ministro encontrou-se com o governador do estado, Robinson  Faria.

Potiguar 2

As tropas que participam da operação são compostas por militares da região Nordeste (Ceará, Pernambuco, Bahia e Piauí). O Exército está no controle operacional dos órgão de Segurança Pública do estado. As tropas vão atuar em conjunto com as Policiais Militar e Civil do Rio Grande do Norte. Segundo relatos do governo estadual, ocorreram conflitos nas cidades de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Ceará-Mirim, João Câmara, Macau, Caicó, Touros e Maxaranguape.

A rebelião no presídio de Alcaçuz se agravou com quadrilhas determinando ataques a ônibus na cidade de Natal. A partir daí o Palácio do Planalto foi acionado para o emprego das Forças Armadas. Denominada Operação Potiguar 2, permite que os militares atuem com poder de polícia no patrulhamento na capital do estado e nas cidades vizinhas.

Esta é a segunda vez que o presidente Temer autoriza o emprego das Forças Armadas no Rio Grande do Norte. Em agosto do ano passado, ocorreu a Operação Potiguar 1.

Compartilhar:

Leia também

Inscreva-se na nossa newsletter