RJ – Gangues procuram influir nas eleições


Por Estadão Conteúdo
 

Na política há 30 anos, o deputado federal Luiz Sérgio (PT), candidato à quinta reeleição, nunca havia passado por um momento tão delicado em uma campanha eleitoral quanto o que viveu em sua cidade natal, Angra dos Reis, no mês passado.

O município do litoral sul fluminense vive um conturbado cenário de violência, com uma guerra de facções pelo tráfico, e o parlamentar foi impedido de distribuir panfletos por emissários de criminosos.

“Nunca tinha passado por este constrangimento. Estava no Camorim Grande, um dos locais mais conflagrados de Angra, e recebi um recado de que não poderia subir, que não era bem-vindo. Justo um lugar que ajudei a urbanizar quando fui prefeito (entre 1993 e 1996)”, lamentou. “Isso é muito preocupante e gera indignação. Reflete uma realidade que não existia em eleições passadas. É a negação da cidade”.

Luiz Sérgio é apenas um dos candidatos a sofrer este tipo de intimidação no Estado do Rio em territórios dominados por traficantes ou por milicianos. Nas eleições de 2014, a estimativa das forças de segurança era que em cerca de 40 comunidades a campanha era controlada por grupos de criminosos, inclusive com ocorrência de voto de cabresto.

No dia a dia da campanha, os candidatos têm excluído de suas agendas áreas de influência forte de traficantes e milicianos, a fim de evitar coações e exposição de apoiadores a riscos.

“Estive na Vila Aliança (zona oeste do Rio) e uma pessoa colocou uma pistola no meu vidro. Acho que pensou que eu era da Polícia. Isso é uma vergonha”, disse um deputado estadual do PT, que pediu para não ter o nome publicado. “A gente recebe informações de que tem lugar proibido mesmo, na Vila Kennedy (zona oeste), em São João de Meriti (Baixada Fluminense). Quando marcamos em favela, temos que ter alguém te esperando no acesso.”
 
Presidente licenciado do Sindicato dos Policiais Civis do Rio, Marcio Garcia (PSC), candidato a deputado estadual pela primeira vez, também toma cuidados. “Dou muitas entrevistas e posso ser reconhecido como policial. Não vou a lugares que possam oferecer risco à minha vida. Existem regras veladas.”

Nota DefesaNet

Esta matéria com origem no Estadão Conteúdo é a diversãodos fatos.

"Tribunal Regional Eleitoral (TRE) informou que não dispõe de números de denúncias deste pleito, mas candidatos declararam problema"

No ano de 2017 o Ministro-cgefe do Gabinete de Sgurança Institucional alertou o Congress sobre as ações de influência das gangues no processo eleitoral (PCC, CV ADA FDN, etc). Não somente atrabvé do envolvimento financeiro mas também por coerção.

Foi amplamente ignorado.

Posteriormente pecorreur os TREs. O que também pregou para ouvidos moucos.

Esta mnatéri é somente a ponta do iceberg de dezenas de assassinatos de meros cidadão que são impedidos de exercerem seu direito de cidadão de voto.

O editor

 

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