Editorial – De Pacificadores a Patos !
Local o Cemitério de Vinhedos (SP). O oficial então pediu, que em homenagem ao jovem cabo, o brado fosse entoado pelos presentes. Em um dos momentos mais emocionantes da cerimônia, o melhor amigo de farda da vítima puxou com um grito “Operações” e todos responderam “Resgate“.
Este grito reflete a maior encruzilhada das missões de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) atualmente em curso como a Força de Pacificação da Maré.
O Grupo do Cabo do Exército Michel Augusto Mikami, membro da unidade formada por soldados profissionais, o 28º Batalhão de Infantaria Leve (BIL),experiente com um passagem pelo Haiti, transformou o seu Grito de Guerra de “Operações Especiais”para “Operações Resgate”.
Como que escondidos em uma sala do Palácio Guanabara, em 29JUL14, o Ministro da Defesa Celso Amorim, o Governador do Rio de Janeiro Fernando Pezão, o Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, a Secretária da Segurança Nacional Milki e o impagável Secretário de Segurança do RJ, José Mariano Beltrame, o rifador das melhores forças policias do Rio de Janeiro, sem nenhuma autoridade militar presente prorrogaram “ad infinitum” a presença dos Militares na Força de Pacificação do Complexo da Maré.
Assim por omissão foram aceitas Regras de Engajamento, que transformaram “Pacificadores” em “Patos de Stand de Tiro ao Alvo”.
Ver moleques criminosos ridicularizando, em forma de rap, a morte de um bravo infante, é algo que um órgão de comunicação não pode aceitar. Cremos que nem um Comandante Militar também.
Os Comandantes do Exército, Gen Enzo Peri, e da Marinha, Alm Moura Neto, como responsável pelo Corpo de Fuzileiros Navais, mais o Gen Adhemar, Estado-Maior do Exército, Gen Villas Bôas, comandante do COTER.
E o Comandante responsável pelas Operações de Pacificação, o Gen De Nardi do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, em aceitarem a prorrogação de Regras de Engajamento, que colocam em risco a vida de membros das Forças Armadas.
A missão de um Comandante é planejar, treinar e prover seus comandados, para que cumpram a missão que lhes foi incumbida, porém devem trabalhar para que voltem vivos ao convívio dos seus familiares.
As operações vinham num crescendo de dificuldade, dia a dia, com soldados não em Missão de Patrulha, mas de Resgate, aos seus colegas pegos pelo fogo cruzado dos marginais.
Assim surge o Terceiro Comando Puro (TCP), que junta-se aos: CV, ADA e PCC, entre outros.
E por fim uma irônica nota:
“Quero expressar minha dor e minha solidariedade à família e aos amigos de Michel, disse a presidente Dilma Rousseff em sua nota de pesar.
O Soldado Mário Klosel Filho não teve este reconhecimento.
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