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Fronteira – Exército volta com Operação Boiadeiro

Jornal O Progresso
28 Agosto 2004

Fronteira Exército volta com Operação Boiadeiro


Comando Militar do Oeste anunciou aprovação de pedido

de apoio à fiscalização na linha internacional
28.Ago.2004 – DOURADOS – O Exército deverá voltar a atuar na região de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai nos próximos dias. Foi o que anunciou ontem, por meio de nota oficial, o comandante Militar do Oeste, general de Divisão Carlos Alberto Pinto Silva, que já comandou três operações dessa natureza nas áreas subordinadas à 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada de Dourados.

Pela nota oficial, Pinto Silva informa que foi aprovado o pedido de apoio à fiscalização sanitária na fronteira Brasil-Paraguai feita pelo Governo do Estado ao Ministério da Defesa.

A Operação Boiadeiro seria realizada em sua quarta edição, com a finalidade de colaborar no controle de circulação de animais de procedência desconhecida e possíveis portadores de febre aftosa.

O general acrescentou que o Exército deverá prestar apoio nas áreas logísticas, de inteligência, comunicações e assessoramento de fiscalização para evitar e entrada de bovinos infectados com a doença em território brasileiro.

De acordo com o general Pinto Silva, o Exército está preparando o planejamento necessário à realização do apoio solicitado pelo Estado, bem como o número de efetivos e viaturas a serem utilizados na operação.

Em junho deste ano, o Exército participou de uma operação de combate a ilícitos na fronteira, porém, anteriormente, já esteve em outras ações para evitar a entrada de gado clandestino procedente do Paraguai em território brasileiro.

A Operação Boiadeiro IV deverá ser realizada em função das apreensões realizadas nos últimos meses por vários órgãos policiais que atuam na região de fronteira de gado pronto para abate sem documentação legal e com suspeita de procedência de território paraguaio.

Após a aprovação do plano de trabalho, a operação deverá mobilizar todo o efetivo das unidades do Exército subordinadas à 4ª Brigada, sediada em Dourados. Equipes do Exército devem se posicionar em pontos estratégicos da fronteira para garantir que não aconteça a entrada de gado paraguaio de forma irregular no Mato Grosso do Sul.

Diário MS
31 Agosto 2004

Operação Boiadeiro atua na fronteira desde sábado

Campo Grande News

Com o objetivo de combater o contrabando de gado e, consecutivamente, evitar focos de febre aftosa em Mato Grosso do Sul, iniciou nesse fim de semana a Operação Boiadeiro. De acordo com a assessoria de imprensa do CMO (Comando Militar do Oeste), a operação envolve 75 militares em cinco municípios que fazem fronteiras com o Paraguai.

São cinco postos de verificação, dois em Paranhos, um em Sete Quedas, um em Aral Moreira e um em Coronel Sapucaia. Ao total vinte viaturas exército estão sendo utilizadas, sendo cinco blindadas.

A assessoria informou ainda que outros postos devem ser abertos, porém o Comando não decidiu quais os locais de instalação. O Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) está realizando um estudo para determinar quais as cidades que devem abrigar uma nova barreira militar.

Quanto às discussões sobre os recursos, o CMO afirmou que toda a verba para a operação é dividida entre os Ministérios da Agricultura e o da Defesa.

A secretaria de Produção e Turismo divulgou que vai reforçar a vacinação de 400 mil bovinos nos municípios da fronteira. Desde o fim de semana, os técnicos do Iagro estão desinfetando os veículos que transitam pelas entradas e saídas das cidades.

Conforme o gestor de defesa do Iagro, Osvaldo Pereira Dias, o Estado aguarda a chegada de 260 mil doses, que serão encaminhadas pelo Ministério da Agricultura, Pecupária e Abastecimento para fazer a revacinação. De acordo com Osvaldo, as outras 140 doses já foram compradas pelo Iagro.

O delegado federal de Agricultura, José Antônio Roldão, disse que já foram liberados R$ 100 mil para ação do Exército nesses municípios onde os militares já iniciam a Operação Boiadeiro. “Talvez seja necessário aumentar os recursos se for necessário estender a outros municípios”, diz o delegado.

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