Reis Friede – Um Tributo a um Verdadeiro Herói

UM TRIBUTO A UM VERDADEIRO HERÓI

 

Reis Friede

Desembargador Federal do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF/2), Diretor do Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF),Mestre e Doutor em Direito.

Correio Eletrônico: reisfriede@hotmail.com

 

HERÓIS são qualificados, nesta especial condição, por ostentarem, na visão do senso comum, o que comumente se denomina de "super poderes", razão pela qual suas respectivas percepções, no imaginário coletivo, acabam sendo associadas ao mundo infanto-juvenil.

Porém, a verdade é que HERÓIS realmente existem no contexto da vida cotidiana.

Eles são, em essência, simples SERES HUMANOS que, mesmo desprovidos de poderes especiais (ou extraordinários), conseguem, utilizando-se das mesmas ferramentas terrenas que o CRIADOR outorgou a todos (indistintamente), um reconhecido (e merecido) destaque através de suas ações, – corroboradas por corajosas atitudes -, que facilmente poderíamos acreditar como quase que impossíveis de serem realizadas.

HERÓIS, portanto, efetivamente existem no mundo real. Não se trata de uma simplória fantasia humana.

HERÓIS, igualmente, não nascem prontos (exceto no mundo de nossa imaginação). No contexto dimensional da mais genuína realidade existencial, são invariavelmente forjados (e lapidados) pelas duras circunstâncias da vida e somente adquirem esse raro título através da corajosa superação de todos os (aparentemente intransponíveis) obstáculos (e toda sorte de tentações), aos quais a maioria dos demais seres humanos, quando submetidos, simplesmente sucumbe.

HERÓIS verdadeiros, nesta condição, também são anônimos, uma vez que trabalham duro e, em regra, nos bastidores, sem jamais sequer cogitarem buscar as luzes dos holofotes (e toda sorte de benefícios pessoais); são personagens altruísticos que objetivam única e exclusivamente o bem-estar de seus compatriotas e da nação como um todo.

HERÓIS, da mesma forma, são naturalmente incomuns e normalmente só os conhecemos (e principalmente seus feitos) nos relatos que se encontram consignados em livros e outros meios de registros. Logo, é sempre um imensurável privilégio quando o CRIADOR nos outorga o extraordinário privilégio de conhecê-los pessoalmente. E, mais ainda, quando eles coexistem, dividindo, com a nossa pessoa, o mesmo espaço-tempo e permitindo, por fim, a especial deferência do convívio próximo e real e, particularmente, pessoal.

Vale acrescentar que HERÓIS, além dos mais diversos atributos, têm, ainda, o dom especial da sabedoria, que vai muito além dos limitados conceitos de inteligência racional e de conhecimento técnico-acadêmico, traduzindo-se em uma extraordinária fusão de inteligência emocional, equilíbrio e serenidade.

Neste particular, não posso deixar de registrar (e, particularmente, confidenciar) que EU me considero uma pessoa abençoada, pois tive o privilégio de não só testemunhar a existência de verdadeiros HERÓIS, mas, muito além disso, ter convivido (e a imensurável honra de continuar a conviver) com uma dessas figuras raras e singulares; e por que não dizer, em tom coloquial, simplesmente fantásticas.

Refiro-me ao GEN. EDUARDO DIAS DA COSTA VILLAS BÔAS, nobre Comandante do Exército Brasileiro. Ele foi (e continua sendo) um aguerrido combatente de todas as (extremas) dificuldades (e, particularmente, hábil e discreto gestor da grave crise política) pelas quais o nosso país vem atravessando nos últimos anos. Foi (e continua a ser) o baluarte da sensatez. Foi (e continua a ser) a voz da razão, da estabilidade, mas sobretudo do AMOR ao nosso País, em um triste momento em que a raiva, o rancor e o ódio pareciam estar vencendo uma batalha épica.

Destacou-se, ainda, não somente pelo atributo da coragem, mas, particularmente, pela virtude de superação do infortúnio de uma difícil enfermidade, colocando o amor pelo Brasil (e a prevalência do bem comum, além da tranquilidade do povo verde e amarelo) acima de seu próprio bem-estar em prejuízo, inclusive, de sua saúde. Literalmente arriscou a sua vida (e sobrevivência) em um conflito sutil, sem tiros (e sem a consequente promoção publicitária), e onde o verdadeiro heroísmo oculta-se ou no anonimato ou mesmo na (lamentável) incompreensão dos que ignoram a gravidade e os riscos da realidade sócio-política nacional.

Ainda que talvez não venha a desfrutar, em vida, o merecido reconhecimento de seus méritos (a exemplo de praticamente todos os heróis nacionais) e de sua importância na construção de um grande legado (até porque não busca e jamais buscou tal protagonismo), a história haverá, a seu tempo, de homenagear esse grande HERÓI e, mesmo que assim não o faça, os verdadeiros brasileiros, amantes da nação verde e amarelo, o farão, em harmonia com a justiça divina do CRIADOR.

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