Família Verde-Oliva: filhos seguem exemplos dos pais

Para qualquer pai, ver um filho ser declarado aspirante a oficial é motivo de orgulho, mas para o Capitão Marcello foi ainda mais emocionante, pois seu filho se tornou a quinta geração da família "Rodrigues da Silva" a servir ao Exército Brasileiro.

"Foi uma alegria muito grande, porque meu bisavô foi Chefe de Segurança do Posto Ferroviário Campo Limpo Paulista, que pertencia ao Exército Imperial; meu avô serviu no 6º Grupo de Artilharia Motorizada; e meu pai atuou na 2ª Companhia de Comunicações. Até mesmo minhas avós trabalharam em prol do Exército, elas costuravam para o 21º Depósito de Suprimento", conta o Capitão Marcello.

Na formatura de aspirantado, pai e filho cruzaram espadas e, agora, trabalham juntos no 3º Centro de Telemática de Área (3º CTA). "Não foi nada imposto. Eu soube do processo seletivo para Oficial Técnico Temporário por intermédio do meu pai e resolvi tentar. Foi muito natural, porque eu cresci dentro do quartel. Sempre gostei da vida militar", afirma o agora Segundo-Tenente Lucas.

Seguindo o exemplo do pai, que ingressou no Exército como recruta no 12º Grupo de Artilharia de Campanha (12º GAC), em Jundiaí (SP), e em 1988 foi aprovado na Escola de Sargentos das Armas (EsSA), o Segundo-Tenente Lucas pretende seguir carreira militar, prestando o concurso para o Quadro Complementar de Oficiais, na área de Ciência da Computação. "Como eu cresci nesse meio, desde criança eu via que o Exército trabalhava para ajudar as pessoas. Ser militar é ser altruísta e isso me agrada muito. Além disso, servir ao Exército nos ajuda a desenvolver a liderança", comenta.

Pai e filho também fazem planos para quando forem para a reserva: "vamos emoldurar o brasão da família e colocar as espadas cruzadas na frente", relata o Capitão.

 
Cap Marcello e seu filho, 2º Ten Lucas

Família Verde-Oliva

O Segundo-Tenente Wilson e o Terceiro-Sargento Alexandre formam mais uma dupla de pai e filho militares na Guarnição de São Paulo. "Sempre fui às formaturas e, quando meu pai recebeu a Medalha do Pacificador, em 2014, aquilo despertou a minha vontade de virar militar", diz o Terceiro-Sargento Alexandre.

Inspirado no pai, o Terceiro-Sargento Alexandre participou do processo seletivo para Sargento Técnico Temporário e, em 2015, foi designado para a Central de Serviços do 3º CTA. "Estar aqui é uma experiência valiosa", ressalta.

O Segundo-Tenente Wilson também se espelhou no pai ao escolher sua profissão. Seu pai foi Cabo no 11º Regimento de Cavalaria Mecanizado (11º RC Mec), em Ponta Porã (MS), por 30 anos. "Sempre tive convicção de que seria militar. Passei a infância toda no quartel onde meu pai servia", conta.

Para o Segundo-Tenente Wilson, que incorporou às fileiras do Exército em 1987 como Soldado e em 1992 foi aprovado na EsSA, ver o filho se tornar militar foi uma grande satisfação. "Ele está dando continuidade à história militar da família. É bom ver a tradição se perpetuando", afirma.

A dedicação ao Exército Brasileiro repete-se na família: o irmão do Segundo-Tenente Wilson é Adjunto de Comando na 17ª Brigada de Infantaria de Selva, em Porto Velho (RO), e seu sobrinho cursa o Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva no 5º Batalhão de Engenharia de Construção, também em Porto Velho (RO).

"O Exército é um sacerdócio, tem que ter vocação. A farda acaba se tornando uma segunda pele. Meu pai passou essa paixão para mim e para o meu irmão e nós passamos para os nossos filhos", finaliza o Segundo-Tenente Wilson.

 
Segundo-Tenente Wilson e o Terceiro-Sargento Alexandre

Fotos: Sd Costa Martins / CMSE – EB

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