Fabricio Gustavo Dillenburg
Núcleo de Estudos de História Militar Vae Victis
Academia de História Militar Terrestre do Brasil
Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul
Comunista, ela nunca foi, na precisa acepção da palavra. Permaneceu no âmbito da utopia, num porvir almejado, mas inalcançável. Como capitalismo, também não se manifestou num contexto típico, ocidental, democrático por suposto. Pelo contrário, alimentada durante décadas por uma ilusão de paridade inexistente, ao abrir suas portas para uma economia até então estranha a seus princípios, gerou uma forma de mercado desregulada, que resultou numa verdadeira cleptocracia.
Os poucos que tiveram acesso imediato às facilidades do poder apropriaram-se de bens estatais, materiais ou por concessões de última hora e, à custa de milhares, passaram a usufruir de um estilo de vida inimaginável para a grande maioria.
A União Soviética, por conseguinte, não desapareceu. Transformou-se, sim, mas em certo sentido permanece, em essência, como sempre foi, embora com outra denominação: Rússia.
Nela, como conceito de força e influência, a União Soviética persiste. O engano da destruição da essência soviética teve seu clímax com Gorbachev. Com a Glasnost e a Perestroika, ele foi, em última instância, o responsável direto por um arremedo de abertura democrática que colocou a URSS, literalmente, de joelhos.
Nas comemorações de 1º de maio de 1990, ele teve o questionável mérito de ter sido o primeiro governante soviético a ser ridicularizado e criticado em público. Enfático, contudo, do seu ponto de vista a democracia que proclamava era real; na verdade, era uma ironia que começava na sua própria figura: apesar do discurso, Gorbachev nunca se submeteu ao voto popular. A sua proposta abertura não deu vazão à prosperidade e sua indecisão e desacertos determinaram, rapidamente, seu fim, como político.
Yeltsin, seu substituto, entretanto, tinha em mente alguns objetivos bem claros: abolir o Partido Comunista, desmantelar a já debilitada União Soviética e fazer da Rússia uma potência, através da formação de um estado democrático (à moda russa, obviamente…), capitalista e com sua independência afirmada internacionalmente.
Não demorou a realizar seus intentos. Tornou-se líder inquestionável com uma velocidade avassaladora (quase tão grande quanto sua sede por vodca), agindo pelas costas de Gorbachev, e encerrou a existência oficial da URSS.
Acabou com a superpotência enquanto unidade, mas foi incapaz de alterar definitivamente a lógica intrínseca ao pensamento soviético. Arraigada até os ossos, a mentalidade alimentada por tanto tempo com um silogismo característico ensejaria a oportunidade da criação de uma nova nação, mas com velhas ideias. Eis, pois, o argumento primordial de uma essência notavelmente persistente.
Em fevereiro de 2000, Vladimir Putin iniciou o resgate concreto da URSS: um memorial, resgatando Yuri Andropov, foi inaugurado no prédio da KGB. Em seguida, veio o restabelecimento do hino, a reutilização da bandeira vermelha, das brigadas honoríficas.
Simultaneamente, um processo de fusão de regiões de importância territorial e econômica foi iniciado, visando à criação de um Estado unitário, política e militarmente denso nas considerações de política externa.
A transferência de poder feita em 2008, de Putin para Medvedv, embora representasse, sob certos aspectos, uma tendência à estabilização política, não foi suficiente para demonstrar que a Rússia caminhava para uma abertura democrática de fato. Pelo contrário, décadas serão necessárias para que tal postura seja adotada, se é que será. Para que a democracia se instale sobre as ruínas de um sistema tipicamente ditatorial, como foi o soviético, será necessário que a economia se modernize ainda mais, dando vazão a melhores oportunidades num espectro social mais amplo, e não apenas para alguns poucos grupos privilegiados.
Por outro lado, a modernização do próprio Estado, com a redução progressiva da burocracia, é também um fator de grande importância para a definição do futuro russo. Uma manifestação clara do caminho convergente que a Rússia escolheu, em relação à antiga URSS, é a questão do partido Rússia Unida. O mecanismo de um partido governante onipresente como força organizadora e de liderança sempre foi uma característica soviética¹.
Sob este ponto de vista, a Rússia Unida representa uma força política estabilizadora e agregadora de massa. Seu rápido crescimento (em 2005 já contava com quase um milhão de afiliados) é uma indicação inequívoca de sua importância e influência na política estatal, sobretudo porque em suas fileiras estão oficiais militares de alta patente, intelectuais internacionalmente reconhecidos e outras figuras públicas de grande apelo político. Na prática, o partido possui maioria em mais da metade dos parlamentos regionais e grande número de governadores.
Em outras palavras, a Rússia Unida está presente em todos os níveis de poder, gerenciando a máquina estatal tanto horizontal quanto verticalmente. O partido é, sem sombra de dúvida, a referência ideológica do poder. Putin em muito contribuiu para isso, associando uma imagem intrínseca de força ao Estado e, por decorrência, ao partido. Alguma similaridade com o antigo sistema soviético? Bem nos padrões do Kremlin, esse monopólio do poder, efetivado através do domínio partidário, garantirá transições relativamente tranquilas e uma continuidade fundamental para a completude da estrutura democrática.
Exceto se, por meandros derivados de saudosismos históricos não tão distantes, um dos próximos governantes desviar se para o caminho autoritário, o que, em se falando de Rússia, não é um devaneio remoto. Putin, o mais provável candidato, não o fez (pelo menos, não ainda, abertamente…), mas a ameaça permanece viva, inclusive com seus sucessores: embora os nomes sejam outros, a política e as forças envolvidas nos bastidores continuam as mesmas.
O paradoxo da “democracia controlada”, implantada por Putin, algo compreensível na Rússia por suas raízes históricas, não enfrentou mais do que tímidas críticas do Ocidente, o que garantiu, na prática, o reconhecimento da sua auto concepção como potência político militar.
A aprovação tácita pelos países que poderiam opor-se, de alguma forma, às suas pretensões, deu-se em São Petersburgo, quando a reunião do G8 foi presidida, pela primeira vez, e não por coincidência, pelos russos.
Determinada a colocar-se de igual para igual entre os países ocidentais com influência comprovada, a Rússia demonstrou desde cedo sua disposição através de uma postura agressiva, de parceria ou de concorrência, conforme os obstáculos se apresentavam. Além disso, tratou de estabelecer políticas que garantiam barreiras contra as tentativas de influência que julgava perniciosas para seu modelo de desenvolvimento.
O diálogo, relativamente aberto, com os Estados Unidos da América e com a União Europeia, demonstrou a crescente força econômica derivada, principalmente, da sua gigantesca ênfase na exploração petrolífera e, apesar das discussões crescentes sobre energias alternativas, a Rússia sabe que, na maior parte dos casos, trata-se realmente de discussões, sem consequências práticas, em médio prazo, o que lhe garante fonte de renda estável e a certeza de investimentos por anos a fio.
E, quando as negociações resultarem em projetos viáveis e de grande abrangência para energias limpas, ainda haverá muitos países sedentos pelo ouro negro, dispostos a pagar o preço. Se, nessa perspectiva, há o ponto negativo de deixar sua economia de Estado mais dependente dos preços e variações do mercado mundial (um problema sério, como pudemos observar novamente na crise americana, que se espalhou pelo mundo gerando perdas generalizadas), há o ponto positivo de prover as reservas do Banco Central da Federação Russa com reservas imensas de moeda, com um crescimento médio impressionante nos últimos anos.
A cristalização do imperialismo russo é só uma questão de tempo. Sua postura é a de legítima herdeira do gigantesco ex-império soviético, opinião da qual ela dificilmente será demovida. Os investimentos anunciados na área militar são uma evidência inquestionável a favor de um futuro de imposição, e a base estratégica russa, pragmática ao extremo, não deixa dúvidas de que, o que está sendo projetado e construído, será usado. É apenas uma questão de tempo.
Um exemplo cabal foi o choque com a Geórgia, mais uma operação de sondagem em relação à postura internacional do que, verdadeiramente, uma tentativa de apropriação, de “reunificação” (geopoliticamente falando, do ponto de vista do Kremlin, qualquer ex-território soviético é, substancialmente, território russo).
As eventuais fontes de tensão internas serão reduzidas, senão eliminadas, através de interferência política, aberta ou subterrânea. A simpatia ao regime russo tende a ser secundária, uma vez que seu poder se afirme cada vez mais e sua imponência militar se manifeste com mais veemência. O temor dará, gradualmente, maior importância ao Estado russo, ainda mais com sua aproximação progressiva das potências asiáticas, através de negociações em diversos níveis, e do seu papel de interferência junto a governos que, até bem pouco tempo, eram exclusividade de manipulação dos EUA, como é o caso de alguns países da América Latina. A Rússia caminha inexorável e rapidamente para sua definição de superpotência, em substituição à sua mãe soviética.
Afinal, “genes” históricos não se perdem num processo tão complexo como este. Todas as operações engendradas até o momento mostram que as ex-repúblicas soviéticas tendem, gradativamente, a ficar sob a influência russa, dependendo cada vez mais de seu fornecimento de energia. É uma questão de tempo.
Isso, irremediavelmente, garantirá a lealdade política dessas regiões e garantirá o papel russo como única esfera de influência. O mesmo se aplica às regiões do Báltico, Cáucaso, Ucrânia e Bielo-Rússia, que importam o gás russo e que, progressivamente, vem estreitando relações, principalmente devido à política de preços praticada pelo Kremlin, virtualmente, de barganha.
Trata-se, neste caso, de conseguir uma infiltração sutil e, de forma indireta, o tão necessário apoio internacional. Apesar de muitas áreas estarem progredindo lentamente rumo à independência energética, ainda dependem, em larga escala, do fornecimento constante do Kremlin para que suas economias funcionem plenamente. Aliás, a propósito disso, cabe lembrar que importantes linhas de exportação de gás russo encontram-se no território da Geórgia.
Tão importante é essa relação de dependência, que a Rússia prefere importar gás para equilibrar seu consumo interno do que reduzir suas exportações. Em 2008, foram quase 80 bilhões de metros cúbicos importados. Tudo para manter o balanço do poder.
Por sua vez, pela proximidade e concorrência com a Rússia, o papel do Irã não pode ser subestimado no mercado exportador mundial de gás. Contudo, enquanto a questão nuclear iraniana não for definitivamente esclarecida, a situação manter-se-á relativamente estável, sem maiores riscos para o crescimento russo.
Enquanto isso, o Kremlin negocia armas com o Irã, e outros países do Oriente Médio, revertendo parte do lucro obtido pelos concorrentes, na exportação de gás, para o seu próprio mercado.
As reservas petrolíferas da Rússia são imensas, mas explorar novas fontes exige investimentos pesados. Num futuro próximo, é uma probabilidade considerável que haja o envolvimento maior de capital estrangeiro, ainda que limitado, nessa exploração. Cabe esperar a extensão desses investimentos para que possa ser feita uma avaliação de seu impacto na economia como um todo.
De qualquer forma, com a disponibilidade atual de investimentos, há uma profissionalização das forças militares do país. Desde Yeltsin a reorganização militar vem sendo tentada, através de um programa de reformas previsto para quatro anos, mas que fracassou por falta de planejamento adequado. Em 2000, Putin e seu Ministro da Defesa, Sergei Ivanov, retomaram a tarefa e planificaram mudanças consideráveis, que se completariam em 2010.
Completada essa etapa, novos investimentos foram programados, e o crescimento é notável – e assustador. Entrementes, verificou se que a injeção de dinheiro na área terá que ser maciça, pois que um exército profissional exige estruturas e equipamento diferentes de forças conscritas, o que vem causando certa lentidão no cumprimento de algumas metas estabelecidas, mas sem cortes ou paradas substanciais.
Há, aproximadamente, 1,3 milhões de homens no exército russo, sendo que, desses, mais da metade são soldados. Com a profissionalização das unidades, uma boa parte está sendo dispensada, e o número deverá ser substituído pela qualidade do combatente, incluindo a adoção de sistemas individuais de combate de alta tecnologia (em “parceria” com a França). Os problemas são enormes e, na prática, as unidades estão perdendo mais de um terço de seus efetivos com a reorganização, a maioria sendo dispensada devido a problemas com drogas, alcoolismo e disciplina.
Ainda, para preencher os quadros com pessoal capaz, não há boas perspectivas. As forças armadas são impopulares, mesmo entre desempregados, com o estigma de baixos salários, tratamento inumano e com problemas que perduram por décadas, como a ausência generalizada de infraestrutura para as famílias dos militares, empregos para as esposas, escolas em todos os níveis e seguro social.
O agravante final deu-se nos últimos ajustes econômicos, quando os ralos benefícios que haviam sido adquiridos anteriormente foram extintos: transporte urbano gratuito, cuidados médicos para membros da família, reembolso de despesas com tratamentos clínicos, etc.
O efeito acumulado de todos esses fatores negativos leva a crer que, eventualmente, todos os prazos definidos pelos militares não serão cumpridos, apesar de um plano emergencial de construção estar a pleno vapor. Disponibilizada a infraestrutura necessária, ainda falta a fundamental reversão da mentalidade, a fim de alcançar a prontidão e eficiência almejadas nas tropas de emprego imediato.
Como um paliativo, voluntários de territórios vizinhos, foram incorporados, com atraentes regalias, como a redução do tempo de alistamento de cinco para três anos (prazo que deverá cair para um ano), mas os resultados não foram, até o momento, muito bons. A procura foi baixa e, a qualidade técnica, ficou muito aquém do esperado.
Planos de repatriamento de russos que se encontram no Báltico e em outras áreas, com o oferecimento de notáveis compensações financeiras, também foram relativamente ineficazes, até o momento.
Enganados por Moscou em inúmeras ocasiões, com promessas que nunca se cumpriam, e com padrões de vida melhores do que os que possuíam na Rússia, poucos são os que desejam se aventurar por esse caminho, mais do que incerto.
Apesar disso, mesmo com todas as dificuldades, algumas unidades já se profissionalizaram. As primeiras a serem reorganizadas foram tropas aerotransportadas, como a 76ª e a 98ª Divisões, seguidas de meticuloso planejamento para a migração de tropas especializadas (como o 45º Regimento de Reconhecimento).
Outras tropas permanecem ativas, sendo alimentadas com alistamentos em massa, mas a situação é, evidentemente, de transição, até que as novas unidades estejam devidamente treinadas e equipadas.
Em paralelo, desenvolvem-se novas armas e investimentos em pesquisa militar são incrementados. No âmbito nuclear, o escudo antimíssil proposto pelos Estados Unidos representa uma realimentação das desconfianças oriundas da Guerra Fria, que possivelmente resultará em uma nova corrida armamentista.
A indústria bélica norte-americana, em crise sem precedentes, agradece. A imbecilidade do governo Bush promoveu uma reorganização estratégica russa e abriu caminho para que ações de porte pudessem ser tomadas pelo Kremlin, fornecendo uma justificativa conveniente. Ao fim e ao cabo, o escudo não deverá se concretizar, integral e permanentemente; caso o faça, abrirá uma nova era de problemas para toda a Europa, primariamente, e, em escala global, como efeito colateral, moldará novas relações de poder a partir de investimentos na área de vetores nucleares e de dispositivos para sua interceptação.
A postura eventual da França em apoiar a Rússia, ainda que deva ser vista com grande desconfiança, mostra o nível de preocupação europeu. A construção de um escudo antimíssil conjunto entre EUA e Rússia, empiricamente sugerido, é ilusória e fugaz, e a França tem plena consciência disso. Entretanto, convém a ela manter as relações, com ambos os países, intactas, enquanto analisa melhor a situação e busca tirar dela o máximo de vantagens, seja com a volumosa venda de equipamentos militares, seja com a ampliação de sua influência política, junto aos países satélites que estão envolvidos na discussão.
O discurso russo, numa mescla única de capitalismo, nacionalismo autoritário e socialismo, anuncia mais investimentos pesados na construção e atualização de defesas aeroespaciais e na revitalização da frota de submarinos nucleares, parte de um novo plano de renovação com prazo de término em 2020.
Trata-se de uma resposta às pretensões norte-americanas, uma demonstração de poder que pode ter sérias consequências, em longo prazo. O aumento exponencial dos gastos militares pode gerar uma crise semelhante à que a corrida espacial e a corrida armamentista provocaram na URSS. A situação é outra, os tempos são outros; os perigos, os mesmos.
A Rússia reserva-se o direito de manter sua hegemonia como potência, e não abrirá mão disso. Não há dúvidas a propósito. Para concretizar seus objetivos, ela vai agir como agiria a União Soviética, talvez com uma camada cosmética, a mais, de diplomacia. Ela é, em essência, a própria União Soviética, ciente de suas possibilidades e com a vantagem histórica do conhecimento dos erros que seu antecessor a progenitor cometeu. Habilitar-se a enfrentar o urso russo não será o desejo de nenhum país, ainda que isso sirva como Leitmotif para que ele possa cometer absurdos sob o nariz do direito internacional.
E, como a ONU representa, hoje, o mesmo papel que a Liga das Nações representou no passado, mostrando-se cada vez mais ineficiente e manipulável, medíocre em suas atitudes como mediadora internacional, a tendência é a de que os maiores continuem engolindo os menores.
A gritaria resultará, no máximo, em uma dor de cabeça, mas dificilmente acabará em confronto entre potências, enquanto forem respeitados os limites tácitos estabelecidos entre elas. Simplesmente, porque não vale a pena defender os interesses dos menores, enquanto cada um dos grandes estiver obtendo os lucros planejados. O risco, em relação aos ganhos em jogo, é grande demais.
Por isso, a questão não é se a manifestação imperialista russa vai acontecer, como a norte-americana acontece, mas quando.
Quem viver verá.
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Notas:
1 Tão importante é esta afirmação, que é um desafio lembrarmos os presidentes da URSS. O que conhecemos (e reconhecemos como líderes atuantes), na prática, são os nomes dos Secretários Gerais do Partido.
2 Não apenas a grande resistência dos materiais, mas as próprias características tecnológicas dos equipamentos russos (soviéticos…) colocaram em xeque muitas análises de conceituados especialistas ocidentais, sobretudo quando o desmonte da União Soviética trouxe à luz muitas armas, até então, desconhecidas em sua plenitude.
Por falta de compreensão da doutrina militar soviética e suas aplicações, por muito tempo houve a tendência de subestimar sua indústria bélica, em oposição às “maravilhas” ocidentais, principalmente norte-americanas.
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O Autor: Fabricio Gustavo Dillenburg tem formação em História e é fundador e responsável pelo Núcleo de Estudos de História Militar Vae Victis.
Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil e do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul, é autor de “Kamikaze: as Invasões Mongóis e as Origens do Vento Divino”.