Paulo Cesar de Souza e Silva, presidente e CEO da Embraer, classificou como “bastante complexa” a negociações de uma fusão com a norte-americana Boeing, iniciada em dezembro do ano passado. Mesmo assim, o executivo disse que espera que o anúncio do formato do acordo seja feito antes das eleições.
A declaração do presidente da Embraer foi feita durante evento da Uber, em Los Angeles, nos Estados Unidos, na semana passada.
Segundo Souza e Silva, a maior dificuldade de fechar o negócio não é o valor ou a possível resistência em vender a área de defesa da Embraer, mas em encontrar um formato que preserve a colaboração entre as duas empresas.
Após ser notificado pelo Ministério Público do Trabalho para que o acordo preserve os empregos no Brasil, o presidente da Embraer disse que o negócio deve resultar em uma empresa maior.
“Isso não é um ponto de atenção porque a ideia é justamente fazer uma parceria para que a gente consiga ter uma empresa maior, com mais crescimento, mais vendas, mais exportação e mais industrialização. O projeto é muito positivo nesse sentido, não o faríamos para reduzir a empresa, mas sim para criar uma maior”, afirmou Souza e Silva.
COMUNICADO.
Em comunicado ao mercado, feito em abril, o presidente da empresa afirmou que “não há definição acerca da estrutura de participação da Embraer e tampouco da governança de possível nova sociedade que venha a ser criada caso venha a ser implementada a referida combinação de negócios”.
Em nota, a Boeing disse que o acordo com a Embraer é “uma situação de ganho mútuo que resultará em maior crescimento e mais oportunidades para ambas as empresas”.