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Por todo o País, a farda põe o pé na estrada

Artigos da Série

1 – Exército esgota capacidade de atuar como ‘empreiteiro’ em obras federais

2 – Por todo o País, a farda põe o pé na estrada

3 – ‘Esta não é, e não pode ser, a missão central do Exército Brasileiro’


Tânia Monteiro – O Estado de S.Paulo

O general Joaquim Brandão lembra que na última missão recebida, em decorrência das chuvas do início da semana passada em Minas, o Exército deu início, na sexta-feira, à construção de uma passarela sobre o Rio das Velhas, em Sabará, região metropolitana de Belo Horizonte. Utilizada provisoriamente pelos pedestres, ela substitui uma ponte que cedeu no local. A ponte, na altura do km 455 da BR-381, foi interditada na quarta-feira.

No momento, o Exército trabalha na duplicação de quatro trechos da BR 101 – no Rio Grande do Norte, na Paraíba, em Pernambuco e Sergipe. No total, cerca de 1.800 homens de quatro batalhões. Ele atua, ainda, na pavimentação de dois trechos da BR-319, entre Manaus (AM) e Porto Velho (RO) – mais 600 homens. Dois batalhões de engenharia, também com um total de 600 homens, estão ainda na BR-163, a Cuiabá-Santarém, assim como na transposição do Rio São Francisco, fazendo a obra de interligação da bacia do rio com as bacias do Nordeste Setentrional. Outros 1.200 homens participam da revitalização do São Francisco em Pernambuco e na Bahia.

O Exército trabalha também em sete aeroportos – entre eles o de Guarulhos, em São Paulo, nas obras de terraplanagem do terminal de passageiros 3, que ocupa cerca de 400 homens. Nos aeroportos de São Luís, Natal e Rio Branco, sua tarefa é a ampliação de pistas e de pátios, empregando em cada um deles batalhões com cerca de 400 homens cada. Em São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, um outro batalhão, também com 400 soldados, está construindo a pista do primeiro aeroporto que será entregue à iniciativa privada. No caso dos aeroportos de Vitória e Goiânia, o trabalho ainda está em fase de projetos.

PARA LEMBRAR

Lula usou Força em operação "tapa-buraco"

Foi em meados de 2005, quando corriam soltas as denúncias do mensalão, que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou – contando com a preciosa ajuda do Exército – uma ampla "operação tapa-buracos". Vista como tentativa de criar um fato novo para a opinião pública, a iniciativa reafirmava uma "vocação" periférica dos militares, que dessa vez aparecia em dimensões nacionais. Os buracos foram atacados por vários batalhões em Minas Gerais, na Bahia e vários outros Estados.

Em outra missão de peso, o Exército foi tocar as obras de transposição do Rio São Francisco, no início de 2009. A essa altura, ele já dominava canteiros de obras em três rodovias federais. Estava claro o inimigo a combater: era a falta de gestão na área de transportes.

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