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Gen Ex Leal Pujol – O Exército, a Nação e a República

Nota DefesaNet

Sugerimos ler o box abaixo do texto do Gen Ex Pujol

O editor

Gen Ex Edson Pujol

Comandante do Exército Brasileiro

Publicado na área de Opinião de O Estado de São Paulo

 

Uma instituição à qual a Constituição do País confere status nacional e permanente obriga-se a apreciar sua própria história com a responsabilidade de extrair de cada contexto ensinamentos que contribuam para explicar sua identidade e trajetória e que forneçam indicações para sua caminhada futura. Para esse propósito, torna-se mais relevante analisar os processos que norteiam a evolução dessa instituição, que propriamente os distintos episódios em que esteve envolvida.

No caso do Exército brasileiro, cuja história se confunde com a própria História da Pátria, essa argumentação é ainda mais válida. Se a gênese da Força Terrestre pode ser identificada com o simbolismo patriótico das Batalhas dos Guararapes e se a Independência do País permitiu consubstanciar sua criação formal, foi com o advento da República que o Exército atingiu sua maioridade institucional, assim entendida como a afirmação de seu profissionalismo, requisito indispensável para manter-se à altura da estatura político-estratégica da Nação.

 

A chamada “questão militar” encontra-se entre os fatores que mais contribuíram para a crise que resultou na queda da monarquia. Durante a década de 1880, oficiais opuseram-se publicamente a sucessivos gabinetes imperiais, devido à insatisfação provocada pelas atitudes de desprezo em relação ao Exército, à postura abolicionista de recusa a participar da captura de escravos fugidos e ao sentimento de distanciamento e desvinculação do governo.

Tal posicionamento refletia a adesão à causa republicana de parcela da oficialidade, em grande parte jovens influenciados pelas ideias positivistas de Augusto Comte, professadas pelo tenente-coronel Benjamin Constant e difundidas em sua cátedra na Escola Militar da Praia Vermelha. Com a criação do Clube Militar, em 1887, sob a liderança do Marechal Deodoro e do próprio Benjamin Constant, fortaleceu-se a participação do Exército na mudança do regime.

Com efeito, a juventude militar não aristocrática formada na Praia Vermelha após a Guerra do Paraguai, adepta da meritocracia e empolgada pelo cientificismo positivista, via na monarquia um anacronismo a retardar a modernização do Brasil e, consequentemente, a profissionalização do Exército, objetivos a serem alcançados por uma sociedade orientada de acordo com o paradigma do “cidadão-soldado”.

Mediante a assimilação de atributos, tais como organização, articulação, planejamento estratégico, doutrina, ensino, instrução, treinamento, serviço militar, política de pessoal e liderança, essenciais ao profissionalismo de uma força armada, o Exército se consolidaria como genuína instituição republicana, síntese da nacionalidade.

Transcorridos 130 anos de experiência republicana, os integrantes do Exército de hoje encontram-se empenhados em um processo de transformação com vistas à obtenção de novas capacidades para o cumprimento de renovadas missões. Mas mantêm o compromisso legado pelas gerações passadas, calcado no culto à liberdade e à democracia e no amor à Pátria, o que confere ao Exército os mais altos índices de credibilidade junto à Nação brasileira.

 

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NOTA DefesaNet 

A Guerra Híbrida aos Generais

 

Em uma sequência de quatro matérias publicadas em O Estado de São Paulo (2), Folha de São Paulo e revista Época  no fim de semana mostram a estratégia da grande imprensa, também chamada de “extrema imprensa” de desacoplar os militares do governo Bolsonaro.

Este movimento é necessário por vários motivos sendo os mais visíveis:

1-    O mais lógico enfraquecer o governo Bolsonaro, e,

2-    Caracterizar os militares, que estão na equipe, como meros fantoches.

Porém, dois objetivos subterrâneos são fundamentais, e nisto a Folha e Grupo Globo apostam e o OESP segue a linha do governador João Dória.

Um de política interna:

Neutralizar os militares e imobilizá-los, sem o que, as próximas ações do STF não poderão avançar: anular as condenações de Lula, encerrar a Lava Jato e tentar prender o juiz Moro e membros da equipe.

E outro mais sutil de geopolítica continental e internacional.

Nas vésperas de receber o XI Reunião dos BRICS um presidente Bolsonaro fraco, seria ótimo para o avanço do processo de desconstrução interno e desequilíbrio da estabilidade continental com o novo Grupo de Puebla e reforçaria as Guerras Hibridas Latinas.

Os quatro artigos publicados  são:

1 – OESP – Novo general Heleno surpreende ala militar Link

Um forte ataque ao General Augusto Heleno, conduzido pela sempre correta jornalista Tânia Monteiro, que surpreendeu os meios militares em Brasília. Publicado no OESP, edição dominical 10NOV2019

 

2 Época – O declínio dos generais dentro do Palácio do Planalto Link

Extenso artigo inclusive capa da edição de Época classifica os militares como meros serviçais no Palácio do Planalto

3 – Igor Gielow – Preocupado com possível radicalização, Exército ainda vê Bolsonaro e Lula contidos Publicado na Folha e Uol no dia 11NOV2019

Uma tentativa de conter os danos já provocados pelo discurso de Lula ainda em Curitiba, porem depois amplificados em São Bernardo do Campo.

4 – GHL – Generais do governo Bolsonaro revelam o que pensam sobre Chile e Bolívia Link

Seguindo o mesmo caminho do artigo da FSP, Marcelo Godoy, tenta minimizar os danos das falas de Lula e conter os militares na busca de isolar Bolsonaro e enfraquece-lo. Publicado no Estadão 11NOV2019.

A tudo isso o Comandante do Exército Gen Ex Edson Leal Pujol publicou no OESP, em 12NOV2019, seção de Opinião:

Gen Ex Leal Pujol – O Exército, a Nação e a República

Foi com o advento da República que o Exército atingiu sua maioridade institucional Link

 O Editor

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