07 SET – Fumaça retorna após 2 anos


Texto e fotos EBC


A Esquadrilha da Fumaça voltou a se apresentar, no Dia da independência, após dois anos ausente. Em 2014, o grupo fez apenas um sobrevoo sem manobras, porque os pilotos estavam em treinamento para operar as novas aeronaves: o EMBRAER A 29 Super Tucano, que foram as estrelas nesta segunda-feira.

Foram 30 minutos, com 50 acrobacias. Sete pilotos encantaram o público com manobras que deixam a impressão de que o avião está descontrolado. Além da esquadrilha, houve um desfile aéreo, sem manobras, com os caças A-1, F-5M, KC-130 Hércules, operados por vários esquadrões.

Para executar as manobras do desfile os pilotos da Esquadrilha da Fumaça (Esquadrilha de Demonstração Aérea – EDA) treinaram por dois anos, desde que os novos aviões A 29 Super Tucano chegaram à base área de Pirassungunga, em São Paulo. As novas aeronaves substituíram as antigas, os EMBRAER T 27 Tucano, e tem o dobro da potência, além de equipamentos mais modernos. Para fazer a famosa fumaça da esquadrilha é colocado um óleo ecológico que é pulverizado pelos escapamentos dos aviões.

Entre as manobras realizadas estão o Lancevaque e o Chumboide. A primeira consiste em giros mais verticalizados e a outra tem deslocamento mais horizontal. Para o público, as manobras trazem a impressão de que o avião está descontrolado, mas os pilotos têm total controle sobre a aeronave, podendo retornar ao voo normal a qualquer momento.

O capitão Eduardo Maia Arantes, que ocupa a Posição 7 na esquadrilha e neste ano foi o locutor da atração no desfile de independência, conta a sensação de pilotar: “Quando se está voando é muita emoção. A primeira demonstração é a mais marcante. É preciso sempre ter muita atenção nos comandos dos voos.”

A Esquadrilha da Fumaça é composta por 13 pilotos, sendo que apenas um ocupa a primeira posição, a do líder. As demais, de dois a sete, são formadas por dois pilotos. Para fazer parte do grupamento, é necessário ter experiência em voo. A Força Aérea Brasileira exige dos interessados 1.500 horas de voo, sendo que 800 horas devem ser de instrução.

Após a comprovação da experiência, o pedido para integrar a esquadrilha é encaminhado a um conselho que aceita ou não o novo membro. A partir daí, eles passam por treinamento teórico e realizam 80 missões (voos) de treinamento, antes de começar as apresentações pelo país.

Segundo o major e oficial de doutrina da Esquadrilha da Fumaça, Ubirajara Pereira Costa Júnior, que ocupa a Posição Número 3 no grupo, os pilotos têm uma rotina rígida para garantir o sucesso das apresentações. “Nós temos uma rotina militar e estudamos as manobras por dois anos. Algumas nós modificamos, outras mantemos”, explicou.

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