Brasília, 2/1/2015 – O ministro da Defesa, Jacques Wagner, em seu primeiro
discurso após a transmissão de cargo, nesta sexta-feira (2), reforçou o compromisso do país em contar com as “Forças Armadas cada vez mais capacitadas, modernas e integradas.” Para tanto, Wagner assegurou que se valerá de seu prestígio junto à presidenta Dilma Rousseff.
“Sou ministro da Defesa de um projeto político vitorioso pela prosperidade que imprimiu à nossa gente, à autonomia do povo brasileiro e também no avanço por meio desta pasta da profissionalização e desenvolvimento das Forças Armadas”, afirmou.
Jaques Wagner explicou que a pasta da Defesa foi sua primeira opção quando iniciou as conversas com a presidenta Dilma sobre a composição do novo ministério. “Quero inicialmente agradecer à presidenta da República, Dilma Rousseff, pelo honroso convite que me fez. É com grande entusiasmo que, após oito anos tendo o privilégio de servir ao povo baiano, retorno ao Governo Federal. Assumo minhas novas funções com elevado sentido de responsabilidade” disse.
Segundo o novo ministro, “a liderança civil das Forças Armadas é um axioma no Brasil, ao qual corresponde o respeito ao profissionalismo da carreira militar”. E continuou: “Aprendi desde cedo, no Colégio Militar do Rio de Janeiro, a admirar os valores desse ofício, que é um dos mais nobres do Estado brasileiro.”
No cargo de Ministro da Defesa, segundo destacou Wagner, “trabalharei permanentemente para assegurar adequadas condições de vida e trabalho para nossos marinheiros, soldados e aviadores”.
Jaques Wagner destacou a importância dos grandes projetos que estão sendo desenvolvidos no âmbito das Forças Armadas. “O mundo passou a olhar para o Brasil como um país cujas experiências podem servir de inspiração. Somos uma democracia multirracial, multicultural, multiétnica e multirreligiosa, que quer crescer e viver em paz com todo o mundo”, disse.
O ministro lembrou também os avanços tecnológicos em curso no âmbito das Forças Armadas, mas assegurou que “na formulação precisa da Política Nacional de Defesa, é imprudente imaginar que um país com o potencial do Brasil não enfrente antagonismos ao perseguir seus legítimos interesses”.
“Tampouco é recomendável desconsiderar-se as previsões de aumento, nas próximas décadas, da demanda global por água, alimentos e energia, três recursos que o Brasil detém em abundância. Temos que zelar por inestimáveis reservas naturais, por infraestruturas críticas e, sobretudo, pelo patrimônio de uma população trabalhadora e inventiva”, afirmou.
Jaques Wagner disse ter plena consciência da prioridade conferida pela Estratégia Nacional de Defesa às áreas nuclear, cibernética e espacial. “Esses projetos são essenciais para que nossas Forças Armadas estejam à altura dos desafios estratégicos do Brasil no século XXI, e serão levados adiante. Colocarei todo o meu peso político nesta tarefa”, assegurou.
Transmissão de cargo
Após assumir a pasta de Ministro da Defesa, Jaques Wagner teve o primeiro compromisso oficial, hoje (2/1), na transmissão de cargo no salão nobre do ministério. Bastante disputada, a cerimônia contou com a presença de outros ministros e ex-ministros do governo Dilma Rousseff, presidentes de autarquias, oficiais-generais e autoridades civis do ministério.
O novo ministro foi recebido com honras militares ao chegar à sede da Defesa e, logo em seguida, foi conduzido ao gabinete no 6º andar. A cerimônia teve início com o discurso do ex-ministro Celso Amorim. Durante cerca de 30 minutos Amorim discorreu sobre as atividades do período em que esteve à frente da pasta. Ele destacou a importância dos setores e projetos e explicou os desafios enfrentados nos três anos e meio à frente da Defesa.
Jaques Wagner destacou a atuação do antecessor. “Sempre disse que era bom ter um guerreiro no ministério das Relações Exteriores e um diplomata, na Defesa. Você cumpriu esses dois papéis: foi guerreiro lá e diplomata aqui na Defesa”, relatou Wagner.
Encerrados os discursos, Wagner e Amorim receberam os cumprimentos.
Leia aqui a íntegra do discurso do ministro Jaques Wagner.