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C&T – General pede mais recursos para segurança cibernética

O chefe do Centro de Defesa Cibernética do Exército, general José Carlos dos Santos, disse que o Brasil precisa dobrar o orçamento previsto para acelerar programas que permitam o incremento da segurança da informação no país. Segundo o militar, que participou ontem de audiência da CPI da Espionagem, estão reservados atualmente, no Ministério da Defesa, R$ 400 milhões para a segurança cibernética nacional para um período de quatro anos, quando seriam necessários pelo menos R$ 800 milhões. 
 
O general defendeu a rápida aprovação de um marco civil regulatório para a internet, o que, na opinião dele, daria segurança jurídica e permitiria ao Brasil, por exemplo, marcar posição em foros internacionais. O marco civil está no Projeto de Lei 2.126/2011, em tramitação na Câmara dos Deputados. 
 
José Carlos dos Santos apontou, entre os desafios a serem enfrentados pelo Brasil, a carência de profissionais na área da segurança da informação. O general disse que é um problema que precisa ser encarado “com muita seriedade, uma vez que os recursos humanos estão no centro de qualquer estratégia”. 
 
— A preocupação com segurança de dados pessoais em outros países já é embutida no cidadão desde a primeira infância, o que não acontece no Brasil. Já no ensino fundamental, as crianças americanas aprendem cuidados necessários a serem tomados com o uso de redes, de computadores e dispositivos como celular e tablets — afirmou, ao defender a participação do Ministério da Educação no processo de formação de mais profissionais. 
 
Em entrevista à imprensa após a audiência, o relator da CPI, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), disse que está evidente a necessidade de aumentar os investimentos para que o Brasil se defenda da espionagem cibernética. 
 
— Estamos engatinhando nessa área. Quero crer que nosso país, que deseja ser protagonista na cena internacional, precisa incorporar o tema na agenda objetiva de trabalho — opinou. 
 
Jornalista 
 
Na próxima semana, a CPI da Espionagem deve ouvir o jornalista Glenn Greenwald, responsável por divulgar dados secretos coletados pelo técnico Edward Snowden, ex-funcionário terceirizado da agência de segurança nacional dos Estados Unidos (NSA na sigla em inglês). Greenwald revelou à imprensa que a presidente Dilma Rousseff e a Petrobras foram alvo da espionagem. 

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