Milhares de iranianos celebram Revolução Islâmica em meio a crescentes tensões com EUA

– Milhares de iranianos lotaram as ruas de Teerã e outras cidades na manhã desta terça-feira para celebrar o 41º aniversário da Revolução Islâmica, em meio a um cenário de tensões crescentes com os Estados Unidos.

A TV estatal exibiu vídeos de manifestações em ao menos seis cidades fora da capital, incluindo Mashhad, Ahvaz e Kerman, com pessoas segurando cartazes que diziam “Morte à América” ??e “Morte a Israel”.

O Irã quase entrou em conflito com os EUA no início do mês passado depois que um ataque norte-americano por drone matou o principal comandante militar iraniano, Qassem Soleimani, em Bagdá, levando o Irã a retaliar com mísseis disparados contra uma base norte-americana no Iraque dias depois.

As tensões aumentaram entre o Irã e os EUA após o presidente norte-americano, Donald Trump, retirar-se de um acordo nuclear multilateral com a nação do Oriente Médio em 2018 e reimpor sanções em uma tentativa de pressionar Teerã a negociar seu programa de mísseis balísticos e a se aliar a grupos da região.

Mísseis foram expostos como parte das comemorações do aniversário, de acordo com a agência de notícias Tasnim. Como parte da cobertura do evento, a TV estatal do Irã exibiu imagens de arquivo de lançamentos de mísseis e instalações subterrâneas de armazenamento de projéteis.

O programa de mísseis não se destina a ataques a países vizinhos, disse o presidente iraniano, Hassan Rouhani, na segunda-feira.

Soleimani buscava estabilidade na região, diz presidente do Irã

O ex-comandante militar iraniano Qassem Soleimani, morto em um ataque por drones dos Estados Unidos em 3 de janeiro em Bagdá, tentava trazer estabilidade à região, disse o presidente iraniano, Hassan Rouhani, nesta segunda-feira, em um discurso transmitido ao vivo por uma emissora de TV estatal.

“O comandante Soleimani era um homem que buscava estabilidade e calma na região”, disse Rouhani. “Se o comandante Soleimani quisesse matar generais norte-americanos teria sido muito, muito fácil para ele, no Afeganistão, no Iraque e em qualquer outro lugar. Ele nunca quis isso.”

 

 

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