Reino Unido se junta aos EUA para missão de segurança marítima no Golfo Pérsico

O Reino Unido se juntou nesta segunda-feira aos Estados Unidos em uma missão de segurança marítima no Golfo Pérsico para proteger embarcações comerciais que viajam pelo Estreito de Ormuz, após a apreensão de um navio de bandeira britânica pelo Irã. 

Autoridades britânicas ressaltaram que não havia mudança na política do governo de Londres em relação ao Irã, mas a união com as forças norte-americanas é a mais significativa medida de política externa não-relacionada ao Brexit do novo primeiro-ministro, Boris Johnson, em seus primeiros 12 dias de governo. 

Apenas duas semanas atrás, o Reino Unido pedia uma missão naval liderada por europeus. Agora, se une ao que chamou de uma “missão internacional de segurança marítima” liderada pelos Estados Unidos.

Nenhum outro país está envolvido na iniciativa ainda. 

“É vital assegurar a liberdade de todos os transportes internacionais para navegar pelo Estreito de Ormuz sem atrasos, dado o aumento das ameaças”, afirmou o secretário de Defesa britânico, Ben Wallace. 

“O destacamento de ativos da Marinha Real é um sinal do nosso compromisso com embarcações de bandeira britânica e estamos dispostos a trabalhar ao lado dos EUA e de outros para encontrar uma solução internacional para os problemas no Estreito de Ormuz.”

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos elogiou a decisão britânica. 

“Este é um desafio internacional e estamos ansiosos para a oportunidade de trabalhar em conjunto com a Marinha Real e com os parceiros adicionais e aliados que compartilhem com o objetivo comum de garantir o fluxo livre de comércio”, disse a comandante Rebecca Rebarich, porta-voz do Pentágono, em nota.

Irã diz que quebrará acordo nuclear em um mês a não ser que europeus ajam sobre EUA

O Irã disse a potências europeias nesta segunda-feira que reduzirá ainda mais o cumprimento do acordo nuclear de 2015 dentro de um mês, se os europeus não fizerem nada para proteger o país das sanções dos Estados Unidos, restabelecidas depois que Washington abandonou o pacto. 

Os signatários europeus do acordo não conseguiram impedir que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agisse para forçar o Irã a aceitar limites mais rígidos sobre sua atividade nuclear e para estrangular o comércio de petróleo iraniano, vital para a economia do país.

O Irã ameaçou bloquear todas as exportações de commodities energéticas que passem pelo Estreito de Ormuz, por onde um quinto do tráfego global de petróleo passa, se não conseguir comercializar seu petróleo como era garantido pelo acordo de 2015, em troca pela limitação do programa de enriquecimento de urânio. 

“Com a continuidade da inatividade dos europeus na honra de seus compromissos (ao acordo nuclear), o Irã tomará um terceiro passo (na redução de compromissos) em aproximadamente um mês”, disse Behrouz Kamalvandi, porta-voz da Agência de Energia Atômica do Irã. 

O Irã aumentou sua reserva de água pesada para mais de 130 toneladas e sua reserva de urânio enriquecido para mais de 300 quilos, disse Kamalvandi à agência de notícias IRIB. 

O acordo – estabelecido para impedir que o Irã fabricasse urânio enriquecido que poderia ser utilizado em bombas nucleares – permitia uma reserva máxima de 300 quilos de urânio levemente enriquecido. Também havia uma limitação de 130 toneladas de água pesada, que em altas quantidades pode produzir plutônio, que também pode ser usado em bombas atômicas.

 

 

 

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