Cuba condenou no domingo os ataques "injustificáveis e desproporcionais" por meio dos quais as "oligarquias e o imperialismo" buscam desacreditar o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e "derrubar" o governo legítimo da presidente Dilma Rousseff.
"O Ministério das Relações Exteriores (de Cuba) rejeita o ataque contra a constituição e a democracia no Brasil, que converteu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (…), assim como o governo liderado pela presidente Dilma Rousseff, em alvos de ações judiciais e parlamentares, injustificadas e desproporcionais", afirmou em um comunicado, lido na televisão local.
"A indignante manipulação da luta contra a corrupção tem o propósito de desacreditar um líder emblemático de nossa América, desqualificar uma das organizações políticas mais combativas da região, derrubar o governo legítimo da presidente Dilma Rousseff e liquidar o processo progressista regional", acrescentou.
Lula, líder histórico do Partido dos Trabalhadores (PT), foi alvo na sexta-feira de um mandado de condução coercitiva em São Paulo para ser interrogado no âmbito das investigações sobre o escândalo de corrupção na Petrobras. O ex-presidente se declarou humilhado por essa medida.
Ao condenar o fato e "a tentativa de golpe parlamentar contra Dilma", a chancelaria cubana destacou que, "com esses métodos sujos", setores de alguns países latino-americanos, "em estreita aliança com grupos transnacionais da comunicação, as oligarquias e o imperialismo, pretendem impor à força aos povos o que não foram capazes de ganhar nas urnas".
"Os companheiros Lula e Dilma Rousseff demonstraram valentia e determinação admiráveis ao enfrentar esse ataque contra eles", disse a chancelaria.
Após o apoio de Nicolas Maduro (Venezuela) e Evo Morales agora o governo de La Habana sai em defesa dos seus membros Bolivarianos no Brasil.
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