Entrega de armas à Ucrânia por membros da OTAN leva a crimes de guerra, diz Rússia

O presidente do Parlamento russo, Sergei Naryshkin, disse nesta terça-feira que quaisquer entregas de armas pela aliança militar OTAN a Kiev seriam coniventes com crimes de guerra cometidos no leste da Ucrânia.

No começo deste mês, um alto representante do governo ucraniano disse que a Ucrânia havia concordado com a entrega de armas e apoio de conselheiros militares de diversos membros da OTAN, aliança militar liderada pelos EUA. Quatro dos cinco países nomeados, inclusive os EUA, negaram o relato.

“Escutamos de diversas fontes que o regime de Kiev recebeu promessas de entregas de armas e equipamentos militares de diversos países do bloco, o que já ameaça se tornar uma intervenção aberta nos assuntos internos da Ucrânia e, falando diretamente, estimula os crimes de guerra que estão sendo cometidos lá”, disse Naryshkin em uma cerimônia de abertura do Parlamento após o recesso, segundo a Interfax.

Representantes da Otan disseram que não enviarão “assistência letal” para um país que não é membro da Otan – mas Estados-membros poderiam fazer isso.

O ministro ucraniano da Defesa, Valeriy Heletey, afirmou que Kiev fez acordos com Estados da Otan e que as entregas de armas para “parar” o presidente Vladimir Putin estavam a caminho.

Ministro russo da Defesa diz que envio de mais tropas para Crimeia é prioridade

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, disse nesta terça-feira que a Rússia precisa aumentar sua presença militar na península da Crimeia, devido à crise na Ucrânia, informaram agências de notícias do país.

"O envio de forças próprias e autossuficientes na direção da Crimeia é uma das (nossas) prioridades", disse Shoigu, de acordo com a Itar-Tass.

"A situação na Ucrânia tem escalado acentuadamente e a presença de militares estrangeiros aumentou nas imediações de nossas fronteiras."

A península ucraniana da Crimeia foi ocupada e anexada pela Rússia em março.

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