EUA pretendem confrontar Pequim por clamores no Mar do Sul da China, diz almirante

Os Estados Unidos estão prontos para confrontar a China caso Pequim continue com suas reivindicações excessivas no Mar do Sul da China, disse o comandante da frota dos EUA no oceano Pacífico nesta quarta-feira, em comentários que criam o risco de uma escalada nas tensões entre os dois países.

A China reclama para si a maior parte do Mar do Sul da China, uma região marítima rica em recursos energéticos e através da qual circulam anualmente 5 trilhões de dólares em mercadorias. Os vizinhos Brunei, Malásia, Filipinas, Taiwan e Vietnã têm clamores semelhantes.

Os EUA pediram que a China respeite as conclusões às quais a corte de arbitragem de Haia chegou no início deste ano, quando invalidou suas amplas pretensões territoriais na rota estratégica.

Mas Pequim continua a agir de uma maneira "agressiva" à qual os EUA estão prontos para responder, disse o almirante Harry Harris, chefe do Comando dos EUA no Pacífico, em um discurso feito em Sydney.

"Não iremos permitir que um domínio compartilhado seja interditado unilateralmente, não importa quantas bases sejam construídas em pontos artificiais no Mar do Sul da China", disse. "Iremos cooperar quando pudermos, mas estaremos prontos para confrontar quando precisarmos".

Os comentários podem atiçar as tensões entre os dois países, já intensificadas pela decisão do presidente eleito norte-americano, Donald Trump, de aceitar um telefonema da presidente de Taiwan no dia 2 de dezembro, o que levou a um protesto diplomático de Pequim.

Indagado sobre a fala de Harris, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, disse que a situação no Mar do Sul da China é estável no momento, graças ao trabalho duro da China e de outros na região.

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