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As perspectivas do sistema antiaéreo de artilharia e mísseis FK-1000 chinês fazer concorrência ao Pantsir

A China publicou mais informações sobre o projeto do sistema antiaéreo de artilharia e mísseis FK-1000, que representa o análogo chinês do sistema russo Pantsir-S1. O projeto usa alguns elementos do sistema russo Tor-M1, que foi copiado e fabricado pelos chineses com a sigla HQ-17.

Neste momento ainda não está claro qual será o nicho de utilização do sistema FK-1000 pelo exército chinês. Nas forças armadas russas o sistema Pantsir-S1 foi rejeitado pelas forças terrestres, que o acharam muito pesado, vulnerável e com mobilidade insuficiente.

As tropas terrestres preferiram as versões modernizadas do sistema Tor-M1, conhecidas como Tor-M2U. As tropas terrestres também consideram que o Tor-M2U tem melhores características no combate contra alvos manobráveis.

O Pantsir-S é, na Rússia, um sistema especializado que se destina a dar cobertura às posições dos sistemas antiaéreos pesados como o S-400, assim como a instalações especialmente importantes. É para esses fins que ele é adquirido pelas forças russas de defesa aeroespacial.

Os seus principais alvos, do ponto de vista dos militares russos, são os mísseis de cruzeiro e outras armas de alta precisão, assim como os drones. As elevadas capacidades deste sistema para destruir mísseis de cruzeiro foram muitas vezes confirmadas durante os testes e nos exercícios de tiro real.

Se o FK-1000 for mesmo aceito para equipar o exército chinês, ele será provavelmente também usado pela força aérea para a proteção de instalações especialmente importantes e posições dos sistemas S-300, S-400 e HQ-9. As tropas terrestres irão, provavelmente, continuar adquirindo sistemas HQ-17, os quais serão modernizados da mesma forma que os seus análogos russos.

Contudo é bastante provável que o FK-1000 seja exclusivamente um sistema destinado à exportação, destinado a repetir o sucesso do Pantsir-S1 no mercado mundial. Se prevê que ele seja consideravelmente mais barato, se bem que ainda não haja dados fiáveis a esse respeito.

Também é evidente que o FK-1000 tem capacidades mais modestas, mesmo em comparação com o sistema Pantsir-S1 produzido em série. Seus mísseis, com um alcance comparável, atingem um limite de altitude inferior. Os seus dois canhões de 23 mm não se podem comparar com as duas peças 2A38M de 30 mm que equipam o sistema russo e que têm uma cadência de tiro sumária de 5000 tiros por minuto.

Não existem fundamentos para supor que os radares do sistema chinês sejam superiores aos russos em alguma coisa.

Entretanto o Pantsir-S1 se encontra em processo de modernização ininterrupta, nomeadamente nos tempos mais próximos irá começar o fabrico de uma versão melhorada com novo míssil e alcance máximo de tiro aumentado para 35 km. Em 2017 irá surgir uma modernização mais radical do sistema, o Pantsir-SM.

Assim, as perspectivas de o sistema chinês fazer concorrência ao Pantsir-S poderão ser vagas. Mas ele poderá ter procura nos países em desenvolvimento menos ricos que necessitem de guarnecer de defesa antiaérea instalações importantes no seu território, mas que não sejam capazes de adquirir e explorar sistemas antiaéreos mais poderosos de médio e de grande alcance.

 

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