A liberação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 ABRIL 2020, trazia um grande interesse sobre as possíveis menções às relações com a República Popular da China.
Uma menção na totalidade foi suprimida da transcrição e se desconhece o autor (possível informação americana sobre a responsabilidade da China no COVID-19).
Mencionam a China o Presdente Jair Bolsonaro o Vice-Presidente Hamilton Mourão e o Ministro Paulo Guedes.
As conversas que foram incluídas no vídeo e a transcrição são as seguintes:
Paulo Guedes (Ministro da Economia) – China,(não transcrita) , deveria financiar um Plano Marshall para ajudar todo mundo que foi atingido.
Paulo Guedes (Ministro da Economia): E o presidente tá no ponto futuro, porque o presidente falou o seguinte: tudo bem, tem a primeira onda, que é a da saúde, mas tem a segunda que é a da economia, e uma vem agarrada com a outra. Nós estamos ainda tentando sair da primeira, pois.. a segunda já tá querendo bater. Eu ainda acho que nós estamos preservando os sinais vitais da economia brasileira. Ela pra mim ainda é um urso hibernando. Você baixa sua energia pra zero, consumo de energia pra quase zero, só respira, mas quando você sai da gruta, você sai pra comer o primeiro bicho que passar. Você tem força. Nós não podemos é deixar … isso, graças a super safra da nossa Teresa (Ministra da Agricultura), a logística do Tarcísio (Ministro da Infraestrutura). A comida tá chegando. As exportações tão seguindo. A China é aquele cara que você sabe que você tem que aguentar, porque pra vocês terem uma ideia, pra cada um dólar que o Brasil exporta pros Estados Unidos, exporta três pra China. ________________
Hamilton Mourão (Vice-Presidente) – (não transcrita) Paulo Guedes (Ministro Economia): É, Você sabe que ele é diferente de você. Você sabe que geopoliticamente você tá do lado de cá. Agora, você sabe o seguinte, não deixa jogar fora aquilo ali não porque aquilo ali é comida nossa. Nós estamos exportando pra aqueles cara.Não vamos vender pra eles ponto crítico nosso, mas vamos vender a nossa soja pra eles. Isso a gente pode vender à vontade. Eles precisam comer, eles precisam comer. A Índia também vai precisar comer, vai ser o trading da água. Eles vão dizer que é a melhor trading da água. Outro dia alguém comentou comigo. Acho que foi o Campos, não foi Campos?
Presidente Jair Bolsonaro – Eu estava vendo, estudando em fim de semana aqui como é que o serviço chinês, secreto, trabalha nos Estados Unidos. Quala preocupação nossa aqui? (sem transcrição e frases posteriores ficam desconexas)
Jair Bolsonaro: É uma realidade. Não adianta esconder mais, tapar o sol com a peneira, né? Tem, não é … em vá … em alguns ministérios tem gente deles (chineses) plantado aqui dentro, né? Então não queremos brigar com (sem transcrição), zero briga com a (sem transcrição) Precisamos deles pra vender? Sim. Eles precisam também de nós. Porque se não precisassem não estariam comprando a soja da gente não. Precisam. E é um negócio, pô. E devemos aliar com quem tem umas … alguma afinidade conosco. Pra gente poder faz … fazer valer a nossa vontade naquele momento. Não adianta se esconder aqui, depois tem um problema, daí liga pro tio, "O tio". Vou falar "Pô cara, você me ignorou até hoje!". Você só não me chamou de imperialista, igual a esquerdalha e o FHC falavam no passado, no resto … agora não dá mais. Então essa é a preocupação que temos que ter. A questão estratégica, que não estamos tendo. E me desculpe, o serviço de informações nosso, todos, é uma … são uma vergonha, uma vergonha! Que eu não sou informado! |
Tuíte da Embaixada da China em Brasília na noite de 22 de Maio 2020
— Embaixada da China no Brasil (@EmbaixadaChina) May 23, 2020
Transcrição da nota da Embaixada da China no Brasíl publicada na conta do Twitter @EmbaixadaChina A China e o Brasil são parceiros estratégicos globais. Ao longo dos 45 anos desde o estabelecimento das relações diplomáticas, as cooperações sino-brasileiras têm alcançado resultados abrangentes num ritmo acelerado. Os fatos provam que a parceria sino-brasileira corresponde aos interesses dos dois Estados e dos dois povos. A China mantém-se como o maior parceiro comercial do Brasil há onze anos consecutivos e é urna das principais fontes de investimento estrangeiro no país. A parceria bilateral na área econômica e comercial sempre tem sido norteada pelos princípios de respeito recíproco, igualdade, benefício mútuo e cooperação ganha-ganha e tem contribuído efetivamente para o crescimento conjunto de ambas as partes, trazendo benefícios reais para os dois povos. A cooperação China-Brasil e China-América Latina atende às necessidades dos dois lados, não visa os terceiros e tampouco é influenciada por terceiros e, por isso, é amplamente apoiada pelos países latino-americanos. Desde o início do surto da Covid-19, a China, com abertura, transparência e alto senso de responsabilidade, notificou as informações atempadamente à OMS e a outros países como o Brasil, compartilhou, sem reservas, experiências de prevenção, controle, diagnóstico e tratamento e engajou-se na cooperação internacional para o combate à pandemia. Atitudes corno essas receberam alto apreço da ONU, da OMS e da comunidade internacional em geral. Nos últimos tempos, o governo, o empresariado e as organizações da sociedade civil da China vêm dando um firme apoio ao Brasil na SUO luta contra o novo coronavírus conforme as suas necessidades. Temos convicção de que, juntos, vamos vencer a pandemia e levar a parceria sino-brasileira em todas as áreas a um novo patamar.
Embaixada da República Popular da China na República Federativa do Brasil |