Brasil e China lançam Fundo para expandir capacidade produtiva no País

Ao lado de representantes do governo chinês, o ministro do Planejamento Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, lançou nesta terça-feira (30), o Fundo de Cooperação para Expansão e Capacidade Produtiva Brasil-China. Trata-se de um mecanismo de cooperação destinado a financiar projetos de interesse comum para os dois países.

O Fundo Brasil-China tem aporte de US$ 20 bilhões para obras de infraestrutura em território nacional e entrará em operação a partir de junho. Do total aportado, US$ 15 bilhões serão desembolsados pelo Claifund, Fundo de Cooperação Chinês para Investimento na América Latina e até US$ 5 bilhões virão de instituições financeiras brasileiras.

Os recursos serão direcionados principalmente a projetos de setores considerados prioritários, como logística, energia, recursos minerais, tecnologia avançada, agricultura e agroindústria. O lançamento ocorreu durante o Fórum de Investimentos Brasil 2017, evento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que está sendo realizado em São Paulo nos dias 30 e 31 deste mês.

Investimento

Dyogo Oliveira afirmou que o lançamento do Fundo, fruto de longo trabalho entre os governos dos dois países, reafirma a confiança do parceiro asiático na economia brasileira. “Significa a confirmação da confiança da relação que existe entre Brasil e China. Ocorre um momento particular para o Brasil, em que estamos buscando nos parceiros internacionais apoio para os grandes projetos de infraestrutura”, disse.

Os investimentos serão feitos gradualmente, à medida que os projetos forem sendo aprovados. Oliveira anunciou que a inscrição de propostas estará aberta a partir desta quarta-feira (31). O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal serão os agentes financeiros.

Fundo de Cooperação

O Fundo será administrado por uma secretaria-executiva, sob responsabilidade da Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento (Seain/MP). Será integrado, também, por Grupo Técnico de Trabalho e um Comitê Diretivo de alto nível, composto pelos secretários-executivos do governo federal, bem como por três representantes chineses ao nível de vice-ministro.

De acordo com o secretário de Assuntos Internacionais do ministério, Jorge Arbache, esse fundo tem uma característica diferenciada em relação aos demais que a China mantém com outros países. "É um mecanismo inovador de financiamento”, diz ele. “De todos os fundos geridos pelo Claifund (fundo chinês para investimento na América Latina), este é o único que tem acordo paritário, ou seja, com decisões do mesmo peso dos dois lados. É uma conquista", conclui Arbache.

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