Modelo de tráfego aéreo norte-americano pode trazer melhorias ao fluxo de aeronaves no Brasil

Daisy Meireles, Tenente João Elias e Capitão Landenberger

Uma comitiva do Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP) visitou as instalações do Aeroporto Internacional de São Francisco (SFO) e do Northern California TRACON – Terminal Radar Approach Control, para observar procedimentos relativos ao centro de controle e à operação simultânea de pouso e decolagem, conhecimentos que podem ser aplicados futuramente nas Terminais São Paulo e Rio de Janeiro.

A visita ocorreu entre os dias 10 e 14 de setembro. A comitiva, composta pelo Coronel Aviador Anderson da Costa Turola, pelo Tenente Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Mario Ferreira Ferraz e pelos Sargentos Especialistas em Controle de Tráfego Aéreo Rafael Mariano dos Santos e Luis Gustavo Domingues Pereira, foi recebida pelos controladores David Samson e Mark Sherry.

Os anfitriãos explicaram os modelos de trabalho, circulação aérea, doutrina operacional e procedimentos utilizados para pousos e decolagens. Durante a visita, a comitiva conheceu, também, a Torre de Controle de São Francisco e Northern California TRACON, órgão de controle de aproximação de radar localizado na cidade de Sacramento.

Os militares participaram, ainda, de uma palestra sobre a implementação do GBAS-Ground Based Augmentation System, sistema de aumentação baseada em performance, no aeroporto da cidade. "A interação com órgãos internacionais de controle de tráfego aéreo é importante porque permite vislumbrar possibilidades de desenvolvimento de operações em nosso país", conta o Sargento Mariano.

O aeroporto de São Francisco é famoso pelas operações simultâneas com distância reduzida de 175m entre eixos de pistas. Segundo o sistema da Administração de Aviação Federal Americana, em 2017, foram registrados 460.346 movimentos; como comparativo, a Terminal São Paulo apresentou, no mesmo ano, 643.234 movimentos, de acordo com o anuário estatístico do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA).

Segundo o Coronel Turola, esses dados reforçam a importância dessa troca de experiências com a aviação internacional. "O DECEA tem investido na melhoria contínua de suas atividades e conhecer as operações de terminais tão movimentadas quanto as brasileiras, nos permite planejar nossos projetos de maneira mais eficiente e com a garantia da segurança e da otimização de nossos profissionais e sistemas", concluiu.

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